Da série mamãe fonoaudióloga: Tinta de gelo

Bom dia!

As férias escolares estão de vento em popa e muitas vezes a nossa criatividade não acompanha a energia dos nossos pequenos, não é mesmo!? risos… Então, vamos para mais uma atividade super legal!?

Material:

  • Água
  • Amido de milho
  • Corante comestível
  • Forminhas variadas de gelo
  • Copo medidor

Mãos na massa:

  • Utilize o copo medidor para a medir a quantidade de água e do amido de milho, sendo que  para cada medida de amido de milho você deverá adicionar a metade de água.
  • Misture os corantes e vire nas forminhas de gelo
  • Leve ao congelador e Voi-lá! Está pronto!

Essa atividade é fantástica para as férias de verão! A criançada adora! Dá para pintar papel, o corpo, o chão… Fazer aquela bagunça boa!

Com amor,

Ana Maria.

 

Da série mamãe fonoaudióloga: Areia comestível para brincar

Bom dia!

A areia é uma ótima pedida para atividades com estímulo tátil cinestésico e eu sou louca nesses facilitadores nas minha atividades. Então, hoje vamos fazer uma receita de areia  comestível, ideal para os pequenos “bem pequenos” que adoram colocar a mão suja na boca.

O primeiro passo é adquirir os ingredientes, que são:

  • 8 copos de farinha de trigo
  • 1 copo de óleo de soja
  • Anilinas comestíveis a base de óleo para dar cor a areia

Depois disso, basta misturar tudo e separar as porções para fazer a areia com as cores desejadas. Simples né!? O Raul adorou e brincou até por aqui! Ele não quis colorir sua areia, porque queria uma areia como a da praia. risos… Ah! O corante tem que ser a base de óleo pois se não for a areia não colore por já termos utilizado o óleo para dar liga na receita.

Com amor,

Ana Maria Poças.

Ps.: Se vocês quiserem uma areia cheirosa (sem ter o cheiro do óleo de cozinha) basta trocar óleo de soja por óleo de corpo. Porém, ela passará a não ser comestível.

Da série mamãe fonoaudióloga: massinha de modelar caseira

Bom dia!

Quem aí está de férias!? Se você está com seu (ou seus) pequeno em casa, nessas duas (longas) semanas que já se passaram desde que as férias escolares começaram e/ou você se encontra sem saber como entreter a sua criança dentro de casa… Eu sei bem como você está se sentindo… A pilha deles parece não acabar nunca e a nossa parece não ter tempo de recarregar, não é mesmo?! risos…  Pensando nisso pensei em fazer um especial de férias com atividades que vocês possam realizar juntos, assim, além de diverti-los e entretê-los, nem que seja por alguns minutos (risos), aproveitamos para estimulá-los nas habilidades motoras, na linguagem e na imaginação. O que acham?!

Anota a primeira aí! É super simples e fácil de fazer.

Massinha de modelar caseira

Ingredientes:

  • 1 copo de água
  • 2 copos de amido de milho
  • 1 copo de sal
  • Corantes alimentícios de cores diferentes

Modo de preparo:

Misture a água, o amido de milho e o sal em uma panela e leve ao fogo baixo até virar uma goma bem firme e desgrudar da panela. Isso não leva nem 3 minutos para acontecer! Desligue a panela e, assim que esfriar um pouco, separe em partes e misture o corante comestível.

Ah! Essa receita é ótima para os pequenos que colocam as massinhas na boca. =) Com ela você não precisa se preocupar com isso, tudo é comestível! Outra observação é que a massinha não dura muito, ela acaba ressecando rápido. Mas, dá para divertir por um bom tempo, não se preocupe.

Com amor,

Ana Maria.

O primeiro ano na escola, impressões de uma mãe.

Bom dia!

O Raul já está de férias, quase um ano se passou desde o dia em que o deixamos pela primeira vez na escola. Posso afirmar que o tempo voou! Engraçado como que para algumas coisas o tempo parece demorar uma eternidade e para outras passa num piscar de olhos, não é mesmo!? “Ontem” estava eu sofrendo por medo e insegurança de deixar o meu pequeno em um lugar onde eu não conhecia ninguém, “sozinho”, sem a minha presença e meus olhos de coruja prontos para intervir a qualquer momento que ele necessitasse de mim. É… os nossos filhos crescem e são outros seres… não fazem parte da gente, não são como um membro ou uma parte do nosso corpo que controlamos… e para mim isso foi difícil de entender!

A escola que escolhemos foi uma pública da prefeitura, aqui de Belo Horizonte, como muitos aqui já devem ter lido o relato da nossa escolha. Eu não tenho nada, NADA, a reclamar em relação à escola. A metodologia adotada é muito boa! Não alfabetizam a criança antes de entrarem para o ensino fundamental, porém não deixam de introduzir a linguagem escrita e a leitura desde o berçário. Eu achei fantástico porque o que eu vejo de escolinhas com livros de atividades e com lições gigantes fora da faixa etária sendo empregadas, não é mole não! Eu não queria isso para o Raul. Minha opinião de #mamãefonoaudióloga é que a criança deve se desenvolver no seu tempo, sem cobranças ou que as cobranças sejam feitas na idade certa. Toda semana a escola envia uma atividade para ser realizada em casa, para que os pais desenvolvam juntos aos filhos durante a semana e quinzenalmente envia um livro (escolhido pela criança) para que a família possa ler junto com o filho. A escola tem festinhas que integram sempre a família, a escola e as crianças. Simples… bem simples… mas, não menos cheio de carinho e zelo! A merenda é ótima e balanceada por uma nutricionista e tem um cheiro fantástico… risos… eu quase morro quando vou levar o Raul na escola e o almoço já começou a ser preparado.

Meu filho se tornou uma criança mais responsável com suas próprias coisas. Sabe que tem hora para fazer as tarefas e que precisamos da ajuda dele com as atividades diárias daqui de casa. Apesar de ter mudado o comportamento na escola por causa da chegada da irmã, e a questão do ciúme que sentiu no início, apresentou uma evolução gigante no seu relacionamento interpessoal. Ficou mais levado e aprendeu mais “artes” que eu acho que sozinho ele não faria… risos… coisas de crianças brincando juntas! Aprendeu a comer legumes e verduras que antes falava que não gostava, mas que na escola ele vê outras crianças comendo e agora come também. As viroses foram em bastante quantidade por aqui esse ano. Já havia sido alertada que o primeiro ano na escola a criança pega muita virose, mas, como sempre, achei que não fosse acontecer com meu filho. risos… Ledo engano! Era gastroenterite, otite, tosse, bronquite, nariz escorrendo, sinusite… Aff! A homeopatia foi o que nos livrou dessas viroses e tem ajudado MUITO na saúde do Raulzito. A comunicação dele também aumentou de forma absurda! Ele chega em casa contando cada detalhe do que aconteceu e hoje já é capaz de tentar expressar o que sentiu ou está sentindo sobre algo que ocorreu seja na escola ou em outro lugar. É incrível vê-lo contando casos e conversando como um mini adulto com os coleguinhas da escola.

Nosso primeiro ano foi excelente e espero ter encorajado as mamães, que assim como eu, sofrem só de pensar em deixar seus pequenos na escolinha. Tudo é questão de adaptação! A satisfação vem logo em seguida às conquistas dos pequenos e que aumenta ainda mais quando as professoras começam a entregar os trabalhinhos realizados por eles!

Com amor,

Ana Maria.

Maria Rita…

Bom dia!

Há um mês meu coração bate mais forte. Há um mês, além de super heróis, carrinhos e pernas roxas, surgiu espaço para laços e coisas cor de rosa. Há um mês aprendi a limpar um bumbum bem mais pequenininho e a escutar um choro bem mais estridente e persistente do que o do Raulzito. Há um mês nascia a minha pequena Rita.

Minutos antes de ser anestesiada e ser submetida a mais uma cesárea, um filme passou em minha mente por milésimos de segundos. Relembrei de tudo o que havia passado no momento em que o Raul nasceu. Lembrei da cirurgia, do pós operatório e das dificuldades que enfrentei com meu pequeno. Minha médica, olhando para mim (eu devia estar com uma cara de aflita), perguntou-me se eu estava nervosa e eu respondi com um olhar, mas reafirmei com a minha voz dizendo que sim! O parto foi super tranquilo… alguns dos meus familiares assistiam pelo vidro mais um milagre nascendo. Vocês que me acompanham sabem o quanto foi difícil esperar por esses pequenos… Eu ansiosíssima pelo choro da Maria Rita… olhei pelo vidro e vi que todos riam e choravam… e eu assustada só perguntava pro anestesista porque ela não estava chorando e ele me pedia para ficar calma e me levantou para vê-la. Olhei para aquele ser minúsculo, xerox do Raul, cabeludinha e parrudinha, mas a preocupação do choro ainda não tinha passado até que escuto o choro mais estridente que já escutei em toda a minha vida. A sensação de alívio veio junto com as lágrimas. Eu logo falei com Deus em meu pensamento: Obrigada! Obrigada e obrigada! E brinquei com Ele dizendo que se não tivesse um susto não era para ser minha filha, não é mesmo?! risos… Fomos para o quarto! Amamentei! Ahhh a amamentação… Isso sim será um assunto para um novo post. Passamos dois dias no hospital vendo a Rita sendo furada para acompanhar a glicemia várias vezes ao dia por causa da minha diabetes gestacional. Graças a Deus deu tudo certo!

Nesse último e intenso mês tivemos por aqui um Raulzito muito mais amoroso e beijoqueiro, ingurgitamento mamário, mastite na mama esquerda, mamilos rachados, dores abdominais, e para piorar um pouquinho, isolamento do filho mais velho por causa de uma febre e amigdalite. Resultado: uma mamãe exausta e cansada, mas extremamente feliz e grata por tudo estar acontecendo do jeitinho que pediu. Maria Rita é linda, delicada, saudável e muito brava! Sorri quando escuta a voz do irmão, está se desenvolvendo super bem e eu me sinto muito orgulhosa por estar realizando o meu sonho de ser mãe de um casal!

Com muito amor,

Ana Maria, mãe do Raul e da Maria Rita.

 

Da série mamãe fonoaudióloga: Quando procurar um fonoaudiólogo?

Bom dia!

Nesses quatro anos de Fissurada na Maternidade recebi muitas mamães aqui no blog preocupadas com o desenvolvimento dos seus pequenos e que gostariam de saber quando é necessário procurar um fonoaudiólogo, além de muitas outras perguntando o que é a Fonoaudiologia e no que ela pode ajudar os seus filhos. Com esse texto, o meu intuito é esclarecer, de forma simples e direta, alguns aspectos sobre a Fonoaudiologia, e dar algumas dicas de quando se deve procurar por um profissional.

A Fonoaudiologia é uma ciência da área de saúde que trabalha com os diferentes aspectos da comunicação humana (linguagem oral e escrita, fala, voz e audição) e com as funções do nosso corpo responsáveis pela deglutição, respiração e mastigação. É de competência de um fonoaudiólogo desenvolver atividades voltadas à promoção da saúde, prevenção, orientação, avaliação, diagnóstico e terapia. Um fonoaudiólogo pode também atuar nas áreas do ensino, pesquisa e consultoria. Agora que sabemos o que um fonoaudiólogo faz, fica mais fácil  saber no que esse profissional pode ajudar.

Abaixo listei alguns pontos importantes que podemos observar nas crianças desde bebês. Dessa forma, se seu pequeno vem enfrentando alguma dificuldade relacionadas a essas habilidades comentadas acima ou se apresenta alguma dessas observações listadas a seguir, é interessante que procure por um profissional apto a ajudá-lo.

Devemos ficar atentos se o pequeno:

  • Já estava falando e parou de falar.
  • Não se assusta e nem parece escutar sons fortes, como por exemplo, uma porta batendo.
  • Não reage aos sons da casa (portas abrindo e fechando, toque de telefone, objetos que caem etc.).
  • Não se interessa por sons de brinquedos, músicas, fala de outras pessoas ou ruídos.
  • Emite poucos sons.
  • Não fala quase nada que possa ser compreendido ou apenas algumas palavras aos 18 meses de vida.
  • Aponta para as coisas para pedir o que quer.
  • Não aumenta o seu vocabulário ou adquire pouquíssimas palavrinhas novas.
  • Não compreende ordens simples.
  • Apresenta episódios de gagueira.
  • Escuta TV e DVDs com o volume alto.
  • Pergunta muito “Hãm?!” e “Quê?!”.

Claro e óbvio que cada criança tem seu desenvolvimento próprio e não é possível constatar se há algum problema com base apenas nessa listagem, mas estes sinais alertam para uma possível alteração que pode ser resolvida com mais rapidez quanto mais cedo começar a intervenção.

Espero ter ajudado!

Com amor,

Fga. Ana Maria Poças.

CRFa 6-7185

Tarefas para crianças, quando começar?

Bom dia!

Não é novidade que o método montessoriano está inserido na minha vida desde quando Raulzito nasceu, há 4 anos atrás… e venho fazendo mini cursos e lendo sempre a respeito do método que é encantador! Vale a pena ler e inserir mesmo que seja um pouco dele na vida em casa com os pequenos. Hoje falo um pouco sobre as tarefas para as crianças exercerem em casa e a importância delas.

A criança de 0 a 6 anos se encontra em uma fase ou plano de desenvolvimento que a Maria Montessori classifica como “Mente absorvente”, sendo que as crianças de 0 a 3 anos se encontram na fase mente absorvente inconsciente e as de 3 a 6 anos na fase mente absorvente consciente. Nessa etapa do desenvolvimento o aprendizado ocorre através de impressões sensoriais do mundo ao redor da criança, mas no primeiro a criança não está ciente disso, por isso o nome de mente absorvente inconsciente, enquanto no segundo trabalha conscientemente, com propósito, dessa forma denomina-se mente absorvente consciente. É nessa fase que os pequenos buscam a independência física no nível físico e fisiológico e é um período de grandes mudanças.

Com isso, algumas atividades podem ser inseridas na vida dos pequenos e que serão de grande valia para essa fase do desenvolvimento pessoal delas. Atividades simples e que são feitas diariamente podem e devem ser executadas pelas crianças como, por exemplo, regar plantas, colocar roupa suja no cesto que vai para lavanderia, tratar dos animais etc. Segundo Montessori, envolver os pequenos nessas tarefas diárias os ajuda no desenvolvimento do pragmatismo, nas habilidades motoras e fornece experiência sensorial, fazendo com que eles se sintam mais úteis e importantes. Veja abaixo algumas atividades propostas para cada idade.

2 a 3 anos:

• Guardar os brinquedos;

• Retirar seu prato da mesa;

• Tentar se vestir e tirar a própria roupa;

• Colocar a roupa suja no cesto que vai para lavanderia;

• Guardar os sapatos que acabou de usar;

• Limpar o que sujou, como um copo de água derramado na mesa ou restos de comida que ficaram no chão;

• Pegar frutas na fruteira.

4 a 5 anos:

• Arrumar a cama quando se levantar e para se deitar;

• Ajudar a colocar a mesa para as refeições;

• Regar as plantas;

• Cuidar dos animais colocando comida e água;

• Jogar o lixo no lixo;

• Guardar as roupas que vieram da lavanderia.

6 anos:

• Lavar as louças;

• Guardar as louças nos armários;

• Ajudar a limpar a casa, como tirando o pó e varrendo;

• Guardar as compras do mercado;

• Arrumar a própria mochila da escola.

Então, depois dessas dicas do que a criança é capaz de fazer em cada faixa etária, é só colocar a criatividade para funcionar e fazer com que a criança se sinta importante em realizá-las e entender que podem ser muito úteis se quiserem.

Com amor,

Ana Maria.

 

Leia mais sobre o assunto:

Maria Montessori

https://larmontessori.com/blog/

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Vem Maria Rita… terceiro trimestre quase concluído

Bom dia!

Faltam apenas algumas semaninhas para Maria Rita dar o ar de sua graça aqui do lado de fora. Esses três últimos meses estão demorando demais a passar… Os dias parecem ter 48 horas e uma semana demora uma eternidade. Não sei se é porque já estou com uma barriga imensa e me canso com tudo o que faço; posso comparar o ato de subir as escadas daqui de casa com o ato de subir os degraus da Escadaria Selaron, no Rio de Janeiro; para tomar banho é preciso ter um desdobramento ninja e se por acaso o sabonete cair… (Só Jesus!) Dormir uma noite inteira fica sendo quase um sonho e o sono depois do almoço chega a ser algo incontrolável!

Depois que descobri a diabetes, quase não engordei mais. Parei nos 11 quilos por umas semanas. (Ufa! Na do Raul eu engordei 14 quilos.) No início cheguei a perder dois quilos e isso me assustou um pouco, mas a minha médica ficava feliz a cada vez que eu pesava e o ponteiro não mexia. Com isso, eu confesso, me relaxei um pouco com o regime e comi mais do que deveria… o que me custou 2,5 quilos em 3 semanas. Logo levei um puxão de orelha daqueles da minha obstetra! Mas a glicose está bem controlada! Não sou tão irresponsável assim… A fome parece ter triplicado nesse último trimestre também (Já as espinhas… essas continuam do mesmo jeito e a barriga só cresce… cada dia mais). O Raul, toda hora que me vê sem blusa solta: “Nuh! Que barrigão, mamãe!”. risos… Ah! E vamos falar sobre como mãe paga língua… Meu Deus! Tudo o que eu disse que não faria de novo, desde a gestação do Raul, eu estou fazendo igual na da Rita, o parto vai ser feito no mesmo hospital em que foi feito o parto do Raul, um hospital em que eu nunca mais desejei voltar! (E vocês!? Também passaram por isso!? Estão pagando ou pagaram língua?!) Com todos esses acontecimentos eu aprendi, aliás reaprendi que nunca devemos dizer NUNCA, para nada!

Queixas à parte, pois existem muitos motivos para comemorar! A diabetes gestacional não afetou em nada a Maria Rita. Estou controlando a minha alimentação com muito mais tranquilidade (apesar de ter passado por umas semanas de fome intensa), porém, já não vejo a hora de poder comer uma torta de chocolate meio amargo sem culpa… risos… Confesso até que estou gostando de comer sem carboidratos de alto índice glicêmico! (Eita que meu vocabulário só aumenta nas minhas gestações!) Já estamos esperando ansiosamente pela nossa Rita. Tudo já está pronto para recebê-la! Estamos com tudo organizado e com as tarefas já pré-estabelecidas para todos da família, porque contar com uma rede de contatos e apoio (nesse caso a nossa família) é o maior tesouro que alguém pode ter.

Mandem energias positivas! Elas são sempre muito bem-vindas! Logo conto como foi o parto e as primeiras impressões de Ritoca do lado de fora da pança. E do irmão, que agora está até curtindo a chegada da irmã.

Com muito amor,

Ana Maria.

Ps.: Fotografia por Marina Patício @marina_patricio

 

Sobre fissura labiopalatina e o Raul

Bom dia!

Após 2 anos e meio da palatoplastia, o último tubinho foi retirado do ouvido direito do Raul. UFA!!! Foram em média umas 10 consultas a otorrinolaringologistas para ver como estava o tal tubinho que já tinha saído do conduto há pelo menos um ano atrás e estava grudado em uma rolha de cera que o impedia de sair. Até que após uma dor de ouvido que o Raul teve, marcamos novamente uma consulta com o otorrino que o atendeu logo no pós operatório e, ao olhar o ouvido, resolveu tirar o tubinho com uma espécie de pinça. Foi super rápido! O Raul não chorou e ficou quietinho! Eu estava com um medo danado desse tubinho e da sua retirada, apesar de todos os profissionais falarem que ele iria sair sozinho e que se precisasse de retirar ia ser simples e sem dor… Vocês sabem como é o ser mãe, né?! Sempre fica preocupada com a possibilidade do filho sentir dor.

Outra novidade que a fissura nos trouxe foi que apareceu um dente no palato dele. Na verdade, não é bem no palato… ele nasceu no lugar certo, porém com a má formação do palato a gengiva dele deu uma viradinha para dentro para se juntar a outra parte no centro do crânio e com isso o dente acabou ficando do lado de dentro. Não preciso nem contar como isso me estressou… risos… Liguei para Deus e o mundo para perguntar sobre o tal dente. Mandei mensagem pra coordenadora da equipe do Centrare, no Hospital da Baleia onde o Raulzito faz o tratamento, que prontamente respondeu me tranquilizando e me encaminhando para uma equipe especialista no assunto. Conversei também com a minha amiga Laís do canal do youtube e blog Lábios Compartidos, que, como sempre, foi uma fofa e, PASMEM, que, ao entrar em contato com o Centrinho, fez a gentileza de pedir para que olhassem no prontuário dela quando foi e como foi que ela retirou um dente que nasceu fora do lugar. Ela me contou tudo e me tranquilizou ainda mais. Fala sério?! Precisamos de muito mais pessoas como ela nesse nosso mundo! Se alguém quiser saber mais, ela postou um vídeo contando direitinho sobre curiosidades da fissura labiopalatina, onde que ela cita esse episódio da vida dela. O link é esse: https://www.youtube.com/watch?v=GeEfOWDGsdQ.

Estamos esperando a vaga sair com a odontopediatra que o Centrare indicou e, assim que tivermos mais novidades, escrevo contando tudo. Gostaria de tranquilizar os pais e dizer que isso acontece com bastante frequência em pessoas que nasceram com fissura labiopalatina. Isso ocorre devido a posição óssea se desenvolver de forma errada devido a má formação. Portanto, mamães e papais fiquem tranquilos! No caso do Raul, o dente não esta doendo ou incomodando, e principalmente, não esta atrapalhando a fala.  Ele nem nota que tem um dente no céu da boca.

Com amor,

Ana Maria.

 

 

 

Acabar com a birra com uma frase!?

Bom dia!

Certa vez li uma chamada de um blog no Facebook e que o título era algo mais ou menos assim: “Como acabar com um chilique do seu filho com apenas uma frase.” Fiquei encucada com a frase e fui ler a tal matéria. O texto é de uma blogueira brasileira que mora nos EUA e que precisou levar sua filha em uma psicóloga pois estava sofrendo com os ataques constantes de birra da filha. A psicóloga a orientou a fazer com que a filha se sentisse respeitada, sentisse que ela dava importância ao que ela estava vivenciando. Mas como isso isso era possível e qual a explicação da psicóloga?

Pois bem, em meio a uma crise de chilique, a criança precisa ser atendida, condicionada a pensar e com isso achar a resposta sobre o que está acontecendo com ela. Isso é possível por meio de frases do tipo: “Você está chorando e gritando por quê?!”. Assim que a criança der a resposta, você deve fazê-la pensar no que está acontecendo,  por meio de uma frase: “Você pensa que esse problema é grande, médio ou pequeno?”. Um problema pequeno se enquadraria em problemas de soluções rápidas e que são fáceis de serem contornados. Os médios seriam aqueles que são resolvidos com um pouco de tempo. Nesse caso, a criança aprende que existem coisas que precisam de tempo para serem resolvidas, o que as levam a desenvolver a noção de tempo e a paciência. Já os problemas graves são os que necessitam de mais conversa e atenção para ela entender que há coisas que não saem exatamente como queremos. Claro e óbvio que essa técnica pode não ter funcionalidade para crianças menores de 3 anos, pois penso que seja muito difícil de conseguir a atenção necessária para pensar sobre o assunto. Como as crianças com mais de 3 anos já possuem atenção suficiente para escutar, elas são capazes de pensar nem que seja um pouquinho, sobre o assunto e com isso voltar ao seu centro de controle… Esse tempo é suficiente para você contornar a situação, aproveitar para conversar sobre o que está acontecendo com ela e inserir soluções cabíveis no problema que ela apresenta, de acordo com o nível de percepção dela.

Conversando com meu marido sobre o método, ele me sugeriu pesquisar sobre o método Socrático e acredito que a psicóloga possa ter como embasamento esse método. Sócrates, o filósofo tão conhecido pela frase “Só sei que nada sei”, fazia uma sondagem daquilo que se pretendia saber em relação ao assunto em questão. E por meio de perguntas conduzia o diálogo até o ponto em que o interlocutor solucionava o problema. 

Eu achei fantástico! Super recomendo essa dica! Faço sempre com o meu Raulzito, até mesmo porque as crianças não sabem expor suas emoções e não entendem muito bem o que estão sentindo, além de reagirem a qualquer estímulo que não saia como elas esperam com gritos e choros. O Raul, por exemplo, é mestre em gritar e a chorar quando está com sono ou cansado… sempre nessas crises procuro diagnosticar o porquê do choro e após perguntar eu sempre sugiro “Será que você não agiu assim porque você está cansado?”.

Muito boa dica, né?! Espero que ajudem as mamães leitoras!

Com amor,

Ana Maria.

 

Leia mais sobre o assunto:

https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/socrates-o-metodo-socratico-e-o-parto-das-ideias.htm

http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/filosofia/o-metodo-socratico.htm

http://tudosobreminhamae.com/blog/2016/12/2/como-desarmar-o-chilique-de-um-filho-com-uma-pergunta