APLV – Você não está sozinho

Oi gente! Tudo bem? Venho escrever um pouco da minha experiência com a APLV, que apareceu na minha vida sem muita cerimônia. Espero que possa ajudar e encorajar muitas famílias que sofrem com o mesmo probleminha chato.

Vamos lá… A APLV é uma sigla que significa Alergia à Proteína do Leite de Vaca, ou para os médicos, Hipersensibilidade à Proteína do Leite de Vaca. Ela acontece porque o organismo reconhece a proteína do leite como algo estranho e então produz uma resposta imunológica exagerada para combatê-lo. A APLV é a alergia alimentar mais comum em bebês e crianças, e por incrível que pareça, muitos nunca ouviram falar ou confundem com intolerância à Lactose. Inicia-se normalmente nos primeiros meses de vida, porém na maioria dos casos regride até os 3 anos de idade. Muitos médicos também nem sabem lidar direito com o problema devido à dificuldade no diagnóstico, pois não existem exames que detectam com 100% de confiabilidade a alergia. A causa ainda é um pouco controversa, pode ser de origem genética ou por exposição precoce às fórmulas industrializadas.

Existem dois tipos de alergia, o primeiro deles e o que costuma ser mais grave é o mediado por anticorpos IgE, que se manifesta imediatamente ou até 2 horas após o contato com o alérgeno. Os sintomas desse tipo normalmente são de pele, como: lesões vermelhas, coceiras, irritação na mucosa do nariz, inchaço no olhos e lábios, ou até os casos mais graves, como anafilaxia. O segundo tipo é o não mediado por IgE, que é chamado de tardio. Nele ocorre a manifestação dos sintomas horas ou até dias depois (normalmente até 3 dias). Os sintomas desse tipo são mais relacionados com o sistema gastrointestinal, como: sangue ou muco nas fezes, doença do refluxo gastroesofágico, diarréia, entre outros. (Há crianças que podem ter os dois tipos ao mesmo tempo.)

O tratamento para a APLV é totalmente nutricional, ou seja, é através da exclusão total do leite e seus derivados da dieta da criança, ou no caso daquelas que são amamentadas ainda, da dieta da mãe. Sim, a proteína do leite pode passar para o bebê através do leite materno!! Esse foi o meu caso! As crianças que já tomam fórmula precisam trocar para fórmulas especialmente desenvolvidas para alérgicos. Existem algumas no mercado como a Pregomin pepti, Neocate, PurAmino, entre outras. Vamos então para a minha história com meu bebê.

O Samuel teve contato com a fórmula industrializada muito cedo, já no primeiro dia de vida, o que ao meu ver foi sem necessidade. Os médicos deram o complemento pra ele devido a uma hipoglicemia, problema que foi desencadeado por uma diabetes gestacional dentre outras complicações que tive na gravidez. Após a chegada dele em casa, foi aleitamento materno exclusivo, o que segue até hoje, graças a Deus.

Ele sempre foi um bebê que chorava além do normal, chorava durante e após as mamadas, que, aliás, a amamentação pra mim se tornou um desafio, (tema para um próximo post), até pra fazer cocô ele chorava…. nossa, era um sufoco! O pediatra no início falava que era apenas cólica, depois foi diagnosticado como refluxo oculto, pois nem golfar ele golfava! Até aparecer o primeiro sangue nas fezes…. Saiu um pouquinho só de sangue vivo, tirei foto no dia para mostrar pro médico. Fiquei bastante preocupada no momento, mas como estava perto da ida ao pediatra e ele não tinha febre nem outro sintoma mais preocupante, resolvi esperar e fui pesquisar. Gente, todos os sintomas da APLV o Samuca tinha: muco e sangue nas fezes, choro pra fazer cocô, muitos gases, refluxo, problemas com o sono e etc. Com o tempo comecei a reparar que quando tomava leite ou comia queijo a situação piorava. Foi então que resolvi evitar o leite e seus derivados, porém mal sabia eu que isso não era o suficiente. Existem os tais traços, as alergias cruzadas… Aff… Mostrei ao pediatra dele a foto do cocô e ele disse pra eu não preocupar porque no geral ele estava bem e ganhando peso suficiente. Só que o problema foi só aumentando, os choros continuavam terríveis, mesmo com o remédio para refluxo. Foi então que voltou a sair sangue nas fezes dele depois de algumas semanas e a quantidade foi bem maior e por dois dias seguidos. Foi então que resolvi procurar um gastropediatra, por indicação de uma amiga da minha irmã que o bebê dela também tinha APLV.

Fui ao gastro e foi confirmada minha suspeita. Ele não pediu nenhum exame, o quadro do Samuel era tão específico que ele nem precisou de exames laboratoriais para dar o diagnóstico. Ele me orientou a fazer a dieta de exclusão total do leite e derivados, bem como da soja…. isso mesmo, a maioria dos bebês com a alergia ao leite de vaca tem à proteína da soja também, isso acontece porque a composição dessas proteínas é parecida, assim ocorre uma reação cruzada com a soja, o que pode ocorrer também com a proteína do ovo. Enfim começou a minha luta, fiquei quase uma semana comendo pão sírio com azeite, só no almoço e janta eu comia direito: arroz, feijão, legumes, salada e alguma carne. Emagreci, fiquei fraca, mas como sabia que o leite materno ainda era o melhor pra ele fui firme e aos poucos fui me adaptando. Tive que trocar as panelas e vasilhas de plástico da minha casa, fazer meu pão em casa e não comer mais fora, inclusive na casa de parentes. Isso tudo para evitar ingerir traços de leite e soja. Passei também a olhar os rótulos dos produtos detalhadamente e a ligar para os SACs das empresas. Após isso o meu filho teve uma melhora incrível, parou praticamente de chorar, estava mamando melhor e bem mais tranquilo pra dormir.

Hoje o Samuel está com 4 meses, ainda tem alguns episódios de sangue nas fezes e normalmente, é por algum escape alimentar meu, sempre fico me sentindo culpada… Estou procurando melhorar e descobrir o que eu ingeri que pode ainda estar fazendo mal a ele. Três semanas depois tive que tirar o ovo também, por orientação do Gastro. Seguimos observando a reação dele, já estamos completando 5 semanas de dieta e pretendo seguir assim até o sexto mês (em outro post falo sobre isso).

Gostaria de contar muito mais detalhes sobre a nossa experiência, porém o post ficaria enorme, se alguém tiver mais dúvidas pode entrar em contato comigo aqui nos comentários do blog ou pelo meu instagram: @marianapocasabreu que ficarei feliz em poder ajudar. No mais, para escrever sobre o assunto me baseei em tudo que li na internet e em artigos científicos sobre APLV. Segue o link de dois sites incríveis sobre APLV e outras alergias alimentares que tem informações mais detalhadas, links de receitas deliciosas sem leite e outros alérgenos, vale à pena acessar. Esse é um dos sites mais completos sobre o assunto: http://www.alergiaaoleitedevaca.com.br/

Esse é o site do médico que acompanha o Samuca, quem é de BH super indico!: http://alergiaaleite.com.br/

Pessoal, o segredo para o tratamento da APLV é informação e acima de tudo paciência, pois os sintomas podem demorar até 4 semanas, em média, para desaparecer completamente após o início da dieta. Então desejo às mães e pais que estão passando por isso muita paciência e determinação!

Um abraço a todos.

Mariana Poças Abreu

Mari

Pão de frigideira

Bom dia! Hoje é dia de receita!

Essa receita é daquelas bem simples, rápidas, saudáveis e sem lactose e glúten. Super rápida e prática para aqueles dias que você está sem tempo de fazer quase nada ou esqueceu de passar na padaria para o lanche. Tome nota e veja como é simples.

Ingredientes:

1 ovo

2 colheres sopa de farinha de arroz

2 colhes de sopa de farelo de aveia

1 colher de sopa de óleo de coco

1 colher de sopa de água

1 colher de cha de fermento em pó

Sal a gosto

Modo de preparo:

Bata o ovo, acrescente o restante dos ingredientes e misture. Coloque em uma frigideira untada e doure dos dois lados em fogo médio.

Essa receita é para um pão do tamanho de um prato de sobremesa. Serve uma pessoa. Nessa foto acima o recheio foi queijo Minas e ervas, mas você pode usar sua criatividade e recheá-lo do jeito que você quiser ou simplesmente comê-lo com azeite que também fica excelente.

Com amor,

Ana Maria.

Suflê de legumes

Olá, gente!

Vamos com mais uma receita super saudável e prática?! Esse suflê é quase uma refeição completa, podendo servi-lo sozinho, com uma salada de folhas ou uma carne (para quem gosta). Prontos para os ingredientes e o modo de preparo?! Vamos lá!

Ingredientes:

  • Legumes variados. Dica: eu abro a geladeira e vejo o que tenho e faço com o que tiver no dia. Já fiz até com folhas e milho porque no dia não tinha nada de legumes. A receita é bem versátil, você pode usar a sua criatividade.
  • 2 colheres de sopa de farinha de arroz
  • 100 ml de água
  • 3 ovos
  • Sal e temperos a gosto

Modo de Preparo:

Bata as claras em neve e reserve. Se você tiver fazendo com legumes que precisam de cozinhar, eles têm que ser cozidos antes, ok?! Refogue os legumes em uma panela com os temperos que você está acostumado, acrescente a farinha de arroz e a água com o fogo ainda ligado. Desligue o fogo e coloque as gemas e por último as claras. Coloque esta mistura em uma assadeira untada com óleo ou azeite e leve ao forno por 25 minutos na temperatura média/alta. Pronto! Se quiser um suflê mais altinho e mais firme, pode-se colocar uma colher de chá de fermento em pó.

Com amor,

Ana Maria.

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Bolo de frigideira de tapioca com coco

Bom dia!

Para começar seu dia super bem e saudável nessa véspera de feriado prolongado, hoje viemos com esta receita MARAVILHOSA! Super fácil de fazer e nem precisa de liquidificador, pode misturar tudo em uma vasilha com um garfo.

Ingredientes:

1 ovo

1 colher de açúcar (nós usamos o Demerara)

2 colheres de coco seco e ralado

1/3 xícara de tapioca

1/3 xícara de farinha de arroz

1/4 xícara de leite de coco (dê preferência ao light)

1/4 xícara de água

1 colher de óleo de coco

1/2 colher de fermento

Modo de preparo:

Bata o ovo com um garfo antes de misturar o restante dos ingredientes. Após bater, misture todos os ingredientes e vire em uma frigideira untada com óleo de coco e doure dos dois lados. E voilá!

Comer esse bolo com mel jogado por cima, não tem coisa melhor! Se você preferir (e eu ultimamente venho preferindo fazer dessa forma) essa mistura também pode ser feita no formato de panquecas. Ao invés de despejar tudo na frigideira, vá fazendo panqueca por panqueca. A massa fininha fica mais versátil!

Bom Carnaval para vocês!

Com amor e muita água na boca só de escrever a receita para vocês (risos),

Ana Maria.

 

Panqueca de banana, aveia e linhaça

Olá, pessoal!

Hoje viemos com mais uma receita saudável e super fácil de fazer. Você vai usar somente um liquidificador e uma frigideira… Olha a praticidade! A receita é ótima para o lanche da manhã ou da tarde e com um cafezinho cai super bem!

Ingredientes: 

2 colheres de farelo de aveia;

1 colher de linhaça;

1 ovo;

1 banana;

Canela a gosto;

Água;

Açúcar demerara ou mascavo a gosto.

Modo de preparo:

Colocar todos os ingredientes no liquidificador com um pouquinho de água para ajudar a bater. Aquecer a frigideira untada com óleo (nós utilizamos o de coco) e colocar um pouco da massa para fazer os discos de panqueca. Doure dos dois lados.

O resultado é fantástico! Você pode comer com mel e chia, fica muito bom! Pode também colocar frutas de sua preferência ou queijo frescal.

Com amor,

Ana Maria.

 

Biscoito vegano de Banana e Aveia

Bom dia!

Essa receita quem passou para gente foi a minha irmã e também colunista nossa aqui no blog a Mariana Poças. Para quem ainda não leu nenhum post dela, ela é mamãe do Samuel que tem APLV (alergia a proteína do leite de vaca). Como estamos na onda da alimentação saudável aqui em casa, essa receita é ótima e fácil de fazer! E o mais importante, ela é  sem ovos, leite e glúten. Ah! Esses biscoitinhos são ótimos também para a introdução alimentar dos pequenos, porque são molinhos. Tomem nota aí:

Ingredientes:

2 bananas;

4 colheres de aveia, que pode ser da maneira que preferir em flocos ou em farelo.

Modo de prepararo:

Amassar as bananas com um garfo e acrescentar a aveia. Colocar para assar em uma assadeira untada com óleo de coco e aveia, por 30 minutos em forno médio. O importante é deixar os biscoitos com a espessura de um dedo. Pode fazer o formato do biscoito utilizando uma colher ou se preferir espalhar na forma e depois cortar com a faca. Quando estiverem sequinhos por fora mas quando você apertar estão fofinhos por dentro é hora de tirar do forno.

A receita básica é essa. Vocês podem acrescentar passas, castanhas, canela em pó, o que quiserem que dá super certo. O meu marido quando faz acrescenta algumas gotinhas de baunilha e fica muito bom também.

Com amor,

Ana Maria.

 

Panquecas sem Leite, Soja e Ovos

Olá Pessoal! Estou de volta para passar uma receita que eu estou amando fazer, (todo dia eu faço! Kkk) : As Panquecas Free Style. Elas não levam leite, nem soja e nem ovos, perfeitas para quem está na dieta restritiva como eu.

Em um belo dia, desesperada por algo novo e cansada de comer pão de sal feito na máquina de pão caseira, resolvi procurar na net uma receita para aplv diferente e simples. Eis que encontrei aqui: http://www.omundodecaliope.com/2012/06/panquecas-de-final-de-mes.html

No início fiquei meio ressabiada, mas resolvi testar, não deu muito certo da primeira vez, a massa ficou aguada e queimou no fundo da panela. Então continuei tentando até dar certo, no final deu tudo certo! Segue abaixo a receita e enjoy!

Panquecas Free Style da Mari:

2 xícaras de chá de farinha de trigo (Dona Benta, única que conheço que é livre de traços de leite);

1 e ½ xícaras de água;

¼ de xícara de óleo de canola, ou outro vegetal que preferir;

4 colheres de açúcar (pode ser o mascavo ou demerara pra ficar mais saudável);

1 colherinha de café de sal;

1 colher de sopa de fermento químico em pó (Pó Royal, que é livre de traços também).

Misture primeiro o açúcar, o sal e a farinha e depois acrescente o óleo e a água. Misture bem com uma colher mesmo ou melhor ainda se for com um Fuê, porque aí fica mais homogênea a massa. Por último acrescente o fermento e misture mais um pouco e pronto! É só colocar 1 concha média daquelas de feijão de massa em uma frigideira antiaderente, untada com um pouquinho de óleo, em fogo baixo. Espera dourar um lado e depois vira e doura o outro lado. Uma dica: quando estiver dourando o primeiro lado, tampe a panela para cozinhar mais rápido o lado de cima e quando for virar não escorrer a massa. Quando você enjoar dessa massa, dá pra colocar alguns ingredientes que ficam uma delícia e dão um up na sua receita. Por exemplo: Misture 1/3 de xícara de alfarroba em pó, ou cacau em pó na massa. Fica pretinha e muito saborosa para um café da manhã. Dá pra misturar também, na versão salgada, ervas finas, que além de ficar bonita dá um toque chique na receita. Rendimento: 6 porções.

É isso aí pessoal, é só rechear do jeito que desejarem ou servir apenas com mel e frutas, fica uma delícia! Aproveitem e deem o feedback pra nós. Um abraço!

Mariana Poças Abreu

APLV – Você não está sozinho

Oi gente! Tudo bem? Venho escrever um pouco da minha experiência com a APLV, que apareceu na minha vida sem muita cerimônia. Espero que possa ajudar e encorajar muitas famílias que sofrem com o mesmo probleminha chato.

Vamos lá… A APLV é uma sigla que significa Alergia à Proteína do Leite de Vaca, ou para os médicos, Hipersensibilidade à Proteína do Leite de Vaca. Ela acontece porque o organismo reconhece a proteína do leite como algo estranho e então produz uma resposta imunológica exagerada para combatê-lo. A APLV é a alergia alimentar mais comum em bebês e crianças, e por incrível que pareça, muitos nunca ouviram falar ou confundem com intolerância à Lactose. Inicia-se normalmente nos primeiros meses de vida, porém na maioria dos casos regride até os 3 anos de idade. Muitos médicos também nem sabem lidar direito com o problema devido à dificuldade no diagnóstico, pois não existem exames que detectam com 100% de confiabilidade a alergia. A causa ainda é um pouco controversa, pode ser de origem genética ou por exposição precoce às fórmulas industrializadas.

Existem dois tipos de alergia, o primeiro deles e o que costuma ser mais grave é o mediado por anticorpos IgE, que se manifesta imediatamente ou até 2 horas após o contato com o alérgeno. Os sintomas desse tipo normalmente são de pele, como: lesões vermelhas, coceiras, irritação na mucosa do nariz, inchaço no olhos e lábios, ou até os casos mais graves, como anafilaxia. O segundo tipo é o não mediado por IgE, que é chamado de tardio. Nele ocorre a manifestação dos sintomas horas ou até dias depois (normalmente até 3 dias). Os sintomas desse tipo são mais relacionados com o sistema gastrointestinal, como: sangue ou muco nas fezes, doença do refluxo gastroesofágico, diarréia, entre outros. (Há crianças que podem ter os dois tipos ao mesmo tempo.)

O tratamento para a APLV é totalmente nutricional, ou seja, é através da exclusão total do leite e seus derivados da dieta da criança, ou no caso daquelas que são amamentadas ainda, da dieta da mãe. Sim, a proteína do leite pode passar para o bebê através do leite materno!! Esse foi o meu caso! As crianças que já tomam fórmula precisam trocar para fórmulas especialmente desenvolvidas para alérgicos. Existem algumas no mercado como a Pregomin pepti, Neocate, PurAmino, entre outras. Vamos então para a minha história com meu bebê.

O Samuel teve contato com a fórmula industrializada muito cedo, já no primeiro dia de vida, o que ao meu ver foi sem necessidade. Os médicos deram o complemento pra ele devido a uma hipoglicemia, problema que foi desencadeado por uma diabetes gestacional dentre outras complicações que tive na gravidez. Após a chegada dele em casa, foi aleitamento materno exclusivo, o que segue até hoje, graças a Deus.

Ele sempre foi um bebê que chorava além do normal, chorava durante e após as mamadas, que, aliás, a amamentação pra mim se tornou um desafio, (tema para um próximo post), até pra fazer cocô ele chorava…. nossa, era um sufoco! O pediatra no início falava que era apenas cólica, depois foi diagnosticado como refluxo oculto, pois nem golfar ele golfava! Até aparecer o primeiro sangue nas fezes…. Saiu um pouquinho só de sangue vivo, tirei foto no dia para mostrar pro médico. Fiquei bastante preocupada no momento, mas como estava perto da ida ao pediatra e ele não tinha febre nem outro sintoma mais preocupante, resolvi esperar e fui pesquisar. Gente, todos os sintomas da APLV o Samuca tinha: muco e sangue nas fezes, choro pra fazer cocô, muitos gases, refluxo, problemas com o sono e etc. Com o tempo comecei a reparar que quando tomava leite ou comia queijo a situação piorava. Foi então que resolvi evitar o leite e seus derivados, porém mal sabia eu que isso não era o suficiente. Existem os tais traços, as alergias cruzadas… Aff… Mostrei ao pediatra dele a foto do cocô e ele disse pra eu não preocupar porque no geral ele estava bem e ganhando peso suficiente. Só que o problema foi só aumentando, os choros continuavam terríveis, mesmo com o remédio para refluxo. Foi então que voltou a sair sangue nas fezes dele depois de algumas semanas e a quantidade foi bem maior e por dois dias seguidos. Foi então que resolvi procurar um gastropediatra, por indicação de uma amiga da minha irmã que o bebê dela também tinha APLV.

Fui ao gastro e foi confirmada minha suspeita. Ele não pediu nenhum exame, o quadro do Samuel era tão específico que ele nem precisou de exames laboratoriais para dar o diagnóstico. Ele me orientou a fazer a dieta de exclusão total do leite e derivados, bem como da soja…. isso mesmo, a maioria dos bebês com a alergia ao leite de vaca tem à proteína da soja também, isso acontece porque a composição dessas proteínas é parecida, assim ocorre uma reação cruzada com a soja, o que pode ocorrer também com a proteína do ovo. Enfim começou a minha luta, fiquei quase uma semana comendo pão sírio com azeite, só no almoço e janta eu comia direito: arroz, feijão, legumes, salada e alguma carne. Emagreci, fiquei fraca, mas como sabia que o leite materno ainda era o melhor pra ele fui firme e aos poucos fui me adaptando. Tive que trocar as panelas e vasilhas de plástico da minha casa, fazer meu pão em casa e não comer mais fora, inclusive na casa de parentes. Isso tudo para evitar ingerir traços de leite e soja. Passei também a olhar os rótulos dos produtos detalhadamente e a ligar para os SACs das empresas. Após isso o meu filho teve uma melhora incrível, parou praticamente de chorar, estava mamando melhor e bem mais tranquilo pra dormir.

Hoje o Samuel está com 4 meses, ainda tem alguns episódios de sangue nas fezes e normalmente, é por algum escape alimentar meu, sempre fico me sentindo culpada… Estou procurando melhorar e descobrir o que eu ingeri que pode ainda estar fazendo mal a ele. Três semanas depois tive que tirar o ovo também, por orientação do Gastro. Seguimos observando a reação dele, já estamos completando 5 semanas de dieta e pretendo seguir assim até o sexto mês (em outro post falo sobre isso).

Gostaria de contar muito mais detalhes sobre a nossa experiência, porém o post ficaria enorme, se alguém tiver mais dúvidas pode entrar em contato comigo aqui nos comentários do blog ou pelo meu instagram: @marianapocasabreu que ficarei feliz em poder ajudar. No mais, para escrever sobre o assunto me baseei em tudo que li na internet e em artigos científicos sobre APLV. Segue o link de dois sites incríveis sobre APLV e outras alergias alimentares que tem informações mais detalhadas, links de receitas deliciosas sem leite e outros alérgenos, vale à pena acessar. Esse é um dos sites mais completos sobre o assunto: http://www.alergiaaoleitedevaca.com.br/

Esse é o site do médico que acompanha o Samuca, quem é de BH super indico!: http://alergiaaleite.com.br/

Pessoal, o segredo para o tratamento da APLV é informação e acima de tudo paciência, pois os sintomas podem demorar até 4 semanas, em média, para desaparecer completamente após o início da dieta. Então desejo às mães e pais que estão passando por isso muita paciência e determinação!

Um abraço a todos.

Mariana Poças Abreu

Mari