A escolha da primeira escola, uma visão psicológica – por Marcelle Camargo

Oi gente! Tudo bem com vocês?

Nos últimos tempos, tenho acompanhado a dificuldade de parentes e amigos que já são pais, na escolha de uma escolinha para matricularem seus pequenos. É uma decisão que não é fácil e, por esse motivo, tem que ser muito bem pensada.

É muito difícil para os papais de primeira viagem, deixar seu filho pela primeira vez na escolinha. Mas, muitas mães não têm saída, a licença maternidade acaba e iniciam-se as dúvidas e incertezas. Colocar o bebê em um berçário pode partir o coração a princípio, mas, se a escolha da escolinha for bem feita, os papais vão se sentir seguros. E, mesmo que a mãe tenha a oportunidade de ficar com seus filhos nos primeiros anos de vida, em algum momento, eles irão para a escola.

Educação é primordial e, por mais que ela tenha início em casa, a escola é uma extensão dos valores passados aos filhos. Por esse motivo, os critérios de decisão devem ser rígidos, principalmente, quando for escolhida a primeira escola, pois, é quando a criança sai do convívio familiar para um convívio mais amplo e precisa se sentir segura. Além disso, ao entrar na escola, a criança é inserida na sociedade, aprende a conviver com as diferenças, desenvolve-se como pessoa, desenvolve sua linguagem, constrói amizades e descobre suas competências.

Primeiramente, faça uma pesquisa dos valores e princípios da escola. O ideal seria que fossem os mesmos que os pais ensinam em casa, para que a criança os pratique em ambos os lugares e faça disso um hábito. Algumas perguntas podem ser feitas nessa etapa, como: “De que maneira a escola lida com indisciplina?”, “A escola é aberta e flexível para atender as demandas dos pais?”. Depois disso, conheça os professores que irão lidar com seu filho. Alguns aspectos a serem analisados, são sua formação, a didática de ensino, sua relação com as crianças, o prazer no que fazem e se a escola investe na atualização de seus profissionais.

A segunda etapa é pegar referências. Nada melhor que a opinião de outras pessoas para avaliar algum serviço. E, ao se aproximar de outros pais para pegar informações, você acaba descobrindo se eles têm os valores parecidos com os seus, o que reforçará sua decisão. Vale à pena ouvir a opinião das crianças da escola também, pois, são elas que estão ali dentro no dia a dia e podem afirmar se a escola pratica o que diz.

Pensar na localização da escola também é importante, caso tenha que chegar com rapidez ao local. Dê preferência às escolas perto de casa, do trabalho ou no meio termo.

Contudo, mesmo com essas dicas, somente depois que a criança começa a frequentar a escola é que os pais realmente terão conhecimento se a escolha foi boa. Todos os sinais da criança devem ser observados com muita atenção nessa fase. Se ela está feliz ou triste, se está apática, irritada, chorosa, se gosta ou não de ir para a escola, se está se entrosando com os coleguinhas.

A segurança que os pais passam para os filhos nesse início é fundamental. Devem conversar, explicar a importância da escola na vida das pessoas e não amolecer ao ver as lágrimas dos pequenos. Os pais devem facilitar a aceitação do novo ambiente através da sua presença e mediação com os professores. A relação entre criança e professor é primordial e os pais devem incentivar esse contato. A figura da mãe nunca será substituída, mas deve haver uma relação social onde seja construído um vínculo no qual a criança tenha confiança.

Espero ter ajudado vocês.

Um abraço,

Marcelle C. Carvalho

Psicóloga Clínica

CRP 04/37250

2016-03-01_15.17.01
Marcelle Camargo – Psicóloga Clínica CRP 04/37250 Instagram: @mazinhacamargo Twitter: @macamargo

A primeira nunca será a última – por Sônia Echeverria

O dia que a Ana me mandou mensagem perguntando se eu gostaria de escrever novamente para o blog, eu já fiquei bem animada. Quando ela me disse o tema, pensei: Nossa, nisso eu realmente tenho experiência.

Como já contei no meu último relato por aqui, minha gravidez foi planejada por Deus e Ele me contou meio que em cima da hora… Rsrsrs… Descobri que estava grávida na semana de prova do penúltimo período da faculdade de Engenharia Elétrica, então dá pra imaginar que foi tudo MUITO corrido.

Até esse ponto, tudo na minha vida era bem prática. Então, no meio daquela confusão de TCC, formatura, trabalho, mais uma escova de dente no meu banheiro, arrumando as milhões de coisas para a chegada do bebê, descobrindo o que é cueiro e que existem outras pomadas além de hipoglós, aprendendo a teoria de tudo para cuidar de um bebê (e no final não serviu pra quase nada)… Lembrei: e quando a licença acabar?

Prática como sou, junto com o Getúlio, conversamos e decidimos que babá não. Pelo fato de não termos ninguém de confiança e também porque pensávamos que a babá podia nos largar na mão a qualquer momento. Então: Escolinha… Aí vamos nós! Quais são os pré-requisitos? Perto de casa.

Começamos as buscas…. Fui em três escolas:

Ah… Hum… Tá… Mas eu imaginava tão diferente… Esperava chegar e ver a escola do filme “Um tira no jardim de infâncias”, e sério… Não é assim.

Meu Deus! Quando eu cheguei na escola uma mãe estava querendo levar a filha que não era dela, jurando que era. Não… Não mesmo… Um lugar triste sabe.

Ah… Agora sim… Longe de ser a escolinha do filme, mas tinha espaço, crianças felizes correndo… O espaço do berçário um pouco apertado, as crianças todas no berço, mas tinha um espaço pra elas se movimentarem. Ótimo. A uns 400m de casa, a dona da escola simpática. Pronto. Riscamos esse ponto da nossa lista… PRÓXIMO!

Desse dia em diante, muitas coisas aconteceram: a Anita nasceu, eu vivi a licença maternidade, passamos pelos difíceis dias das cólicas, e enfim comecei a curtir e a amar cada dia mais aquele serzinho. E o dia de deixá-la na escolinha chegou.

E aí que a minha ficha caiu, não lentamente, mas como uma bomba. A deixei na escolinha, seria por apenas duas horas, chorei por duas horas. Não houve adaptação, a adaptação era aumentar a cada dia o tempo dela longe de mim. Voltei e ela estava cansada de tanto chorar (estávamos) e não quis mais deixá-la. Não era aquele o lugar.

Aí comecei a pesquisar sobre escolinhas, ver o que os pais normais geralmente levam em conta, e então começou a crescer a nossa lista de pré-requisitos. O primeiro era: ter jeitinho de casa de vó. Eu queria que não tivesse jeitão de ESCOLA. Queria um complemento da minha casa, um lugar cheio de carinho. Nada de crianças no berço, a Anita nunca ficou no berço em casa (ela gosta de chão), que servissem almoço e jantar (os pais dela mal sabem ferver água), que fosse no caminho da nossa casa para o trabalho (já que as que eram perto da nossa casa foram descartadas) e que tivesse um espaço externo para as crianças brincarem.

Como eu ainda estava de licença, eu acho que visitei todas as escolas do caminho da minha casa até o trabalho. Fui em cada lugar inacreditável, e no fim eu percebi: os lugares que eu amava eu não podia pagar, e os lugares que eu podia pagar eu não conseguia amar. Escolhi uma escola dentro do OK, e lá a Anita ficou por uns 2 meses.

Frequentemente eu me chateava com algo, nós não estávamos verdadeiramente seguros. Até que um dia a Anita voltou mordida, nós não somos pais neuróticos (acho que deu pra perceber), hoje que ela tem quase 3 anos e todos os dentes, eu não ligaria dela voltar mordida, realmente acho que acontece, mas ela tinha uns 7 meses, mal tinha dentes… E voltou com uma mordida LOTADA de dentes.

Então, mais uma vez estava procurando escola para a Anita, até que entrei em uma escolinha, com aquele cheirinho de casa de vó (estava bem na hora do almoço), uma escola pequenininha que conquistou nossos corações. E foi ali que a nossa princesa ficou até mudarmos de BH. Era uma escola inaugurada há pouco tempo e a Anita foi a primeira criança do berçário (sim, somos vida loca!)… Mas meu coração estava lá, eu confiava, eu não chorava mais o dia todo e eu via nos olhos dela que ela estava feliz.

Resumindo… Quando você precisa escolher um lugar para deixar um pedaço do seu coração, não há maneira de escolher que não seja pelo seu instinto, seu coração tem que ficar confortável. Não vou contar a trajetória para escolinha em São Paulo (se não, já já teremos um livro por aqui), mas foi bem mais tranquila. Nós já tínhamos em mente o que era necessário e sabíamos o quanto era difícil, então priorizamos isso na nossa mudança.  Com a ajuda da Tia Bibi e da Tia Didi que já moravam por aqui, e com a sorte de termos uma indicação, encontramos uma escola que tem nossa total confiança e o meu coração… Mas como essa escola é até 6 anos, já estou pesquisando e me preparando para o futuro.

Sônia Echeverria

A escolha da primeira escola – por Joyce Souza

Oi pessoal, tudo bem!

Hoje vou dividir com vocês a minha saga em escolher uma escolinha para deixar minha filhotinha. A Celina tem 6 meses e comecei a procurar uma escola quando ela estava com 4 meses. Eu e meu marido tomamos essa decisão quando eu ainda estava grávida, em nossas conversas concluímos que seria importante eu voltar a trabalhar (não ficar muito tempo fora do mercado de trabalho) e com a ideia de que a Celina na escolinha teria um melhor desenvolvimento social/pedagógico e seria o período que eu teria um tempo para “descansar” e cuidar de mim. Pronto, decisão tomada e iniciei a procura pelo melhor lugar; lugar esse que deveria estar dentro de alguns requisitos estipulados por mim e pelo meu marido. Vamos lá pontuar:

  • escola que tenha boas referências
  • próximo de casa para maior comodidade da Celina em não ficar dentro do carro por muito tempo no horário de trânsito e para facilitar a vida dos papais (risos)
  • tivesse maior número de cuidadoras (se possível 1 para cada criança)
  • boa estrutura
  • alimentação balanceada por nutricionista oferecida pela escola
  • livre acesso dos pais, que pudéssemos chegar no momento que quiséssemos para vê-la sem prévio aviso
  • escola que a relação de carinho e cuidado fossem primordiais

Acho que falei tudo… rs. Antes de começar a citar aqui os nomes das escolas e relatar o MEU ponto de vista, gostaria de deixar claro que não há intensão de desclassificar ou promover nenhuma delas. É apenas um relato do que eu senti e avaliei de cada uma escola que visitei. Selecionei seis escolas, sendo elas: Núcleo da Criança, Jabuti Jabuticaba, Kids Village, Trampolim, Coleguium e Vila Mundo. Todas ficam na região onde eu moro. Vou contar um pouquinho de cada uma. Jabuti Jabuticaba é uma escola nova que começou outubro/novembro de 2015.  Fui ao local para ver por fora e pegar o número, quando liguei e falei que gostaria de marcar um dia para conhecer a escola, a proprietária me convidou imediatamente para entrar sem precisar de burocracia. Logo de cara eu achei isso um ponto positivo, pois esse contato direto com as pessoas é muito importante, mais humano. Quando fui visitar estava tendo colônia de férias e a proprietária foi muito atenciosa em me mostrar cada cantinho da escola, seus projetos etc. Eu me senti muito bem lá e com o atendimento maravilhoso dela, porém a desvantagem (para mim) era que eu teria que levar a comidinha da Celina todos os dias. Isso me desanimou pois eu queria serviço completo e não teria tempo de fazer comida todos os dias e mandar. Outro ponto que não gostei, foi que eles usam berço, pois não queria que minha filha ficasse no berço “presa” e com a possibilidade de ficar mais tempo dormindo do que brincando. Afinal estaríamos pagando para ela ser estimulada, brincar, comer… Não estou dizendo que seria assim lá, mas não era o nosso perfil. Outra coisa que me deixou um pouco preocupada era que seriam 7 crianças para 2 cuidadoras e 1 suporte. A escola Trampolim eu não cheguei a visitar, pois ao ligar eles já me avisaram que não tinham mais vagas e que só possuem 3 vagas para o berçário. A Vila Mundo, eu cheguei a marcar e não fui pessoalmente, pois eu a  descartei ao ver que a festa de final de ano da escola era realizada em  frente a escola. Eles montaram uma estrutura de palco no jardim da frente, na calçada da  rua e isso me desagradou, achei muito perigoso. Durante a minha saga eu encontrei uma mamãe que estava procurando por escolas e que também havia descartado essa escola por esse mesmo ponto que acabei de sitar, embora tinha visitado a escola e achado a estrutura bem bonita e as crianças bem felizes lá dentro. A Núcleo da Criança eu fiquei encantada com a estrutura, muito espaçosa de forma geral, tudo novinho, organizado e lindo. Fomos bem recebidos com horário marcado (exceto o atraso da diretora, 37 minutos). Eu já conhecia a escola pois tenho um irmãozinho de 5 anos que estuda lá desde os 2 anos. O berçário em particular, o qual era o nosso objetivo, eu achei um pouco pequeno, lá eles não têm berços, os bebês tiram o cochilo em carrinhos e o que mais me incomodou no dia foi o astral das cuidadoras, eu olhando por fora, elas estavam apáticas, sem brilho. A proprietária fez questão de dizer que lá eram 3 cuidadores para 2 crianças e que todas são formadas em pedagogia ou técnica em enfermagem. Mesmo assim fiquei com uma “pulga atrás a orelha”, eu idealizei um lugar onde tivesse alegria, animação e afetividade. Mesmo assim, eu ainda tinha ela em mente, devido ao meu irmão estudar lá, por ser próximo de casa e pela facilidade do meu pai ou minha madrasta buscá-la quando eu precisasse. Pois bem, eles ficaram de nos dar uma posição sobre ter vaga no outro dia e não deram retorno nenhum. Depois de 12 dias fui lá buscar meu irmão e aproveitei para perguntar sobre a vaga que ficaram de dar retorno, e simplesmente falaram com muito pouco caso que não tinha vaga e que se tivesse estariam me ligando. Nesse momento eu fiquei aborrecida, pois não fizeram questão da minha filha (esse era meu sentimento). Não deram retorno e ainda nos tratou com descaso. Nesse momento eu tive a certeza dentro de mim que não era mesmo para minha filha estudar naquele lugar. Pois o lugar que eu colocaria minha filha, ela seria tratada com carinho e importância. Gente, eu realmente criei antipatia depois disso! E eu e meu marido chegamos a conclusão de que “boniteza” de escola não era o fundamental e sim a equipe, as pessoas e como a Celina seria tratada. Tive contato com outra mãe (durante a adaptação da Celina na escola), e ela relatou a mesma ocorrência que a minha. Não teve retorno sobre a vaga e quando foi procurar saber, eles fizeram pouco caso! Para vocês verem que não foi uma coisa da minha cabeça. (rs) A Kids Village, uma escola encantadora, estrutura nova, linda, bem lúdica! Gostei muito da estrutura, alimentação e das pessoas que tive contato. Porém, o que me fez tirá-la como opção foi ao perguntar (perguntei em todas) se eu teria livre acesso à escola. E a moça disse que era para evitar alguns horários como o do sono das crianças e quando elas estivessem comendo. Então eu expliquei que era só para olhar de longe, escondidinho e que não iria mudar a rotina das crianças. Mesmo assim ela disse com muita educação que não seria legal. Mas são regras da escola e eu queria ter acesso livre, por exemplo se eu estiver passando próximo à escola e der vontade de vê-lá, poderia ir dar uma espiadinha… rs. O Coleguium, eu tentei marcar e disseram que deveria ser feito pelo site! Pronto, já achei uma coisa um pouco fria e não me deram retorno. Mas graças a Deus minha vizinha e amiga já trabalhou na unidade São Luiz, e marcou direto com a diretora para que eu conhecesse a escola. No outro dia fomos, essa minha amiga eu, visitar a escola que até então eu nem estava tão empolgada. Ao chegarmos vimos as crianças que estavam na colônia de férias (várias crianças lindas e alegres) e fomos à sala da Professora Fatinha (famosa Fafá) que nos recebeu com enorme alegria e já brincando com a Celina. Ela então me explicou o funcionamento da escola, os cuidados etc. Lá são 2 crianças por cuidadora, e ao chegar no berçário e conhecer algumas das cuidadoras eu já gostei. Sabe por quê? Fui relatar à elas que teríamos um grande problema caso eu fosse deixar a Celina na escola, pois ela tinha alimentação exclusiva no peito até os 6 meses, mas que estaria entrando com a alimentação sólida até ela entrar na escola, e que ela não aceitava mamadeira e nem bico. Nesse momento, uma das cuidadoras me tranquilizou contando que já havia passado algumas crianças assim e que ela iria dar um jeito, daria o leite no copo ou na colher se fosse preciso. E ainda me tranquilizou dizendo que algumas crianças até começavam a aceitar a mamadeira. Isso me confortou bastante! Outra coisa que eu fiquei apaixonada foi que durante a conversa com a Prof. Fatinha os alunos pequeninos entravam na sala dela para chamá-la para brincar ou simplesmente apenas para abraçá-la, acreditam?! Nesse momento eu pensei: achei o lugar para minha filha! Sobre a estrutura eu confesso que poderia ser um pouco melhor, como por exemplo os carrinhos e as cadeirinhas de alimentação que são bem velhos. Mas por outro lado, tem um espaço bom! Tem um espaço para estimular a criança, uma parte separada para o soninho onde são usados colchonetes para estimular a independência e evitar acidentes. Achei o lugar de dar banho pequeno, porém tudo é limpo e esterilizado. Bom, eu sai da escola com o coração aliviado e com a certeza que eu queria que minha filha estudasse ali. Porém, ainda tinha a questão se teria vaga. Por sorte restavam 2 vagas, mas o problema era que eu tinha que esperar meu marido chegar de viagem para ele ir lá conhecer e tomarmos a decisão juntos. Eu, morrendo de medo de perder a vaga pedi humildemente e encarecidamente  que guardasse uma vaga para mim! Expliquei a ela a minha situação e ela com todo carinho disse que iria aguardar a visita com o meu marido (mais um ponto positivo). Visitei a escola com o Marlon e ele me fez a seguinte pergunta: qual das escolas você mais gostou e por quê? Eu sem pestanejar disse logo: Coleguium!  E então ele aceitou e concordou! Ufa, porque eu acho que essa decisão tem que ser tomada em conjunto, pois a responsabilidade é de ambos. Bom, além dos pontos positivos que já mencionei sobre o Coleguium, eu achei importante minha filha estudar numa rede de ensino renomada, aqui em Belo Horizonte e o motivo maior foi que o meu “santo” bateu com o da diretora. Gente, ela é uma mulher iluminada e muito amada pelos alunos. Outro fator que gostei é que essa unidade só tem o ensino infantil, uma escola pequena, assim cria uma relação mais humana. Sei que tem gente querendo saber valores, então vou citar o valor mínimo e o máximo que achei, lembrando que o valor é de meio horário, o mínimo foi de R$ 1045,00 e o máximo R$ 1304,00.

Pessoal, eu escrevi esse post enquanto estava na escolinha no período de adaptação da Celina. E vou escrever outro contando como foi a NOSSA adaptação. Não foi fácil! E vou contar se eu acertei na escolha da escola. Se tiverem alguma dúvida ou curiosidade em relação as escolas, o meu e-mail estará disponível, fiquem à vontade.
Beijos,

Mãe da Princesa Celina

A primeira escola, uma escolha importante.

Ainda estou me preparando para enfrentar a escolha da primeira escola para o Raulzito. A escola, nas fases iniciais, é sem dúvida para mim a fase mais importante de todas porque está ligada à formação da personalidade dos nossos filhos além de ter uma enorme parcela na construção do caráter da criança, por esse motivo idealizo uma escola perfeita em que só há profissionais qualificados e dispostos a dar o seu melhor no trabalho escolhido. Fiquei a minha gestação inteira idealizando essa escola, porém, venho observando que a escola que eu idealizo para o meu pequeno não existe, principalmente por parte da metodologia. Percebi que eu terei que me adaptar à escola e não o contrário. Até mesmo as escolas que eu pensava que se enquadrariam muito bem em nosso perfil, que têm como metodologia Waldorf ou a Montessori, não são como eu imaginava. As escolas acabaram pegando um pouco de cada metodologia de ensino e juntando todas de uma forma que fosse mais rentável para a comunidade que ela está inserida. Muitas delas até mesmo dizem que têm um serviço ou o oferecem, sendo que na verdade ainda estão pensando em oferecer… fiquei bem decepcionada!

Considero a escola idealizada por mim uma continuação da minha casa, ela deveria ter a mesma linha de “criação” que eu e Rodrigo temos com o Raul. Que ambas as partes tivessem um estreito laço de amizade e que pudéssemos ser abertos sempre ao diálogo, não um relacionamento de agendas e reuniões mensais, trimestrais ou anuais. Gostaria que meu filho fosse livre lá dentro, pudesse ter contato com terra, bichos, artes, claro que com a alfabetização também (óbvio!), mas que ela respeitasse o indivíduo e suas particularidades, sem neura, sem pressa, sem obrigação. Queria que priorizassem sempre o respeito e a colaboração com o próximo, pois isso é tudo para uma vida pacífica. Bom, tenho que cair na real e aceitar que a MINHA escola modelo não existe e priorizar o que eu acho mais importante para que eu escolha uma. Para isso resolvi elaborar uma lista de prioridades que acredito ser essenciais para uma escola e assim que esta lista ficar pronta eu coloco ela aqui para vocês. Uma forma de me ajudar a montar essa lista vai ser por meio de relatos de mães que assim como eu estão vivendo ou já viveram essa fase de escolher escolas para seus pequenos, quero saber o que elas julgaram ser essenciais para a decisão da escola. Ah, e em um novo post farei um resumão das metologias mais usadas nas escolas aqui no Brasil, para não ficarmos perdidos quando nos depararmos com as tais linhas tradicional, piagetiana, construtivista etc.

Com amor,

Ana Maria.

A idade ideal para colocar os filhos na escola

Bom dia!

Quando Raul começou a andar já começaram a me perguntar quando o colocaria na escolinha e foi então que comecei a pensar em qual seria a idade ideal para que isso acontecesse. Foram inúmeras pesquisar lidas desde pedagogos e psicólogos relatando esse momento de ingressão das crianças na escola, uns a favor de colocá-los bem cedinho e outros contra. Li até artigos de homeschooling que agora no Brasil já está sendo “aceito” pela sociedade. Minhas principais perguntas eram: No que me ajudaria e em que o Raul seria beneficiado colocando-o na escolinha antes dos três anos de idade?! Enfim, ao analisarmos os prós e os contras decidimos, então, que só o colocaria depois que ele completasse três anos e resolvi explicar o motivo de optarmos por não colocá-lo ainda.

O principal motivo é porque o meu trabalho é em casa, e são pouquíssimas as vezes que preciso de sair para trabalhar. Então me comprometi a ficar com ele e cuidar da casa. Quando eu preciso sair deixo-o com minha avó, minha mãe, minha sogra ou minha irmã. Tenho muita sorte de ter quem tome conta dele para mim quando preciso. Mas se eu não trabalhasse em casa, com certeza contrataria alguém para cuidar dele enquanto eu fizesse a minha jornada de trabalho.

Aqui no Brasil a entrada na escola acontece bem cedo, em outros lugares as crianças vão ingressando aos poucos, algumas horas na semana, depois algumas horas por dia e assim vai até estar totalmente adaptado na escola. Por aqui a criança mal-mal nasce e logo já iniciam as perguntas “Ele já tá na escolinha?” Isso se deve ao fato das mães precisarem trabalhar fora, falta de apoio do governo em relação à maternidade, ou simplesmente por cobrança da sociedade. Sinto isso na pele, até a pediatra do Raul me pressiona para colocá-lo na escola. Eu não vejo necessidade (no nosso caso) de colocar o Raul na escola, até o momento, porque eu o estimulo em casa. Vou ensinando-lhe as coisas que aprenderia na escola com a idade em que está. Coisas como cores e números, incentivo às habilidades motoras e psíquicas e a socialização, que muitos pregam ser necessário para o desenvolvimento da criança, mesmo ela só acontecendo, de verdade, após os três anos em meninos. O que me ajudou também a tomar esta decisão foi a leitura de muitos artigos que descrevem o desenvolvimento do cérebro de meninos e meninas e suas diferenças. Um exemplo: antes dos três anos os meninos, principalmente, precisam de referência em casa, referência dos pais. Necessitam de uma atenção maior da mãe para que desenvolva segurança e seu cérebro adquira habilidades de comunicação e inteligência emocional. Alguns autores afirmam que meninos são mais propícios a ficarem ansiosos por causa da separação e se abaterem por terem sido “abandonados”. Isso pode desenvolver um comportamento mais agressivo quando ainda estão pequenos e carregar, para o resto da vida, esse “trauma”. Os mesmos estudos pontuam que os meninos precisam primeiramente aprender a respeito da confiança, cordialidade, prazer, intimidade e bondade. E somente após isso vem a tão cobrada “socialização”. Essa eu acredito não estar somente relacionada à escola. Podemos conquistá-la desde sempre em pracinhas, no playground do prédio, em atividades físicas como natação, artes marciais etc., onde tiver crianças e outros seres humanos ela está sendo estimulada. A não ser que você fique trancada 24 horas por dia em casa com uma criança, que não é o meu caso. Raul convive com outras crianças, tem primo e amiguinhos e desde que tomou as vacinas de três meses de vida o levamos para onde vamos e achamos que seria interessante para ele estar. Ano que vem, já estamos planejando ingressá-lo em uma escola de idiomas em alguns dias da semana. Além de proporcionar-lhe momentos de atividade física. Mas, na escola tradicional ainda não decidimos em qual colocá-lo. Ainda estou pesquisando sobre metodologias e pensando em quais critérios adotarei para a escolha da escola. Quando esse assunto estiver mais corriqueiro em nossa vida, eu escrevo contando para vocês como escolhi e quais foram os critérios adotados para que fizéssemos a escolha da escola.

Ressalto que é uma decisão nossa a opção de não colocar Raul na escola, por questão de opinião e de metodologia adotada na educação do nosso filho. Não sou contra quem coloca na escola desde bebê, mesmo porque quem sou eu para julgar alguém. Deus foi extremamente bondoso comigo para que eu pudesse ficar em casa e cuidar do meu filho e sei que muitas mamães não podem fazer o mesmo (ou até mesmo não têm vontade de fazer o mesmo).  Por esse motivo, agradeço sempre e faço por onde fazer o possível para que esse nosso tempo juntos seja sempre o melhor e o mais proveitoso. Enquanto isso, vou me preparando psicologicamente para o primeiro dia na escolinha, porque creio que para as mamães não deva ser nada fácil.

Com amor,

Ana Maria.