Ei, gente!
Hoje falaremos sobre tipos de perdas auditivas. Vocês já leram por aqui em alguns posts citações sobre perdas auditivas, mas, afinal o que é a perda auditiva e quais os tipos existentes?! Neste post vou explicar o assunto um pouquinho pra vocês.
A perda auditiva é o resultado de danos em uma ou várias partes da orelha externa, média e/ou interna. Existem três tipos de perdas auditivas: a condutiva, a neurossensorial e a mista (Segundo Silman e Silverman, 1997).
A perda auditiva condutiva é quando há um problema na orelha externa e/ou média, ou seja, há algo impedindo que o som chegue de forma adequada à orelha interna (cóclea). Geralmente varia entre os graus leve e moderado (26 a 55 decibéis (dB), que é a medida da frequência dos sons). Este tipo de perda pode ser temporária. Dependendo da causa do problema, um remédio ou uma cirurgia, como a colocação de tubinhos de ventilação, podem ajudar. Esta perda auditiva é super comum em alguns casos de fissurados ou em quem tem muita otite. Quando estes dois procedimentos não resolvem o tratamento, pode-se resolver com o uso de aparelho auditivo.
A perda auditiva neurossensorial é quando há um problema com as células sensoriais, ou seja, nas células ciliadas da cóclea, e geralmente é permanente. Este tipo de perda pode ter graus entre leve a severo (26 a 90 dB) e pode ser tratada com aparelhos auditivos e implantes cocleares.
Quando há problemas tanto na orelha externa e/ou média quanto na orelha interna, é chamada de perda auditiva mista. Esta perda pode ser tratada por cirurgia assim como por aparelhos auditivos.
Para saber se uma pessoa tem perda auditiva é necessário fazer uma avaliação com um fonoaudiólogo especialista em audição. O especialista avalia o tipo e o grau da perda auditiva. Para saber o grau, o fonoaudiólogo detectará os limiares da audição da pessoa e os classificará (Segundo Lloyd e Kaplan, 1978) da seguinte forma :
- Audição normal: limiares de 0 a 25 dB NA. A pessoa escuta todos os sons normalmente.
- Perda auditiva de grau leve: limiares de 26 a 40 dB NA. Há uma dificuldade para entender alguns sons da fala, sons da natureza mais baixinhos como por exemplo pássaros cantando, etc;
- Perda auditiva de grau moderado: limiares de 41 a 55 dB NA. Presença de dificuldade para ouvir a fala a nível de conversação.
- Perda auditiva de grau moderadamente severo: limiares de 56 a 70 dB NA. A pessoa tem dificuldade para conversar em grupo, para que ela entenda o que é falado, a pessoa com quem ela está se comunicando tem que falar bem forte.
- Perda auditiva de grau severo: limiares de 71 a 90 dB NA. Dificuldade um pouco maior em ouvir sons mais altos como, buzina de carro, toque de telefone alto, etc. A fala para ser compreendida por essas pessoas que tem este tipo de perda, tem que ser bem alta (amplificada) e/ou gritada.
- Perda auditiva de grau profundo: limiares acima de 91 dB NA. Dificuldade para escutar sons relativamente muito alto como turbina de avião, caminhão, maquinários em geral, etc. Para conversar com uma pessoa precisa de estar frente a frente para realizar uma leitura labial para que entenda o que se está falando.
Se você acha que tem alguma dificuldade para escutar, não exite em procurar um fonoaudiólogo. Ele é um dos profissionais indicados para o diagnóstico da dificuldade auditiva. Ele promoverá uma intervenção da melhor maneira possível para que a dificuldade seja minimizada.
Com amor,
Ana Maria.
CRFa 6-7185
Bibliografia:
– Manual de Audiologia dos Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia, 2013.