Terrible Two

O Terrible two (Terríveis 2 anos) é uma das inúmeras fases que passamos com nossos filhos antes deles conseguirem se expressar completamente de forma verbal. Sei que nem todas as pessoas já ouviram esse termo, por isso nesse post irei esclarecer sobre o assunto. É nessa etapa em que os nossos filhos começam a nos enfrentar e se revoltar de forma mais violenta quando não conseguem o que querem.

Meu filho era tão bonzinho, um francês de tão educado… Fazia tudo lindamente bem. Ele não fazia birra e uma simples conversa adiantava para qualquer que fosse a frustração encontrada. Bastava um olhar sereno para ele, perguntar o que estava acontecendo para acalmá-lo e resolvíamos o problema… Agora!? (risos) Raul chorando ou fingindo que está chorando, gritando e esperneando viraram episódios diários. Arremessar coisas no chão virou seu esporte preferido. Tiro ao alvo!? Ele está mestre, já está no nível hard! Jesus amado! Eu pensei que isso só existia nesses livros de maternidade, nos quais mergulho loucamente,  e que isso aqui em casa não aconteceria nunca. Sempre achei que quando esses episódios de birra aconteciam era por falta de conversa com os filhos, ai ai … (risos) Doce ilusão!

Um ano e quase onze meses, esse foi o tempo para que a fase Terrible Two chegasse arrombando a porta de entrada aqui de casa. Sem pedir licença e nem nada! Chegou e pronto. Ai de nós se não estivermos com o psicológico bem equilibrado. É surto na certa!!! O que é então esse tal Terrible Two!? Segundo autores de diversos livros sobre maternidade, nada mais é que a adolescência do bebê. Ah meu Deus! Passaremos, senhores pais, por duas adolescências então. Aff! Uma coisa boa é que já vamos treinando para a adolescência verdadeira… É nessa fase que as crianças se autoconhecem como indivíduos e começam a ter vontade própria. Começam a ter mais independência e por em questão a autoridade dos pais, começam a testar mesmo a paciência de nós meros aprendizes de pais. Esse fase ocorre entre os 18 meses até os 3 anos, mas há literaturas que o aceitam até os 4 anos. Há uma boa informação… nem todas as crianças passam por esta fase. (UFAA!!) Como contorná-la!? Xii… ainda estamos aprendendo. Porém tenho algumas dicas que li:

– Manter a calma (risos) e procurar entender o que seu filho está querendo. Isso não significa que deva sempre ceder as exigências dele, mesmo porque contrariá-lo faz parte do processo educativo e contribui muito para a formação do caráter e da auto-estima dele. Assim como o prepara para a vida e para a relação com outros seres humanos.

– Abaixar à altura da criança e conversar sobre o ocorrido, mas tomando cuidado em não reforçar o mau comportamento. Isso diminuirá a frequência com que esse comportamento ocorrerá e quando acontecer o contrário, quando você o contrariar e a criança agir de forma adequada, elogie.

– Não negocie quando estiver no momento da crise. Espere até que as coisas se acalmem. Acalente a criança, dê um abraço forte. Isso demonstra que você a compreende e tem amor por ela.

Sabemos que essas crises nos tiram do sério, e que nem sempre temos paciência e estamos com o emocional preparado para lidar com elas. Aqui em casa estamos tentando agir de forma natural, sem dar importância aos ataques e elogiar sempre quando faz algo certo. Elogiamos quando ele faz algo que pedimos, quando faz xixi no pinico, quando nos avisa que está fazendo cocô ou quando guarda os brinquedos na gaveta após brincar e está dando super certo. Esses ataques de birra têm diminuído, esse fim de semana foi um só, o que já foi uma grande vitória e um sinal de que estamos no caminho certo. Sabemos que é difícil também, porque muitas vezes outras pessoas interferem e criticam a situação. Escuto muitas pessoas criticando também o Raul quando está em crise e vejo que ele fica ainda mais nervoso com a situação. Por isso, quando estamos também em meio a ataques, seja quem estiver do lado eu falo assim “um minuto que eu e Raul estamos conversando”.  Dessa forma concluo que além de estarmos nos educando e educando o nosso filho, também tentamos educar as pessoas a nossa volta. Assim, o Terrible Two vai passando e logo logo chegaremos a outra fase que sempre servirá para um aprendizado novo.

Com amor,

Ana Maria.

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