Quando me descobri mãe

Bom, nesse dia das mães quero compartilhar com vocês a minha nova forma de pensar que amadureceu em mim a partir dessa nova etapa da minha vida que esta sendo o processo de adoção. Eu sempre achei e ainda acho o processo da gestação algo mágico, assim como o nascimento e os primeiros anos de vida de nossos pequenos. Entretanto estou aprendendo e crescendo muito com esse novo universo da maternidade. Isso porque estou redescobrindo na prática que ela é algo muito mais abrangente do que gerar um filho.

Assim como nosso Raul que a cada dia requer da gente (meu marido e eu) mais atenção, carinho, amor incondicional, paciência e muita dedicação, também o nosso novo filho que irá chegar por meio da adoção necessitará. Da mesma forma que tivemos que passar noites em claro ou despender inúmeros dias para fazê-lo largar a fralda, também teremos muitas adversidades com nosso próximo filho. Dessa forma, tenho pensado muito que a maternidade é construída, lapidada e renovada a cada nova etapa da vida de nossas crianças. Não se pode dar o crédito de mãe somente àquelas que geraram simplesmente pelo fato de que a maternidade é um recomeço constante, o que significa que independe de como foi o começo.  Da mesma forma que tenho que acolher o Raul quando algo simples como derramar o leite com cereais no chão acontece, posso ver minha MÃE precisando de conselhos e às vezes do “colo” da minha vó. Ou seja, ser MÃE é um “trabalho” vitalício… risos…  Na verdade não importa quando ou como essa jornada começou e sim como você irá conduzir e, no futuro colher os frutos… no caso os netos… risos…  Todas nós sabemos que a MÃE é quem dá amor, vê de perto a evolução do seu filho. É a que chora a cada vacina dada, a cada ida ao médico, que sofre a cada tombo que o filho leva, que levanta de madrugada somente para saber se o filho está bem. Ser MÃE é sentir o seu coração bater em outro serzinho, tão indefeso e tão genioso. Ser MÃE não é fácil! É um trabalho árduo. Ter que educar um ser que está querendo aprender tudo e viver tudo o que lhe proporcionam, não é nada fácil. Transmitir seus valores, suas crenças que você nem se quer sabia que tinha, mas que floresceu assim que se descobriu MÃE. É ensinar o “certo” e o “errado”, mesmo que seu coração corte por dentro. Ser mãe é dizer NÃO ou deixar sua melhor parte de castigo, quando necessite. É Quando você vê seu filho disputando um brinquedo, muitas vezes quebrado e ter que ensiná-lo que dividir é o melhor sempre. É ensinar que não se deve brincar com comida. É dizer que morder não pode. É amar como você nunca imaginou um dia que poderia amar alguém. É um amor incondicional. E esse amor aumenta a cada dia. Não estou simplesmente querendo bater na mesma tecla “mãe é quem cuida”, mas sim compartilhar com vocês o que sempre escutei, mas nunca tinha realmente sentido com o coração.

Ser mãe é minha melhor parte. O Raul é minha melhor parte. Sou muito grata a ele por me escolher para ser sua MÃE. Sou muito grata por ser a MÃE que me tornei e que me torno a cada dia. Longe de ser perfeita. Erro muito. Quase sempre. Mas tento ser melhor a cada manhã que levanto.

Filho, a mamãe te ama muito! Um dia, esses textos serão lidos por você e é por isso que escrevo. Para você! Sem você, eu não me descobriria mãe, não descobriria essa minha melhor parte.

Com amor,

Mamãe Ana Maria.

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