Bom dia, pessoal!
Vamos falar sobre um assunto que está sendo o foco da minha atuação há alguns anos, a disfagia. A disfagia é o nome dado à qualquer alteração que dificulte ou impossibilite o processo de deglutir/engolir de forma segura e eficaz, seja saliva ou alimento de qualquer consistência. Um fato curioso é que nós começamos a deglutir ainda na vida fetal, na oitava semana intrauterina. A deglutição é uma ação automática, que é comandada pelo tronco cerebral servindo para transportar o bolo alimentar para o estômago e realizar a limpeza do trato respiratório. Ou seja, é vital para garantir a sobrevivência do ser humano.
Existem vários tipos de disfagia, dependendo do local onde ocorrem as dificuldades. Estas dificuldades podem ocorrer em todas as idades, desde o nascimento até ao envelhecimento. Podemos observar vários sinais e/ou sintomas inerentes à disfagia, dentre os quais se destacam: desidratação e desnutrição; perda de peso inexplicável e de forma acentuada, num curto período de tempo; dor ao engolir; febres frequentes; pneumonias de repetição e infeções respiratórias; voz alterada após a deglutição; sensação de alimento preso na garganta; engasgamento frequente ou falta de ar durante/após as refeições ou quando bebe líquidos e sensação de que os alimentos ou líquidos voltam do estômago para a boca. Em bebês o refluxo e a perda de peso são sintomas comuns da disfagia.
O fonoaudiólogo é o profissional habilitado para realizar a avaliação, diagnóstico e tratamento terapêutico das disfagias, bem como o gerenciamento destas alterações em todas as fases da vida, desde o recém-nascido até o idoso. Atualmente, esse profissional especializado dispõe de conhecimento para realizar a avaliação clínica, além de exames complementares como a Nasofibrolaringoscopia Funcional da Deglutição ou o Videodeglutograma que auxiliam no diagnóstico, tratamento e prognóstico de reabilitação da doença.
Em caso de dúvidas e/ou maiores esclarecimentos estou à disposição.
Com amor,
Ana Maria Poças CRFa 6/2-7185