Sobre esperar…

Bom dia!

Esse texto é para quem está com o coração no assunto adoção e que está me entendendo super bem nesse processo não muito fácil de espera. Então vamos lá!

No fim do ano passado entrei em contato com a vara da infância aqui de BH para saber a minha atual ocupação na “fila” do cadastro nacional de adoção e nós estávamos em 160. Aff… Foi difícil escutar este número porque tínhamos a ideia de que como o nosso perfil é bem amplo e sem muitas restrições passaríamos na frente de muita gente. Esse ano liguei novamente e nós caímos para a 140 posição. =) Até que a “fila” andou um pouquinho por aqui. Digamos que em dois meses 20 pessoas (ou casais) foram pais! Bom, né! E a outra notícia que me fez alegrar muito… é que nós podemos ser os próximos da fila caso apareça uma criança negra ou parda. Imaginem a minha felicidade!  A atendente que olhou o nosso cadastro me disse que o nosso perfil é muito bom e que temos grande chance da cegonha aparecer com a nossa princesa bem rápido. Confesso que a partir desse dia estou mais apreensiva quando o telefone toca por aqui. A vontade que ele toque HOJE e AGORA é enorme… risos.

Estou inserida em grupos das redes sociais que abordam o tema adoção e, acreditem, a espera é o tema que mais é mencionado. Eu realmente gostaria que esse tempo fosse minimizado, ia ser bom para os pais e melhor ainda para as crianças que estão abrigadas e sem uma família. Imaginem o tempo que essas crianças passam em um abrigo devido a burocracia (necessária) para que ela seja destituída da família original.

Vamos continuar esperando e torcendo que esse nosso “primeiro” lugar na fila não demore tanto mais!

Com amor,

Ana Maria.

Quarto, junto ou separado!?

Bom dia!

Não é novidade por aqui que estamos a espera da nossa Luna, a irmã do Raul. A espera não está sendo nada fácil! Sempre tento levar da melhor forma possível, mas esperar sem ter um prazo definido é um pouco “demais”, né?! Ainda mais quando o Raul me pergunta quando ela vai chegar e logo emenda a frase “Tá demorando DEMAIS, né mamãe!?” A ênfase é tão grande quando ele fala DEMAIS que coloquei ela em caixa alta para vocês pelo menos sentirem um pouco do que estou dizendo. Bom…  a meditação me ajuda muito nessas horas.

Desde quando decidimos que iríamos aumentar a família começamos a pensar se colocaríamos as crianças em um quarto juntas ou se faríamos quartos separados, uma vez que será um casal a dividir um quarto. A ideia inicial era colocá-los separados. Um novo quarto seria montado para a Luna, mas isso começou a incomodar a gente… Nós quase não temos paredes que dividem os ambientes em casa e temos somente uma TV desde quando casamos, isso porque conversamos sobre esse assunto e resolvemos iniciar nossa família priorizando o nosso convívio juntos, de uma forma mais unida e participativa. A conversa foi acontecendo e resolvemos não separá-los! Acreditamos que esse processo e convívio mais próximo dos meus pequenos os auxiliarão no processo de adaptação de ambos e até mesmo proporcionar um vínculo afetivo mais próximo dos dois.

Eu dividi o quarto com minha irmã até quando casei, e amava. Uma vez peguei todas as minhas coisas e montei um outro quarto separado só para mim, porém ao anoitecer já estava eu de novo no nosso quarto… risos. Meu marido tem duas irmãs e sempre dormiu em um quarto separado do delas. Ele me contou que passava a maioria das noites conversando, no quarto delas, até a hora que não aguentava mais e ia pro seu quarto, só pra dormir. Por meio dessas e outras experiências que vivenciamos e também por relatos de amigas minhas que têm mais de um filho, a nossa opção foi deixá-los juntos, até que eles mesmo decidam o que querem. Perguntamos ao Raul antes de optarmos por essa escolha e ele logo deu a opinião dele dizendo que queria dividir o quarto.

Dessa forma, o quarto do Raulzito transformou em quarto do Raul e da Luna. Já ganhou duas novas camas iguais, feitas pelo papai e pelo Raulzito, e cada um agora terá o seu lado do quarto para desenvolverem a própria personalidade. O Raul já escolheu o tema do lado dele, quando a Luna chegar ela escolherá o do lado dela… e assim vamos trabalhando o nosso psicológico para uma família maior e com muito mais amor!

Ah! E o assunto adoção já é muito bem resolvido aqui em casa e em todo o nosso círculo de familiares e amigos. Acredito que a naturalidade é o segredo. (Dica para quem está entrando agora no processo de adoção!) Assim como foi com a fissura do Raul, está sendo também com a adoção da Luna.

Com amor,

Ana Maria.

O que esperar quando se está esperando, na “fila”

Bom dia!

Aconteceu algo bem bacana… Esses dias me peguei pensando no título daquele livro O que esperar quando você está esperando, que por sinal eu ainda não li, e me deu um clique de escrever um texto sobre o que esperar quando se está esperando na “fila”… da adoção! Um dia após de ter tido essa ideia recebi um email do blog Sobre Adoção, onde a Joyce, autora do blog, tinha escrito um texto justamente com o mesmo título que eu havia pensado no dia anterior… Será isso coisas de mamães grávidas do coração!? risos…

Na gravidez do Raul eu sabia (mais ou menos) o que esperar, por exemplo sabia que ele iria chegar no final do mês de agosto de 2013, sabia que seria um recém nascido que logo estaria em meus braços, já esperava como ele seria fisicamente, e já até sabia que ele seria um menino bem enérgico e bravo pelo jeito que ele mexia na minha barriga. Mas na gravidez da “Luna”, eu não tenho muito o que esperar… são muitas incertezas! Lendo o texto da Joyce fiquei pensando no que eu realmente estava esperando… como estou lidando com essa espera sem tempo demarcado, sem saber ao certo como será minha filha, com quantos anos ela irá chegar, qual será o nome dela, se ela vai ter manias, do que ela vai gostar, se vai gostar de mim e do meu marido… e o que eu mais fico pensando é se ela e o Raul vão se dar bem…São tantos pensamentos que se você não tiver um certo controle psicológico, acho que dá pra pirar um pouquinho. risos…

O que eu percebi com esse tempo desde quando demos entrada com os papéis é que não adianta a gente estressar… a adoção demora mesmo! Demora muito para sair a habilitação, demora muito para que eles deem entrada com seu nome no cadastro de adoção e alguns pais relatam que demora muito pra que seu filho chegue até você. Outra coisa que percebi é que não adianta você criar expectativas… Não adianta você querer estimar um tempo porque esse tempo não existe, minha filha pode chegar daqui um mês ou demorar anos. O que cabe a mim é acreditar que tudo vai dar certo e que vai ser da melhor forma possível, demorando ou não! Confesso que a ansiedade bate muitas vezes, principalmente quando eu penso que já tem quase um ano que demos entrada com os papéis e só agora estamos habilitados. Eu fico pensando, se demorou esse tempo todo para entrarmos na “fila” imagina quanto tempo mais vou ter que esperar para que ela chegue!?

Enquanto esperamos, estamos tornando essa espera agradável. Assim como fizemos na gravidez do Raul, estamos preparando aos poucos a nossa casa para a chegada dela. O quarto do Raulzito em breve sofrerá algumas mudanças para colocar mais uma cama e o guarda roupa para caber mais roupas. Raul ganhou um novo espaço para os brinquedos na nossa sala para sobrar espaço no quarto. A nossa rotina da casa foi mudada. Elaborei uma nova rotina para todos e principalmente para mim com minhas tarefas de “dona de casa” e do meu trabalho, assim já me preparo para ter duas crianças em casa, o que imagino que não seja uma missão fácil, uma vez que será apenas o Rodrigo e eu para dar conta de tudo por aqui. Raulzito está experimentando essa nova rotina e temos nos saído bem! Estou pronta para a chegada da princesa!

Ah! Só queria fazer uma observação, Luna seria o nome que daríamos se pudéssemos escolher o nome de nossa filha. Para Raul entender melhor e ser inserido no assunto com mais clareza, a tratamos aqui em casa de Luna. Se vamos poder colocar esse nome ou não, isso só poderemos saber quando ela chegar… mas de qualquer forma é assim que a chamaremos, mesmo que seja em apelido!

Com amor,

Ana Maria.

Grávidos!

Bom dia!

Após 09 meses que iniciamos o processo de adoção e após 01 ano e 10 meses que decidimos aumentar a nossa família, eis que o nosso desejo está se tornando realidade. Tivemos o nosso positivo! Desta vez não em um teste de farmácia… quem nos deu um sim foi um Juiz. Estamos grávidos! Minha gestação irá acontecer no coração. Não irei ver minha barriga crescer, não irei ver meu peso subir na balança, não irei sentir enjoos, não precisarei ir a exames de ultrassons e nem em consultas obstétricas mensais… mas, tem uma coisa que não vai mudar e não está sendo diferente… a emoção e o amor que começa a aumentar a partir da hora que vi o positivo no site do Tribunal de Justiça.

Muitas pessoas nos perguntam se já conhecemos a menina que iremos adotar. Não, nós não a conhecemos ainda! A adoção não funciona assim aqui em Minas Gerais. Quando houver uma criança disponível que se encaixe no nosso perfil, o pessoal da Vara da Infância irá nos ligar e avisar que a nossa pequena está a nossa espera. Imagina a emoção!? Nós já não vemos a hora desse dia chegar. Enquanto isso estamos gerando-a no coração, inserindo-a cada vez mais aqui em casa, na nossa família e em nosso ciclo de amizade. Para que quando ela chegar se sinta amada, desejada e acolhida por todos que amamos.

Agora é aguardar! Minha gestação pode ser de de coelho (30 dias), gato (63 dias), hipopótamo (240 dias) ou de elefante indiano (624 dias)… Demorando ou não, ela vai chegar! Eu espero que seja no máximo de leoa (100 dias) e logo estarei aqui apresentando a pequena para vocês. A irmã do Raul!

Com amor da mais nova “grávida” do blog,

Ana Maria.

Processo de adoção – Entrevista com a psicóloga

Bom noite!

Na segunda-feira passada fomos a entrevista com a psicóloga na Vara da Infância daqui de BH, onde corre o nosso processo para habilitação. Este é o último passo antes do parecer do juiz. Mas estamos tão confiantes que já saímos de lá achando que tudo dará certo.

Essa última conversa foi bem diferente das experiências que tivemos durante todo o processo. Até comentei aqui que todos os outros passos pareciam mais para fazer desistir quem ainda tinha algum resquício de dúvida quanto a adotar… ontem não! A psicóloga foi super serena e passou muita confiança para a gente. A conversa girou em torno do nosso perfil e sobre preconceito. Acho que chegou o momento de comentar a respeito do nosso perfil por aqui… muitas pessoas nos abordam perguntando a respeito do nosso perfil e se já conhecemos a criança que pretendemos adotar. Então… a nossa filha poderá vir de qualquer cor ou raça e poderá vir também com doenças tratáveis e com a idade entre 1 e 4 anos. É um perfil bem diferente dos outros que estão na fila o que foi motivo de muita conversa tanto por parte da assistente social, na primeira entrevista, quanto por parte da psicologa, nessa entrevista. Diante desse perfil, é quase certo de que a nossa filha já esteja abrigada. Por essa razão, a psicóloga nos informou sobre as características mais comuns das crianças que estão no abrigo e quais as doenças mais comuns, e não poderia deixar de ser as respiratórias, seguido de problemas visuais e ortopédicos. Além disso, a maioria das crianças apresentam um atraso no desenvolvimento geral devido a falta de estimulação, por estarem em um abrigo ou pela história regressa mesmo. Ah… é importante também salientar que doenças tratáveis não significa necessariamente doenças curáveis, ok?! Fomos alertados também que as crianças  adotadas, muitas vezes, precisam de apoio psicológico para lidarem melhor com a adoção. Apesar de muitas pessoas optarem por meninas, a maioria quer meninas brancas e saudáveis, por isso poderemos passar na frente de muitas pessoas na “fila”. Na verdade a fila não existe. O que exite são crianças disponíveis e que são encaminhadas de acordo com o perfil que os pais esperam. Vamos ao exemplo: existe um menino branco, com doença tratável com um irmão. O primeiro no cadastro da fila da adoção está para independente de sexo, sem restrição de cor porém colocou criança saudável e sem irmãos, logo essa criança vai para o próximo da fila até encontrar alguém que colocou doenças tratáveis e que aceitam irmãos. Só um exemplo para ver como funciona na verdade aqui em BH. Ou seja de nada adianta você ser o primeiro da fila, sendo que o seu perfil não bate com a criança que está disponível, pode ser que você entre agora no processo e seja chamado antes de uma pessoa que já está a mais de dois anos na fila.

Da mesma maneira como foi com a assistente social, fui eu primeiro a conversar com a psicóloga, depois o Rodrigo e por último nós dois juntos. Recebemos a orientação que podemos ser chamados por qualquer outra dupla de assistente social e psicóloga para conhecermos a nossa pequena, não significa que serão elas que nos conduzirão até o final da nossa adoção. Também foi falado sobre a aproximação da nossa família com a criança que nos será apresentada, mas esse é um tema para um novo post… Enfim, foi muito válido esse passo e temos certeza que fizemos a escolha certa para aumentar a nossa família!

Com amor,

Ana Maria.

Introdução do tema adoção – Uma abordagem diferente

Bom dia!

Para ajudar aos papais que estão passando pelo processo de adoção, para professores, cuidadores e para todos que vêem a real necessidade da inserção do tema na vida dos pequenos, reuni algumas opções de filmes que são destinados aos pequenos e que abordam o tema em questão. Eu acho ótimo introduzir de forma lúdica para que eles entendam e formem a própria concepção do que significa. Vamos lá:

Filmes:

  • Superman
  • Batman
  • Homem-aranha
  • Megamente
  • Meu malvado favorito (Um dos meus favoritos!)
  • O bom dinossauro
  • Kung Fu Panda
  • Mogli o menino Lobo
  • O paizão
  • O pequeno Stuart Little
  • O príncipe do Egito
  • Tarzan
  • O pestinha
  • Matilda
  • Lilo e Stitch
  • Free Willy
  • Bernardo e Bianca
  • O pestinha
  • Tartarugas Ninjas

Nesses exemplos que citei, a adoção aparace de forma direta ou indireta na história mas em todas elas o assunto é abordado positivamente. Até mesmo no “Meu malvado favorito” em que Gru adota as três irmãs (Margo, Agnes e Edith) a principio para realizar seu plano, mas que no fim das contas acaba por se apaixonar pelas meninas. Eu acredito ser muito interessante fazer essa conexão com filmes, pois é um meio em que eles se sentem confortáveis. Além disso, qual criança não gostaria de ser como o Superman… risos…

Como estamos fazendo por aqui?! Nós assistimos juntos e quando passa alguma cena a gente faz uma ligação com a nossa vivência. E no decorrer dos filmes a gente conversa sobre o assunto de forma suave e positiva. Penso em fazer dessa mesma forma quando a nossa filha estiver com a gente. Vamos fazer o mesmo trabalho com ela, assim como estamos fazendo com o Raulzito.

Espero que esses filmes sejam facilitadores de introdução do tema para os seus pequenos também.

Com amor,

Ana Maria.

 

 

 

 

A preparação do Raul para a chegada da irmã

Bom dia!

Quem ainda não sabe e não está por dentro do assunto… Rodrigo, Raulzito e eu vamos adotar uma menina. Desde que começamos com o processo, aliás antes mesmo de começarmos, já vínhamos conversando com Raul a respeito de irmãos. Nunca o escondemos nada e sempre falamos muito diretamente com ele, como se estivéssemos conversando entre adultos, explicando e o envolvendo com o assunto.

Para que ele possa entender o que realmente é uma adoção, inserimos esse tema de forma lúdica mostrando em forma de filmes, contando histórias e criando situações para que ele possa entender o que realmente significa. Em breve postarei uma lista de filmes e livros que estamos utilizando aqui com o Raulzito e que pode servir para a inserção do tema para os pequenos. Acredito ser de suma importância não só para pais adotantes, mas para qualquer criança, para que ela entenda que isso existe e que faz parte do processo de construção da família. Acredito também que a inserção dos pequenos no tema adoção na infância possa melhorar o preconceito que ainda assombra a população. Eu também utilizei um facilitador que foi a adoção de animais e acho que esse exemplo foi bem bacana e palpável para que ele compreendesse o assunto. Pelo que conversamos com o Raul e vemos nas ações e na fala dele, ele entendeu  o que é e até participa das conversas, dando sua opinião… risos. Ele é uma criança que dá pitaco em tudo! Às vezes quando estamos, Rodrigo e eu, conversando ele vem lá de dentro do quarto falando alguma coisa sobre o que estamos conversando. Deu palpite até na idade da irmã usando a seguinte frase “Mamãe bebê não! Quero ela para brincar comigo!” Como já estamos acostumados com ele e seus palpites… risos… olhamos para ele e falamos, “Tudo bem filho, também preferimos que ela venha maior”. A cada passo do processo nós sentamos e conversamos. No dia da visita da assistente social aqui em casa, quando a campainha tocou ele me perguntou “Mãe é a moça que vai trazer minha irmã?” Além desse cuidado de o inserirmos em tudo, procuramos sempre estar estimulando ele a imaginar situações quando a irmã estiver entre a gente, como quando estamos passeando de carro falamos “Raul onde a sua irmã vai sentar quando tiver passeando com a gente de carro?” ou quando falamos em assistir algum desenho animado ele escolhe o que ele quer e eu logo em seguida pergunto qual desenho ele acha que a irmã vai gostar de assistir etc. Conversamos também com a família e amigos para sempre que puderem colocar o assunto adoção e irmã nas conversas com o Raul, assim acredito estar sendo uma contribuição de grande valia para a preparação dele. Este fim de semana passado, ele nos surpreendeu quando estava brincando com uma moto elétrica que ele tem. Ele estava dando voltas aqui pela sala de casa quando parou a moto perto de mim e falou “Mamãe quando a minha irmãzinha chegar eu vou andar de moto junto com ela. Ela vai sentar aqui na ´minha trás` e eu vou dar muitas voltas com ela.”

Penso estarmos fazendo um bom trabalho. Muitas pessoas me questionam se eu não tenho receio dele ter ciúmes quando ela chegar. Claro que tenho! Mas pelo que vejo isso é comum. Assim como acontece com irmãos biológicos. A minha maior preocupação era ele não entender o que era adoção e esse assunto já está bem resolvido por aqui. Agora é esperar e ver a reação dos dois quando se verem e essa é a nossa maior ansiedade. Vai ser um dia muito almejado por nós três. Estamos confiante que tomamos a decisão certa e que a nossa família só tem a ganhar com a chegada dessa nova integrante que esta sendo muito esperada e que receberá todo o nosso amor!

Com muito amor,

Ana Maria.

Processo de adoção – Entrevista com a Assistente Social

Bom dia!

Passamos por mais um passo do nosso processo da adoção da irmã do Raul. Sim, será uma menina! Nós já escolhemos o nosso perfil e estamos aguardando a nossa princesa. Raul já está esperando por ela. Estamos inserindo sempre o assunto da chegada de uma irmã aqui em casa, em todos os aspectos. Logo escrevo um post só contando como está sendo esse processo de preparação do Raul para a chegada da irmã. (Já adianto que irei buscar ajuda da nossa psicóloga Marcelle Camargo para que escreva algo sobre o assunto por aqui também… Viu, Má?! HELP! risos)

Decidimos por menina por querermos um casal de filhos. Quero ter a experiência de criar e educar um menino e uma menina. Durante a gestação do Raul eu pedia muito a Deus que me enviasse um menino, porque meu sonho era ser mãe de um. Minha família por parte de mãe só tem meninas. Precisava de um mundo um pouco mais azul. risos… E veio meu pequeno príncipe. E agora como temos o “poder” da escolha, optamos por uma menina. Penso que deve ser muito bom ter as duas experiências e por isso a escolha. A faixa etária está entre 0 e 3 anos, mas na última visita optamos por mudá-la.

Sobre a entrevista que foi agendada em uma sexta-feira as 13:30, na Vara da Infância daqui de BH, só tenho para falar que é muito tranquila quando se tem a certeza do que você está fazendo. Essa etapa é um divisor de águas no processo, pois quem ainda tem alguma dúvida acaba desistindo de tantos “e se?” que aparacem em todos os passos. Pois bem, a assistente social foi muito fofa! Quando se trata de um casal que pretende adotar a entrevista acontece da seguinte forma, a assistente social conversa com cada um separadamente e depois com os dois juntos, focando mais no perfil da criança. Questões como por exemplo: como foi sua infância, como foi sua adolescência, como conheceu seu marido, sua renda, seu horário de trabalho e sobre o seu trabalho são abordadas. Além das questões explicativas sobre o processo em si e as que te fazem refletir sobre o seu perfil de adoção. Achamos bem legal, apesar de um pouco cansativo, ficamos 2 horas divididas entre essas três etapas que já mencionei. Mas penso ser de grande valia tanto para a vara da infância que pode conhecer melhor os pretendentes quanto para nós, pois algumas questões levantadas pela assistente social nos faz refletir e até mesmo repensar alguns aspectos. Uma questão que foi bem questionada nessa entrevista foi o desejo de adotar, já que somos um casal jovem e que pode ter filhos biológicos. Segundo a assistente social, somos um casal atípico. risos… Essa indagação não vem só dela, muitas pessoas já nos perguntaram e tenho certeza de que irão perguntar muito ainda. Mas… o que está no coração não cabe explicação. Bem, no final da entrevista nos foi entregue um questionário para preenchermos e entregarmos na nossa próxima visita que será com a psicóloga de lá. Esse questionário é para a nossa inserção no Cadastro Nacional de Adoção.

A outra entrevista deverá acontecer no mês que vem, pois a psicóloga que está com o nosso processo está de férias. Ahhh só mais uma observação… antes de entender do processo eu pensava como a maioria das pessoas que estão por fora de como funciona mesmo uma adoção, que é um processo bem burocrático. Hoje já penso bem diferente. Sou mãe e penso nas crianças que estão lá nos abrigos e que já passaram por cada coisa que nós nem imaginamos… é óbvio que tem que ser bem criteriosa mesmo a investigação dos novos pais, pois nem mesmo com tantas entrevistas as crianças estão livres de pessoas maldosas. Quando você está no processo você escuta cada barbaridade que parece filme de terror. Elas merecem ser felizes e merecem pais de verdade, não é mesmo?!

Com amor,

Ana Maria.

Processo de adoção – A visita técnica

Bom dia!

Após o curso da adoção a ansiedade correu solta dentro do meu coração, afinal está cada vez mais perto do(a) nosso(a) segundinho(a) chegar. O prazo que nos deram para a visita acontecer foram de dois meses, mas com duas semanas e dois dias ela aconteceu.

Na segunda feira retrasada recebi uma ligação às 08:00 horas da manhã, da vara da infância, agendando a visita técnica para o dia seguinte. Nessa noite eu quase nem dormi direito só pensando no dia seguinte… Ah como mãe sofre, né!? risos… Chegado a terça-feira de manhã, o horário marcado era às 08:30h e o Rodrigo estava em casa até umas 08:40, mas não pôde esperar porque justamente nesse dia ele tinha uma reunião de trabalho. Ficamos então Raul e eu a espera da técnica que chegou logo que Rodrigo tinha saído de casa. Questão de minutos… Eu a recebi sozinha, porque o Sr. Raul estava no seu horário de assistir vídeos no tablet e nada de querer dar a graça de sua presença. Só apareceu na porta do quarto e logo voltou pra terminar de assistir seus desenhos animados. Voltando a visita… a conversa foi bem tranquila, a técnica nem andou pela nossa casa. Já foi entrando e falando: “Que legal, vocês fizeram um loft!”. Meu coração nessa hora aliviou. Pensei: “Ufa! Ela gostou da nossa casa!” Ela até fez cafuné nos meus dois filhos caninos e foi logo sentando a mesa e me perguntando sobre o nosso perfil, se tinha mudado alguma coisa e me pedindo para ligar para duas pessoas. Me deu liberdade para que eu ligasse para qualquer pessoa que eu quisesse para ela conversar sobre a nossa família e sobre como era o nosso relacionamento como casal. Após o telefonema, me perguntou onde colocaríamos a outra criança para dormir, sobre minha profissão e pronto. Nos despedimos e ela me disse que iria terminar o nosso relatório e nos encaminhar para o próximo passo.

A ansiedade acabou assim que a moça passou por aqui. Ela transmitia muita paz e serenidade. Me deixou bem mais tranquila e confiante no nosso processo. Até o nosso próximo passo, pessoal.

Com amor,

Ana Maria.

Preparando para a chegada do(a) nosso(a) segundinho(a)

Bom dia, pessoal!

Nessas últimas duas semanas tivemos o curso preparatório para a chegada do(a) nosso(a) segundinho(a). Para quem não sabe, meu marido, Raul e eu vamos adotar uma criança para completar ainda mais nossa família. Esse curso é obrigatório para quem quiser adotar em todo o Brasil e cada estado ministra esse curso em etapas diferentes. Aqui em Belo Horizonte ele é dado após a entrega da documentação do(s) pretendente(s), já em outros estados ele é ministrado após todas as etapas do processo da adoção, sendo esse o último passo para o juiz dar o parecer sobre a habilitação para o cadastro nacional de adoção.

O curso foi dado em duas quartas feiras com o horário de início 12:30. No primeiro dia quem palestrou foi uma promotora responsável pela Vara da Infância daqui do estado. Questões sobre o processo jurídico da adoção foram abordadas de forma bem clara, desde o começo até o final do processo quando a criança  recebe o nome dos pais na certidão de nascimento. A palestra foi muito válida e com muita objetividade. Foi possível esclarecer todos os assuntos que eram pertinentes às questões jurídicas. Um assunto relevante merece ser citado aqui, nem todas as crianças que estão para adoção já estão destituídas para uma adoção imediata, ou seja, muitas delas só vão estar aptas para adoção após já estarem há um bom tempo com suas famílias adotivas. Em outras palavras, seu filho adotivo só será seu mesmo após estar com a sua certidão com o seu nome. Esse processo de certidões atualizadas com os nomes das famílias adotivas pode demorar anos e nesse meio tempo, se os pais biológicos ou alguém da família biológica quiser a criança de volta, pode entrar com um processo para restituí-la. Outra coisa que a gente tinha dúvidas era se poderia trocar o nome da criança, o nome primário, como dizem. Sim, podemos trocar o nome da criança de qualquer que seja a idade. Porém, claro e óbvio que cabe um consenso. Por exemplo, você não vai trocar um nome de uma criança que chama Maria para Joana sendo que ela já tem 10 anos de idade e se reconhece por Maria… a não ser que ela concorde em mudar, ou o nome é prejudicial ao psicológico da criança etc. Após a palestra da promotora, foi a vez de um grupo de apoio a adoção daqui de BH palestrar. A palestrante contou sua história de quando adotou seu filho e falou sobre o trabalho do grupo e suas reuniões. No segundo dia, uma semana depois do primeiro, foi a vez da psicóloga e de uma assistente social falarem. Elas esclareceram questões psicológicas do processo que envolvem desde o primeiro contato com a(s) criança(s) e do relacionamento entre o(os) adotante(s) e a(s) criança(s). Descreveram alguns casos e falaram bastante do preconceito que as famílias podem vir a sofrer. Eu particularmente não tirei muito proveito dessa palestra, parecia ter a intenção de nos fazer desistir de adotar. Acredito ser esse mesmo o propósito para aquelas pessoas que estão ainda em dúvida se adotam ou não. Questões que eu julgava essenciais como a questão de doenças que é exigência no preenchimento do perfil não foram abordadas. Logo após esta palestra, tivemos um depoimento de um pai solteiro que adotou um menino de 5 anos. Foi linda e inspiradora!

O nosso processo está andando. Estamos aguardando a visita aqui em casa para ver se a nossa casa comporta mais um pequeno… rs…. Acredito ser também para eles conhecerem melhor a nossa vida de perto, ver como é nossa rotina, nosso convívio familiar, penso que esse é objetivo dessa visita. Eles deram um prazo para essa visita acontecer, que foi o de dois meses. Assim que vierem dou o feedback para vocês. Logo após essa visita vão agendar uma reunião com dia e horário marcado lá na vara da infância com a psicóloga e outra com a assistente social. Estamos tranquilos quanto ao processo. Temos certeza de que nosso(a) segundinho(a) já está nos aguardando em algum lugar desse Brasil.

Com amor,

Ana Maria.