Bom dia, gente!
Hoje viemos com novidades no tratamento do Raulzito. Os tubinhos de ventilação saíram já faz um mês mais ou menos, porém ainda estão dentro do canal auditivo. Os tubinhos saem quando a membrana timpânica já não precisa mais deles para drenar o líquido que estava dentro dela atrapalhando o funcionamento adequado. Ou seja, quando os tubinhos saem a membrana timpânica já está cicatrizada e pronta para o seu funcionamento. Eu estava aguardando para escrever esse post para postar junto com ele uma foto dos tubinhos quando eles estivessem saído literalmente dos ouvidos, mas não aguentei de ansiedade… risos… mas prometo postar fotos nas nossas redes sociais assim que eles saírem, tá! Para a gente matar a curiosidade de vê-los ao vivo e em cores.
Fazendo uma retrospectiva para quem começou a nos acompanhar agora… a cirurgia de palatoplastia do Raul foi em janeiro do ano passado (2015). A cirurgia foi conjunta: o cirurgião plástico e o otorrinolaringologista que vinha acompanhando o Raul desde os 3 meses de vida. O otorrinolaringologista resolveu colocar os tubinhos de ventilação no mesmo dia da palatoplastia para evitar mais uma possível cirurgia. Foi mais por precaução do que por necessidade mesmo, pois Raul não tinha otite serosa ou silenciosa como costumamos chamar as otites de crianças com fissuras palatais ainda não operadas, temos um post explicando essas otites, clique aqui para relembrá-lo (Otites, por que em fissurados?). A membrana dele estava um pouco retraída e foi para ajudar na mobilidade desta membrana que o médico optou por colocá-los. Os cuidados que tive durante esse ano que se passou desde a cirurgia foram: não deixar água cair diretamente nos ouvidos do Raul e nem vento demais. Nos três primeiros meses eu colocava um algodão embebido em óleo natural nos ouvidos do Raul, vedando a entrada de água e quando andávamos de carro eu fechava sempre as janelas que estavam com vento direto nele, ou se nós estávamos em algum lugar que estivesse ventando demais eu sempre protegia os ouvidos dele. Nada de piscina ou mergulho durante esse ano inteirinho. Eu até o colocava na piscina, mas sempre no colo ou naquelas bóias que flutuam a criança quase toda. O cuidado no banho permanecia até hoje, porém após os três meses eu já não usava mais o algodão, só mesmo tomava cuidado com a água. Quanto à diminuição da audição, Raul nunca apresentou episódios de alteração na audição. Mas em casos que há alterações na audição, espera-se que após essa cirurgia e a cicatrização da membrana, a audição melhore.
Ah, outra pergunta e dúvida que eu tinha em relação à retirada dos tubinhos, pois quando eu estudava a respeito na faculdade os médicos ainda faziam uma nova cirurgia para a retirada dos tubinhos… pois bem, hoje em dia não fazem mais esse procedimento. O lema é quanto mais tempo ficar, melhor ainda, e quando eles saem significa que as membranas timpânicas não estão mesmo mais precisando deles (palavras do médico). Quando caem no canal auditivo ainda demoram um tempinho para que o organismo os expulse por completo. É como se fosse uma cerinha que aos poucos vai sendo expelida pelo ouvido afora. Então aguardem as fotos e as cenas do próximo capítulo. Logo devemos encontrá-los perdidos aqui pela cama do Raul, o médico me alertou que costuma sair quando estão dormindo ou durante o banho. Outra dúvida que tinha, era se já poderia colocar o Raul na natação, ou se ele já poderia ser submerso na água, e o médico disse que sim! Oba! Estou muito animada e agradecida com mais essa etapa vencida!
Com amor,
Ana Maria Poças.
CRFa 6-7185