Sobre esperar…

Bom dia!

Esse texto é para quem está com o coração no assunto adoção e que está me entendendo super bem nesse processo não muito fácil de espera. Então vamos lá!

No fim do ano passado entrei em contato com a vara da infância aqui de BH para saber a minha atual ocupação na “fila” do cadastro nacional de adoção e nós estávamos em 160. Aff… Foi difícil escutar este número porque tínhamos a ideia de que como o nosso perfil é bem amplo e sem muitas restrições passaríamos na frente de muita gente. Esse ano liguei novamente e nós caímos para a 140 posição. =) Até que a “fila” andou um pouquinho por aqui. Digamos que em dois meses 20 pessoas (ou casais) foram pais! Bom, né! E a outra notícia que me fez alegrar muito… é que nós podemos ser os próximos da fila caso apareça uma criança negra ou parda. Imaginem a minha felicidade!  A atendente que olhou o nosso cadastro me disse que o nosso perfil é muito bom e que temos grande chance da cegonha aparecer com a nossa princesa bem rápido. Confesso que a partir desse dia estou mais apreensiva quando o telefone toca por aqui. A vontade que ele toque HOJE e AGORA é enorme… risos.

Estou inserida em grupos das redes sociais que abordam o tema adoção e, acreditem, a espera é o tema que mais é mencionado. Eu realmente gostaria que esse tempo fosse minimizado, ia ser bom para os pais e melhor ainda para as crianças que estão abrigadas e sem uma família. Imaginem o tempo que essas crianças passam em um abrigo devido a burocracia (necessária) para que ela seja destituída da família original.

Vamos continuar esperando e torcendo que esse nosso “primeiro” lugar na fila não demore tanto mais!

Com amor,

Ana Maria.

Quarto, junto ou separado!?

Bom dia!

Não é novidade por aqui que estamos a espera da nossa Luna, a irmã do Raul. A espera não está sendo nada fácil! Sempre tento levar da melhor forma possível, mas esperar sem ter um prazo definido é um pouco “demais”, né?! Ainda mais quando o Raul me pergunta quando ela vai chegar e logo emenda a frase “Tá demorando DEMAIS, né mamãe!?” A ênfase é tão grande quando ele fala DEMAIS que coloquei ela em caixa alta para vocês pelo menos sentirem um pouco do que estou dizendo. Bom…  a meditação me ajuda muito nessas horas.

Desde quando decidimos que iríamos aumentar a família começamos a pensar se colocaríamos as crianças em um quarto juntas ou se faríamos quartos separados, uma vez que será um casal a dividir um quarto. A ideia inicial era colocá-los separados. Um novo quarto seria montado para a Luna, mas isso começou a incomodar a gente… Nós quase não temos paredes que dividem os ambientes em casa e temos somente uma TV desde quando casamos, isso porque conversamos sobre esse assunto e resolvemos iniciar nossa família priorizando o nosso convívio juntos, de uma forma mais unida e participativa. A conversa foi acontecendo e resolvemos não separá-los! Acreditamos que esse processo e convívio mais próximo dos meus pequenos os auxiliarão no processo de adaptação de ambos e até mesmo proporcionar um vínculo afetivo mais próximo dos dois.

Eu dividi o quarto com minha irmã até quando casei, e amava. Uma vez peguei todas as minhas coisas e montei um outro quarto separado só para mim, porém ao anoitecer já estava eu de novo no nosso quarto… risos. Meu marido tem duas irmãs e sempre dormiu em um quarto separado do delas. Ele me contou que passava a maioria das noites conversando, no quarto delas, até a hora que não aguentava mais e ia pro seu quarto, só pra dormir. Por meio dessas e outras experiências que vivenciamos e também por relatos de amigas minhas que têm mais de um filho, a nossa opção foi deixá-los juntos, até que eles mesmo decidam o que querem. Perguntamos ao Raul antes de optarmos por essa escolha e ele logo deu a opinião dele dizendo que queria dividir o quarto.

Dessa forma, o quarto do Raulzito transformou em quarto do Raul e da Luna. Já ganhou duas novas camas iguais, feitas pelo papai e pelo Raulzito, e cada um agora terá o seu lado do quarto para desenvolverem a própria personalidade. O Raul já escolheu o tema do lado dele, quando a Luna chegar ela escolherá o do lado dela… e assim vamos trabalhando o nosso psicológico para uma família maior e com muito mais amor!

Ah! E o assunto adoção já é muito bem resolvido aqui em casa e em todo o nosso círculo de familiares e amigos. Acredito que a naturalidade é o segredo. (Dica para quem está entrando agora no processo de adoção!) Assim como foi com a fissura do Raul, está sendo também com a adoção da Luna.

Com amor,

Ana Maria.

Primeiro dia de aula – Adaptação

 

Bom dia!

Passamos pelo período de adaptação na escolinha. Gente, como mãe sofre… eu quase morri nessa semana passada de ansiedade em deixar meu pequeno na escola. Para justificar esse meu sentimento, eu nunca deixei ele com ninguém que eu não conheço nem sequer por um minuto e de um dia pro outro tive que deixá-lo com um monte de gente que nunca vi na vida e por looongas 4 horas que pareciam ter uma infinidade pra mim.

A vontade de chorar foi enorme em muitos momentos… quando eu e Rodrigo fomos à primeira reunião antes de iniciar as aulas, quando entramos com o Raul na escola pela primeira vez, quando pisamos na sala de aula, quando eu percebi que ele já estava mesmo preparado para ficar sozinho, quando ele falou para professora em alto e bom som “Agora a gente já pode estudar?!” enquanto ela estava em uma roda contando para os pais a trajetória dela escolar, quando ele saiu da sala correndo e foi ao banheiro sozinho, quando um menino empurrou ele no parquinho e ele disse “Que isso, cara! Por quê você fez isso?” e por fim quando fui buscá-lo e vi ele sentando quietinho na sala de aula esperando para ir embora. O seu olhar quando me viu e apontou o dedinho indicador e deu uma piscadinha, querendo dizer “Oi, mamãe! Você está aí!” me fizeram chorar de emoção por dentro. Penso não ser a única que já engoliu inúmeras vezes o choro só para o filho não ver, não é verdade!? Ufa! Sobrevivemos ao primeiro dia de aula! Bom esse foi o meu processo de adaptação. Agora vamos para a parte do Raul.

Meu marido colocou uma palavra para descrever a adaptação do Raulzito na escola que descreveu infinitamente bem a sua adaptação que foi : Instantânea. Eu poderia também resumir a adaptação dele no seu primeiro dia de aula como o seguinte diálogo:

-Tchau, filho! Daqui a pouco voltamos para te buscar.

Ele sem olhar para traz, já emenda a frase falando para as professoras:

-Bom diiiaaa!

Fim!

E foi assim que tudo aconteceu. Simples, leve e com muita certeza de que meu pequeno já está super crescido (é complicado para as mães essa percepção de que o filho cresce… risos) e preparado para esse mundo que o espera.

Com amor e alívio,

Ana Maria.

2017-02-07-13-41-08

Objeto de transição, você já ouviu falar?!

Bom dia!

Vocês já devem ter percebido (LÓGICO!!!) que por algum tempo meu Raulzito não tira a tal blusa do Leonardo. Encucada com isso fui pesquisar o por quê desse apego enorme a uma blusa de Tartaruga Ninja que tem um L na faixa preta de Karatê e um casco de “verdade” pregado atrás da blusa, que já está com três furos e  uma mancha de graxa que não sai nem por reza… que faz o Raul se sentir o “ídolo” dele de verdade. A cor dela era verde vivo, como deve ser a cor de uma tartaruga, mas a dele já está desbotada há 50311321354651 lavagens atrás e ele insiste em vesti-la todo santo dia e se bobear fica com ela o dia todo. Em determinados dias, ela estava tão suja que ele pedia ao menos para segurá-la para dormir… (Oi?! Muitas vezes eu nem acreditava que estava escutando aquilo.) Com a ajuda solidária da minha cunhada e da minha comadre conseguimos mais duas blusas do Leonardo, mas que infelizmente não substituem a primeira. Enfim… se seu pequeno passa por situações parecidas… Calma!!! Tem explicação.

Eu não sabia que o transicional ou objeto de transição ainda era escolhido por crianças de quase 3 anos. Eu sempre lia a respeito que esses objetos que os pequenos carregam para cima e para baixo como o Linus e sua mantinha do Charlie Brown (Quem já viu?!) têm  um significado para o desenvolvimento psicológico da criança principalmente quando se vê que ele e a mãe não são mais a mesma pessoa, e eu geralmente via bebês com eles. De repente me vejo com meu filho prestes a completar 3 anos e com um apego gigante à uma blusa. Pesquisando sobre esse processo, cheguei a conclusão que pode ocorrer e deixar de acontecer por volta dos 5 anos. Não é sinal de alarme! Ele faz parte do processo de construção da independência. Tanto que Raul começou com isso logo quando comecei a deixá-lo mais vezes “sozinho” com minha sogra ou minha mãe quando precisava sair para fazer algo e também quando ele percebeu que realmente a hora da escolinha já era assunto corriqueiro aqui em casa e que a chegada da irmã também estava próxima de acontecer (visto que uma nova cama já se encontra no seu quarto).

Acredito que com essa minha leitura e pesquisa sobre o assunto, a blusa que vocês sempre veem com ele pessoalmente ou quem nos segue lá no Instagram vê com muita frequência, está sendo sim o objeto de transição do meu pequeno. E quero deixar um respiro de alívio pra outras mamães que assim como eu estão sem saber como agir nesses casos, é só uma fase. Aqui em casa por exemplo até um mês atrás ele não aceitava ficar longe dela, agora já fica até dias sem vesti-la sem me dar problemas. Só me pergunta onde ela está… parece que é para se ele precisar da “ajudinha” dela, saber onde recorrer. Pode ser que ele tenha precisado disso para superar alguma questão do desenvolvimento psicológico… Acontece até com nós adultos, não é mesmo!?

Com amor,

Ana Maria.

Ps.: Leiam mais sobre o assunto no Google, me ajudou muito. Esse texto foi só um resuminho básico com minha experiência. Tem muito mais para ler e entender. =)

Mudança de rotina…

Bom dia!

Ano novo e também vida nova aqui na nossa casa. Raulzito vai para escola! Já estamos nos preparando para a nossa nova rotina. Lembram da vaga na UMEI que estávamos tanto almejando?! Então… conseguimos! O Raul foi contemplado em duas escolas das seis que havíamos inscrito o nome dele. Desta forma pudemos escolher a escola que mais nos atendia. Queria ressaltar a força que o nosso pensamento tem… eu ficava imaginando o Raul já na escolinha que eu queria e uma dessas duas que ele foi contemplado era exatamente a que eu queria. No dia em que fui fazer a inscrição eu me identifiquei muito com a coordenadora dessa escola, pela metodologia dela e pela paz que ela me transmitiu… fiquei muito feliz por ter conseguido! Esse mês teremos um texto sobre a metodologia e a proposta que a UMEI promete, ok?! Para quem não é daqui de Belo Horizonte, UMEI (Unidades Municipais de Educação Infantil) é uma escola da prefeitura para crianças de até 06 anos de idade. Temos mais de 120 UMEIs distribuídas por BH afora. Não é fácil conseguir vagas, pois as vagas destinadas às crianças não vulneráveis e sem deficiência física são apenas 20% das vagas distribuídas. Mas nós estamos aqui para provar que é possível conseguir! Força de vontade, fé e pensamento positivo são fundamentais para que se consiga as coisas.

Com o Raul na escolinha eu também tenho meus projetos profissionais esse ano. Estarei me preparando para fazer mestrado e abrirei mais horários em minha agenda para atender pacientes novos. Com esses planejamentos necessitarei do meu tempo organizado para me dedicar aos planejamentos terapêuticos, ao inglês e as matérias que a prova de mestrado me cobrará. Também teremos um livro do Fissurada na Maternidade esse ano! Super novidade para vocês! Terminei de escrever um livro para mamães e papais que estão sendo inseridos no mundo de fissura e em 2017 será lançado. Logo, a mudança de rotina foi mais que necessária para que a gente consiga dar conta de tudo por aqui. Já escrevi um post falando sobre a importância de rotina na vida dos nossos pequenos, vale a pena reler aqui. A adaptação merece força de vontade e paciência. Não é fácil conseguir dormir as 20:30h nesse calor de 59 graus de Belo Horizonte… risos… ainda mais em pleno horário de verão. Estamos na fase de adaptação. Raul terá que acordar às 06:00h da manhã para ir para a escolinha e eu terei que voltar a acordar às 05:30h para preparar as coisas antes de sairmos. Uma tarefe não muito fácil para quem estava há quatro anos sem ter que cumprir horários tão a risca.

A rotina sem dúvidas é fundamental para um equilíbrio geral da nossa vida. Se tivermos com a rotina equilibrada, conseguimos um emocional mais forte, uma saúde melhor e uma vida bem mais produtiva e feliz. Rotina não significa fazer tudo no mesmo horário e ter uma vida monótoma, mas sim uma vida com mais organização e planejamento. A rotina te ajuda a desenvolver melhor seus planos, a estar presente no momento presente, a ter foco, ter objetivo, ter sabedoria para entender que só você é capaz de fazer com que sua vida seja melhor e mais produtiva. E isso traz consequências positivas para quem está a sua volta, principalmente pros pequenos que precisam tanto da gente bem. Experimentem colocar rotina na vida de vocês.

Com amor,

Ana Maria.

Ps.: Nesse site vocês podem ver a listagem das UMEIs com os endereços e os telefones.

http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=educacao&tax=49442&lang=pt_BR&pg=5564&taxp=0&

#mamãefonoaudióloga: O nome próprio

Bom dia!

Escolher o nome dos nossos pequenos não é uma tarefa fácil, não é mesmo!? Além das particularidades que nos fazem escolher um nome, como significado, origem, sonoridade etc, devemos pensar na grafia, nas questões da socialização e nos problemas que podem ser pertinentes quando um nome não é muito “agradável” de se escutar e com isso pode acarretar disfunção no psicológico da criança. O nome é a identificação. É assim que nos identificamos quando nos apresentamos. Nada obstante, vocês já pararam para pensar na importância do nome próprio para o aprendizado e no desenvolvimento dos nossos pequenos?

Reconhecer a letra inicial do nome é uma das primeiras coisas que nossos filhos aprendem na escolinha e a partir daí começam a fazer associação da letra com o nome, depois da letra com outras palavras que começam com a mesma letra e por aí vai. No quarto do Raul, por exemplo temos o nome dele escrito na parede com letras de madeira e desde pequenino nós o estimulamos a olhar para as letrinhas e fazer a associação das letras que compõem o nome dele com outras palavras, por exemplo: R de Raul, A de Ana, U de uva e L de Luna. Estes dias o Raul se surpreendeu e percebeu que a letra do nome do pai (Rodrigo) é a mesma que a letra do nome dele. Agora já é capaz de ordenar as letras do nome dele corretamente se as espalharmos em sua frente. Essa associação tem o objetivo de proporcionar às crianças um suporte, dando condições favoráveis para apoiá-las no processo de alfabetização, ou seja, na aprendizagem da leitura e da escrita.

Abaixo vocês verão algumas dicas para estimular o reconhecimento dos nomes próprios para que você estimule seu pequeno em casa.

  1. Nessa primeira atividade separamos as letras de um lado e do outro lado damos um estímulo visual com a grafia do nome como deve ser escrita. Abaixo pedimos a criança que coloquem as letras corretamente seguindo o exemplo de cima.

6d502917b018accbae91ec1ea9982e4c

2. Utilizando uma folha de papel colorida e um tubo de cola, faça a escrita da grafia do nome e depois peça a criança que cole feijões em cima da cola.

628eed37b5ce2c61f4be2ae393c8fc04

3. Com pregadores de roupas e letras de EVA cole em cada pregador uma letra do nome da criança. Em uma folha escreva o nome da criança e peça que ela coloque os pregadores em cada letra correspondente.

dff7bf46dce233eb6941a7a80d76b3af

4. Faça um “ache letras” com as letras correspondente ao nome do seu pequeno e peça que ele as procure e as colora com cores diferentes.

9986d22fd6429ee9edb913014db28e40

5.  Para facilitar o início do aprendizado das letras e o reconhecimento das mesmas, faça fichas com fotos das pessoas da família e ao lado coloque a letra inicial correspondente ao nome de cada um. Pode fazer também com figura de animais, de objetos etc.

b7f7cf553bb5c7dcde78226c84fd8f0a

Vamos começar o ano com muitas atividades para estimular os pequenos!? Essas são somente algumas sugestões de infinitas possibilidades que vocês podem criar usando a imaginação e a criatividade.

Com amor,

Fga. Ana Maria Poças

CRFa 6-7185

 

Ps.: As imagens do corpo do texto foram retiradas do Pinterest.

 

 

O Tubinho de Ventilação saiu!!!

Bom dia!

Eu não poderia ter ganhado um presente de Natal melhor e já posso virar o ano respirando mais aliviada! Esta semana passada vivi um momento que estava esperando por muito tempo. Pela manhã após ter passado por uma noite daquelas com o Raulzito  que estava com uma febre que não cedia nem com antitérmicos intercalados… Quando cheguei no quarto para ver como ele estava, vi uma coisa estranha no ouvido esquerdo dele. Uma bolinha meio amarronzada, meio preta, na hora gelei e logo pensei ” O que é isso, meu Deus?!”. Fui logo já tirando com os dedos antes que ele se mexesse e ela entrasse de novo pro ouvido ou caísse no chão…  Peguei aquela bola cheia de cerúmen enrolada e vi que tinha um pontinho azul nela, terminei de limpar e adivinhem!? Era um dos tubinhos de ventilação.

Longos 01 ano, 11 meses e 13 dias, enfim o “azulzinho” resolveu dar as caras pro lado de fora da orelha do Raul. Vocês não sabem como isso estava me deixando preocupada. Só mãe de criança que nasceu com fissura labiopalatina ou que os filhos precisaram de colocá-los, vão sentir o que estou falando. Levava o Raul no otorrino de seis em seis meses para saber como andava lá por dentro do ouvido. Eu já sabia que estava tudo certo! Mas como #mãeneurótica que sou… queria vê-los do lado de fora o quanto antes, pois eles já haviam saído dos tímpanos há um bom tempo. O médico disse que uma hora ou outra eles iriam sair, e que não tinha problema eles ficarem lá dentro por muito tempo se não tivessem incomodando o Raul ou atrapalhando a audição. Caso necessitasse poderia retirá-los com uma pinça própria para retirar rolhas de cera, mas que o Raul deveria cooperar. Logo sabemos que essa cooperação para uma criança de três anos, enérgica ainda por cima, seria um pouco impossível. (risos) Eu pensava que poderia um dia atrapalhar na audição dele, pois rolhas de cera atrapalham a qualidade da chegada do som na orelha média e isso compromete o limiar de audição das pessoas. (Muitas vezes a ignorância é o melhor remédio, não é mesmo!?)  Uma simples rolha de cera pode dar perda auditiva em um exame de audiometria. Eu lia sempre que o prazo médio para que os tubinhos saíssem era de no máximo 01 ano e meio e o nosso já estava fazendo quase 2 anos de pós cirúrgico. Eu estava incomodada com isso e ansiosa para que chegasse logo esse dia!

Graças a Deus, não precisamos de passar por nenhum estresse e mesmo após um dia de virose daquelas beeeem bravas que acaba com a gente e com os pequenos, parece que foi uma mensagem divina mostrando que Deus tem cuidado e que está a par de tudo o que acontece. Fiquei super aliviada e agradecida!

Para quem tinha curiosidade como eu de vê-lo… Olha ele aí!

Agora é aguardar o da orelha direita!

Com amor,

Ana Maria.

Meditação e a maternidade

Bom dia!

Ser mãe, dona de casa e trabalhar não é uma tarefa fácil, não é mesmo?! Dar conta de tudo e de todos nessa vida um pouco (bem) agitada da maternidade muitas vezes nos deixam sem saber como agir e/ou agimos erroneamente quando deixamos nossos sentimentos tomarem conta de nós. Quero compartilhar o que tenho feito e que tem me ajudado muito nessa minha missão de ser mãe, dona de casa e fonoaudióloga nas horas vagas. Tenho ficado muito mais centrada e calma, consequentemente agindo bem melhor com meu filho e com as pessoas a minha volta.

Comecei a meditar há mais ou menos uns sete meses atrás, por insistência do meu marido que já medita há muito tempo. Confesso que ficava muito resistente e que sinceramente não achava que fazia efeito, até que um dia sentei e fui meditar. Não conseguia me desligar por 1 segundo se quer. Minha cabeça a mil por hora e eu tinha a sensação que estava ali perdendo tempo sentada enquanto tinha mil outras coisas para fazer. Meus dias foram passando, eu insistindo na meditação e a medida que o tempo passava, mesmo que eu não tenha de fato meditado, eu estava ficando mais calma e tomando rédias dos meus pensamentos, o que, no passado, muitas das vezes me guiavam para um caminho onde eu não queria estar. Situações simples como uma febre ou nariz escorrendo do meu pequeno, já me faziam ter taquicardia, o dia para mim acabava e eu ficava muito mal até ele melhorar. Não conseguia fazer minhas atividades com êxito e minha rotina que sempre foi “tranquila” para mim, já não era mais. Meu dia já não rendia mais como antes e minha cabeça não estava ficando de fato boa! E fui percebendo com o passar do tempo que as “meditações” estavam me ajudando a ter controle de mim mesma e me tornando uma pessoa melhor. Melhor para mim, para o meu marido, para o meu filho e para o mundo.

Hoje já medito alguns minutos… não o tanto que eu gostaria de meditar, mas estou no caminho. Os benefícios da meditação são inúmeros e já listei aqui alguns no texto que escrevi sobre A meditação na vida dos pequenos e que são os mesmos para nós mamães. Com ela conseguimos eliminar e prevenir o estresse, preencher o nosso corpo com mais energia nos dando melhoria na área física e mental, harmonia, estabilidade, desenvolvimento da consciência e nos transformar como um todo. A princípio você pode sentir que esta perdendo tempo, mas quando perceber que quanto mais você medita mais estará consciente do momento presente e, dessa forma, otimizará melhor seu tempo e poderá fazer mais e melhor suas tarefas diárias, chegará a conclusão que na verdade você esta ganhando muito tempo e qualidade de vida. Segundo Matthieu Ricard, no livro A arte de meditar, meditação é uma prática que permite cultivar e desenvolver certas qualidades humanas fundamentais, é uma forma de familiarizarmos e cultivarmos qualidades que nós todos possuímos mas que permanecem em estado latente enquanto não esforçamos para desenvolvê-las. Você pode conferir diversos estudos que comprovam o que estou escrevendo aqui nesse texto sobre meditação, eu só gostaria mesmo de incentivar você, mamãe, que assim como eu é mil e uma utilidades e tem que dar conta do recado. Agora se além dos benefícios quisermos seguir exemplos de vida, muitos líderes espirituais da humanidade meditavam.

Portanto, mamãe, medite! Meditação é vida! É luz! É salvação!

Com amor,

Ana Maria.

Ps: Seguem algumas dicas de leitura sobre meditação:

A arte de meditar. Um guia prático para os primeiros passos na meditação. Matthieu Ricard. Editora Globo.

Autoperfeição com Hatha Yoga. Um guia clássico sobre saúde e qualidade de vida. Hermógenes. Editora Nova Era.

A arte da meditação. Daniel Goleman. Editora Sextante.

Amamentar dói sim!!! – por Débora Rocha

Sempre ouvi muito sobre a gravidez e seus sintomas, alegrias e surpresas, mas pouco ou nada sobre a amamentação!
Tive um parto normal como aqueles de novela, contrações que começaram na madrugada, idas e vindas à maternidade, trânsito complicado no trajeto, malas pra cá e pra lá, tudo exatamente como idealizei, um sonho realizado!
Porém, quando o bebê nasce se espera que ele mame de forma instintiva (a mãe oferece o seio e o bebê mama como vemos na TV) certo? NÃO, O BEBÊ NÃO SABE MAMAR!
Ele pega errado no mamilo e te machuca, uma vez que você permite porque também não sabe a forma certa de o fazer!
Por mais que as enfermeiras e os pediatras te ensinem várias vezes, você continua sem entender, afinal a nova realidade te deixa totalmente lesada! Trocar fralda, dar banho (eu fiz questão de eu mesma dar banho na maternidade), receber visita, se alimentar, tomar medicação, acordar para amamentar, tirar fotos fofas do ser mais lindo do mundo, enfim um turbilhão de informações ao mesmo tempo!
Aí você volta pra casa com o maior desafio da vida, cuidar de um bebê que depende de você para sobreviver!
Eu tive um agravante por não ter o bico do seio formado, tenho mama plana e a dificuldade foi enorme. Confesso que a tentação de dar uma mamadeira com fórmula passou várias vezes pela minha cabeça, mas resisti!
A Júlia manteve a pega errada por um mês, meu seio empedrou e quase tive uma mastite, tive a visita de uma enfermeira que fez a ordenha e resolveu o problema, depois uma tia me ajudou a corrigir a pega e só então comecei a ter um alívio ao amamentar!
No entanto depois de completar dois meses a dor voltou, Júlia começou a fazer uma “bitoca” que ardia de me fazer chorar, parecia um pesadelo e eu desejei ter outro parto à ter que continuar com essa dificuldade!
Hoje depois de orar muito pedindo à Deus que me amparasse e me fortalecesse para eu não desistir, afirmo que amamentar em livre demanda foi a escolha mais difícil que fiz na vida, mas que felicidade em ter conseguido!
O leite materno é o melhor para minha filha e é o maior prazer do mundo para mim!
Meu testemunho de fé é para fortalecer às futuras mamães que assim como eu podem ter alguma dificuldade, sejam fortes, confiem em Deus e amamentem seus bebês, os olhinhos nos olhos são a nossa recompensa!!!

Débora Rocha, mamãe da Júlia.

#mamãefonoaudióloga: atividades de cores

Bom dia!

Nomear as cores é uma das primeiras coisas que ensinamos aos pequenos. Quando começam a fixar o olhar em brinquedos é possível irmos inserindo o conhecimento de cores na cabecinha deles.” Olha que linda essa bola azul!, Olha esse sapo verde.” ou” Você quer usar essa blusa amarela?” Frases desse tipo podem ser utilizadas para que as crianças vão conhecendo e aprendendo a nomear as cores. Claro que muitas crianças vão de fato conseguir nomear as diversas cores somente aos dois anos de idade e para que consigam nomeá-las elas vão passar por etapas como a percepção e a diferenciação delas, mas é importante, desde cedo, já irmos incentivando o conhecimento.

Uma dica para os que já estão craques em nomear as cores é ir brincando com a combinação delas ou ensinando a nomeá-las em uma outra língua. Mas agora vamos as dicas de alguma atividades que propõem o conhecimento de cores:

1- Com potes de diferentes cores e botões que correspondem as mesmas cores dos potes, você trabalha a coordenação motora fina e o pareamento ao pedir que as crianças coloquem os botões dentro do pote nas cores correspondentes.

0b5fb3a0e1cbe76172d76f9c26ebde5d

2- Aqui nessa atividade, você deve solicitar a criança pregue o pregador de roupa pintado na cor correspondente no círculo. É bem interessante que esteja escrito o nome da cor para que o pequeno já vá associando a cor a escrita.

7ae5f1aea32c197f14fea424d5b72e65

3 – Com água, sabão e anilina você consegue uma mistura colorida, agora é só dar um canudinho para que o pequeno se esbalde na pintura ao soprar as bolhas em uma folha de papel. Essa atividade é riquíssima! Estimulamos o sopro, a coordenação motora fina, o conhecimento de cores, a criatividade e a relação espacial.

9e0342a0cdccb1c10e061b447ee3a0cb

4- Com pompons feitos de lã coloridos, rolos de papel higiênico pintados das mesas cores que os pompons e pegadores de macarrão você elabora essa atividade sensacional! Aqui nessa foto temos palitos grandes (como se fossem Hashis que são aqueles palitinhos utilizados para comer comidas orientais) ao invés  e pegador e macarrão, mas só devem ser utilizados por crianças maiores ou com habilidades motoras mais desenvolvidas. Com esses materiais é só pedir aos pequenos que coloquem com o pegador de macarrão os pompons nos cones das cores correspondentes. Você pode ir ditando a brincadeira: “Coloque os pompons azuis no túnel azul.” ou “Coloque os pompons da mesma cor do céu no túnel da mesma cor.”

37a3a71a69bf22c7509af8ecffd85641

Com amor,

Ana Maria Poças

CRFa 6-7185

Ps: As fotos do texto foram retiradas do aplicativo Pinterest.