Adoção ou doação? – por Deborah Patricio

Hoje vim falar de um assunto muito peculiar: a adoção! Não vou conseguir falar tudo que penso em apenas um post, mas vou tentar… rs

Ser mãe sempre foi um desejo e adotar uma criança foi uma ideia que sempre tive em mente, e sinceramente não sei dizer quando nem por que ela surgiu.

Não a nada que impeça a mim nem ao meu marido de gerarmos um bebê biológico, somos saudáveis e férteis, e pretendemos ter um bebê do modo “comum” também, mas a questão de não nos importarmos com a ordem de chegada (se primeiro o biológico ou o adotado) é o motivo de sermos  tão questionados quando falamos em adoção. “Você tem que ter o SEU primeiro”, “Mas vocês não podem ter filhos?”, “Vocês não vão amá-los como se fosse seus mesmo”, “Mas vocês nem tentaram ter um NORMAL” ou “Vocês são doidos”, ouvimos essas frases sempre que colocamos esse assunto em alguma roda de conversa. Mas de verdade? Só aumenta mais o amor que exala de dentro de nós!!!

Desde minha adolescência que penso nisso, e para mim sempre foi importante encontrar alguém que pensasse como eu, e quando conheci meu marido, essa ideia se fortaleceu ainda mais, ele se juntou a mim para concretizá-la, me passou muita confiança e tenho certeza que será um paizão! Outro dia, depois que entramos com os papéis para o cadastro de pretendentes à adoção (pois é, já estamos gerando uma criança…rsrs) eu perguntei a ele: Léo, por que você comprou minha ideia? Por que adotar uma criança? Ele, muito fofo, me respondeu: “Uai , e por que não? Tanta criança querendo ser filho (a) e nós dois  querendo ser pais…E é exatamente assim. Não seremos só adotantes, também estaremos sendo adotados!” Eu e meu marido temos apenas 4 meses de casados, e já percebemos que temos tanto para oferecer e estamos muito receptíveis a todas as experiências que estão por vir. Sabemos que seremos julgados e indagados a todo momento, mas a questão é: qual criança não dá trabalho? Qual criança não vive testando seus pais? Qual criança nunca falou em fugir de casa, ou em nunca mais conversar com os pais por algum motivo bobo? Cada criança possui sua singularidade, e com esta não será diferente. Estamos cientes das etapas jurídicas e emocionais que iremos passar, e ao mesmo tempo não temos noção de nada. rs. Mas ser pai e mãe é isso, são incertezas, é ter ansiedade, medo, alteração de humor, é esperar para saber como será sua carinha,  o gênio de quem ele(a) irá puxar… Adoção é também doação, é um encontro marcado, um amor conquistado! E estamos prontos para conquistá-la (o) todos os dias, como se fosse a primeira vez!

Deborah Patricio

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3 comentários em “Adoção ou doação? – por Deborah Patricio

  1. Oi!
    Eu me identifico bastante com essa história. A diferença é que eu e meu marido decidimos apenas pela adoção.
    Também sempre escutamos essas frases. Inclusive de profissionais. Fico chateada, mas respiro fundo e tento informar essas pessoas, tento explicar que a adoção foi uma escolha: tem gente que escolhe gerar um bebê e outras adotar. E depois disso não tem diferença, seremos tão mães e pais quanto qualquer outro.
    Abç.

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  2. Olá! Ter que explicar o motivo pelo qual resolvemos adotar uma criança é bem inexplicável para mim… Infelizmente nos deparamos com muitos “questionadores” na nossa vida! Não fique chateada não, o que importa é o amor que vocês têm para passar pro seu filho. E a sua forma de agir está corretíssima! A de espalhar amor para todas as pessoas! Filho para mim é o que escolhemos para cuidar, amar e educar, não importa a maneira de que ele venha. Beijos para você. =D

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