Da série mamãe fonoaudióloga: lateralidade

Bom dia!

Hoje vamos conversar sobre a lateralidade. Uma habilidade essencial para o desenvolvimento psicomotor e para o desenvolvimento da aprendizagem.  A lateralidade é a capacidade de se vivenciar as noções de direita e esquerda sobre o mundo exterior. Ou seja,  é o domínio de um lado do corpo sobre o outro. Vocês já repararam que a maioria dos nossos pequenos são ambidestros?! Utilizam as duas mãos da mesma forma. Apesar de ser congênita, ela não surge de forma súbita, mas sim aos poucos. A habilidade de lateralidade é desenvolvida quando ainda somos pequenos por volta dos 6 aos 8 anos de idade.  Nessa fase é que as crianças começam a desenvolver maior habilidade em uma das mãos em suas atividades, principalmente as escolares, onde vão acompanhando o desenvolvimento cognitivo e as práticas relacionadas à psicomotricidade. Com esta habilidade conseguimos uma boa escrita, a orientação espacial e temporal por exemplo.

Agora que sabemos o quão importante é a lateralidade e o porquê de estimula-lá, separei algumas dicas de brincadeiras onde o objetivo de estimular a lateralidade está presente.

  1. Com balões entre as pernas, peça a criançada que se movimente de um lado para o outro, estimulando o conhecimento de direita, esquerda, para frente e para trás.54e49b24302b70b84d418fefaabc30ca
  2. Algumas argolas e figuras de pés coloridos que são distribuídas aleatoriamente formando um guia onde os pequenos deverão seguir as pegadas pulando com os pés juntos ou separados. Essa atividade é riquíssima para estimular a coordenação motora grossa, a lateralidade, raciocínio lógico, sequência etc.0364782d8b5e9e99a27ae668492c344a
  3.  Um balão pendurado em um barbante e a sua criatividade, só isso basta para criar uma brincadeira bem interessante e cheia de estimulação. Vá solicitando que a criança coloque a mão direita no balão, depois o pé esquerdo… e por aí vai…3149ee3478aeb53e437bf7b2b688950e
  4. Treinando a coordenação motora grossa, a lateralidade e estimulando o conhecimento dos números… com essa atividade você consegue tudo isso! Basta um giz para proporcionar todo esse conhecimento. A diversão é garantida! Para os pequenos mais crescidinhos e que estão em fase de aprender a fazer contas matemáticas, você pode ir ditando os cálculos e eles devem pular para a resposta certa.6102191c97ec98a0b474aaffb1478964
  5. Para treinar a lateralidade e ainda estimular o conhecimento de peso, que tal uma balança improvisada com um cabide de roupas e dois vasinhos de plantas vazios!?

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Espero que vocês se divirtam assim como eu e o Raulzito. Nós adoramos “atividades estimuladoras”, como chamamos por aqui.

Com amor,

Fga Ana Maria Poças.

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Ps.: Fotos ilustrativas do aplicativo Pinterest. =D

Da série mamãe fonoaudióloga: O nome próprio

Bom dia!

Escolher o nome dos nossos pequenos não é uma tarefa fácil, não é mesmo!? Além das particularidades que nos fazem escolher um nome, como significado, origem, sonoridade etc, devemos pensar na grafia, nas questões da socialização e nos problemas que podem ser pertinentes quando um nome não é muito “agradável” de se escutar e com isso pode acarretar disfunção no psicológico da criança. O nome é a identificação. É assim que nos identificamos quando nos apresentamos. Nada obstante, vocês já pararam para pensar na importância do nome próprio para o aprendizado e no desenvolvimento dos nossos pequenos?

Reconhecer a letra inicial do nome é uma das primeiras coisas que nossos filhos aprendem na escolinha e a partir daí começam a fazer associação da letra com o nome, depois da letra com outras palavras que começam com a mesma letra e por aí vai. No quarto do Raul, por exemplo temos o nome dele escrito na parede com letras de madeira e desde pequenino nós o estimulamos a olhar para as letrinhas e fazer a associação das letras que compõem o nome dele com outras palavras, por exemplo: R de Raul, A de Ana, U de uva e L de Luna. Estes dias o Raul se surpreendeu e percebeu que a letra do nome do pai (Rodrigo) é a mesma que a letra do nome dele. Agora já é capaz de ordenar as letras do nome dele corretamente se as espalharmos em sua frente. Essa associação tem o objetivo de proporcionar às crianças um suporte, dando condições favoráveis para apoiá-las no processo de alfabetização, ou seja, na aprendizagem da leitura e da escrita.

Abaixo vocês verão algumas dicas para estimular o reconhecimento dos nomes próprios para que você estimule seu pequeno em casa.

  1. Nessa primeira atividade separamos as letras de um lado e do outro lado damos um estímulo visual com a grafia do nome como deve ser escrita. Abaixo pedimos a criança que coloquem as letras corretamente seguindo o exemplo de cima.

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2. Utilizando uma folha de papel colorida e um tubo de cola, faça a escrita da grafia do nome e depois peça a criança que cole feijões em cima da cola.

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3. Com pregadores de roupas e letras de EVA cole em cada pregador uma letra do nome da criança. Em uma folha escreva o nome da criança e peça que ela coloque os pregadores em cada letra correspondente.

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4. Faça um “ache letras” com as letras correspondente ao nome do seu pequeno e peça que ele as procure e as colora com cores diferentes.

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5.  Para facilitar o início do aprendizado das letras e o reconhecimento das mesmas, faça fichas com fotos das pessoas da família e ao lado coloque a letra inicial correspondente ao nome de cada um. Pode fazer também com figura de animais, de objetos etc.

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Vamos começar o ano com muitas atividades para estimular os pequenos!? Essas são somente algumas sugestões de infinitas possibilidades que vocês podem criar usando a imaginação e a criatividade.

Com amor,

Fga. Ana Maria Poças

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Ps.: As imagens do corpo do texto foram retiradas do Pinterest.

 

 

Da série mamãe fonoaudióloga: reconhecimento de letras

Bom dia!

A dica de hoje é para as mamães e papais que já estão com seus pequenos um pouco crescidinhos e aprendendo a escrever e a ler. E para ajudar no reconhecimento das letras separei algumas atividades que encontrei no meu aplicativo favorito, o Pinterest.

Antes de mostrar as atividades vamos entender o porquê devemos estimular o reconhecimento de letras que é muito importante para a aquisição da língua escrita. As letras são os menores símbolos de uma língua e é com o agrupamento delas que formamos as palavras e as frases na escrita. O reconhecimento delas é um processo natural e deve ser suave e lúdico, para que os pequenos consigam assimilar e começar a utilizá-las de forma automática à medida que vão sendo alfabetizados. Nós, que vivemos em uma sociedade cheia de mídias sociais sabemos da importância de saber ler e escrever para estarmos “inseridos” nela e saber o que está acontecendo a nossa volta.

As atividades abaixo visam estimular não somente o reconhecimento de letras, mas a coordenação motora fina, o pareamento (habilidade visual que consiste em formar pares e imagens semelhantes), o raciocínio lógico, as cores, a memória e mais um monte de outras habilidades associadas. Então, basta seguir as dicas e usar a sua imaginação e criatividade para auxiliar os pequenos no reconhecimento de letras.

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 1. Em uma bandeja escreva as letras do alfabeto e com letras de EVA (de cartolina ou de papelão) peça as crianças que as coloquem em cima da letra correspondente.

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2. Nessa atividade o nome próprio é o objetivo alvo. Separe as letras do nome do seu pequeno que pode ser feitas de EVA e uma massinha. Marque na massinha a escrita do nome com as letras. Após isso é só solicitar que a criança coloque cada letra no lugar devido.

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3. Uma caixa de madeira (papelão ou tabuleiro) coloque sal (farinha de trigo ou açúcar refinado) e algumas letras escritas em uma folha de papel em caixa alta, peça a criança que reproduza a escrita no sal utilizando o dedo indicador. Podemos variar utilizando um graveto, um canudinho ou qualquer outra coisa mais dura para reproduzir o grafema em substituição do dedo.

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4. Adorei essa atividade, pois adoro atividades que visam a sustentabilidade e o reaproveitamento! Em um rolo de papel alumínio ou papel toalha que você iria jogar fora, escreva as letras do alfabeto. Separe alguns adesivos e escreva também as letras do alfabeto. Agora basta pedir que a criançada coloque os adesivos em cima da letra correspondente. Essa atividade é riquíssima!

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5. Essa atividade é para quando as crianças já sabem as letras ou para ajudar a memorização delas sem o apoio visual. Com ajuda de um prato, faça círculos e dentro desse círculo escreva letras. Com ajuda de um “mata mosquito”, a brincadeira é a seguinte: você dita as letras e a criança deve direcionar o “mata mosquito” nas letras correspondentes.

Com amor,

Ana Maria Poças.

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Da série mamãe fonoaudióloga: atividades de cores

Bom dia!

Nomear as cores é uma das primeiras coisas que ensinamos aos pequenos. Quando começam a fixar o olhar em brinquedos é possível irmos inserindo o conhecimento de cores na cabecinha deles.” Olha que linda essa bola azul!, Olha esse sapo verde.” ou” Você quer usar essa blusa amarela?” Frases desse tipo podem ser utilizadas para que as crianças vão conhecendo e aprendendo a nomear as cores. Claro que muitas crianças vão de fato conseguir nomear as diversas cores somente aos dois anos de idade e para que consigam nomeá-las elas vão passar por etapas como a percepção e a diferenciação delas, mas é importante, desde cedo, já irmos incentivando o conhecimento.

Uma dica para os que já estão craques em nomear as cores é ir brincando com a combinação delas ou ensinando a nomeá-las em uma outra língua. Mas agora vamos as dicas de alguma atividades que propõem o conhecimento de cores:

1- Com potes de diferentes cores e botões que correspondem as mesmas cores dos potes, você trabalha a coordenação motora fina e o pareamento ao pedir que as crianças coloquem os botões dentro do pote nas cores correspondentes.

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2- Aqui nessa atividade, você deve solicitar a criança pregue o pregador de roupa pintado na cor correspondente no círculo. É bem interessante que esteja escrito o nome da cor para que o pequeno já vá associando a cor a escrita.

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3 – Com água, sabão e anilina você consegue uma mistura colorida, agora é só dar um canudinho para que o pequeno se esbalde na pintura ao soprar as bolhas em uma folha de papel. Essa atividade é riquíssima! Estimulamos o sopro, a coordenação motora fina, o conhecimento de cores, a criatividade e a relação espacial.

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4- Com pompons feitos de lã coloridos, rolos de papel higiênico pintados das mesas cores que os pompons e pegadores de macarrão você elabora essa atividade sensacional! Aqui nessa foto temos palitos grandes (como se fossem Hashis que são aqueles palitinhos utilizados para comer comidas orientais) ao invés  e pegador e macarrão, mas só devem ser utilizados por crianças maiores ou com habilidades motoras mais desenvolvidas. Com esses materiais é só pedir aos pequenos que coloquem com o pegador de macarrão os pompons nos cones das cores correspondentes. Você pode ir ditando a brincadeira: “Coloque os pompons azuis no túnel azul.” ou “Coloque os pompons da mesma cor do céu no túnel da mesma cor.”

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Com amor,

Ana Maria Poças

CRFa 6-7185

Ps: As fotos do texto foram retiradas do aplicativo Pinterest.

Da série mamãe fonoaudióloga: atividades para coordenação motora grossa

Bom dia!

No último post da série mamãe fonoaudióloga falamos sobre a coordenação motora fina . No texto de hoje ainda falaremos sobre como incentivar a coordenação motora, porém daremos enfoque na parte grossa. A coordenação motora grossa é a primeira habilidade que os nossos pequenos conseguem realizar. Ela esta presente quando eles aprendem a sentar, a usar os bracinhos, a engatinhar e a andar, ou seja, toda vez que utilizam músculos grandes para executar uma tarefa estão colocando para funcionar a habilidade motora grossa.

O intuito desse texto é nortear com algumas brincadeiras a estimulação dessa habilidade. Vamos lá?!

  1. Com um tabuleiro, algumas tintas guaches e um rolo de papel, você cria uma brincadeira bem divertida e bem sensorial para o seu pequeno. Imagina a sensação deliciosa de mergulhar seus pés em tintas e sair marcando as pegadas em uma folha bem comprida. Muito boa essa ideia! Ainda não fiz com o Raulzito, mas com toda certeza irei fazê-la.85ca24825e75f1b2b29c80ae49a3b729
  2. Com fita adesiva e uma bola, você cria labirintos e faixas que o seu pequeno deve seguir pisando ou levando a bola sem deixar que ela saia ou que o seu corpo saia do limite das linhas. Ótimo exercício não só para a coordenação motora grossa, mas para trabalhar também o equilíbrio, a atenção e a percepção espacial e corporal.

3. Barbantes coloridos, potes e objetos de cores variadas. As crianças devem ir até o pote buscar objetos que tenham a mesma cor do seu barbante e do seu pote e voltar na mesma linha, equilibrando no barbante. Nessa atividade trabalhamos a coordenação motora grossa ao andar em cima dos barbantes sem deixar os pés escaparem, além de incentivar o conhecimento de cores e o equilíbrio.

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4. Encher a casa de barbante ou varal de pendurar roupas, formando uma teia enorme, onde os pequenos deverão passar entre elas… é ou não é uma brincadeira super divertida?!

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Vocês estão gostando das dicas?! Por que eu resolvi fazer essa série?! Bom, a série #mamãefonoaudióloga foi criada para que vocês saibam que todas as brincadeiras que existem nesse mundo, são estimuladoras. Em todas elas, os pequenos estão sendo estimulados. Nessa série, as brincadeiras que eu escolho para mostrar aqui no blog são só exemplos de infinitas variedades que existem e que são riquíssimas oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento de habilidades.

Com amor,

Ana Maria Poças

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Ps: As fotos do corpo do texto foram retiradas do Pinterest.

Da série mamãe fonoaudióloga: O por que dos porquês?!

Bom dia!

Por que o cachorro come ração? Por que está de noite? Por que não existe mais dinossauro? Por que o Batman não voa? Por que isso mamãe? Mas por que, papai? Chegamos na fase dos porquês do Raul… Confesso que muitas das vezes minha criatividade já não permite mais atender às suas perguntas e as respostas acabam resultando em mais perguntas sem respostas. Lembro-me que na faculdade tive algumas aulas sobre as fases de Jean Piaget, para quem não conhece foi um psicólogo e educador suíço, que descreve as fases que as crianças vivenciam. Mas somente agora as venho entendendo e vivenciando, na prática, cada uma delas.

Jean Piaget nomeia essa fase dos porquês como período pré operatório e é justamente nessa idade entre três e quatro anos que ela costuma aparecer. O período pré operatório é também chamado de estágio da Inteligência Simbólica, pois, é a fase em que as crianças conquistam a capacidade de criar imagens mentais sem que elas estejam presentes. Elas conseguem observar e sentir muito mais estímulos do que conseguem entender, por isso os porquês. Perguntam o porquê devido a essa incansável busca pelo conhecimento e entendimento. A criança quer entender, perceber, conhecer a si mesma e aos outros, perceber o comportamento, perceber as regras, os modos de agir, o mundo que a cerca … E nós, pais, somos os escolhidos para responder aos seus porquês por sermos os seres que elas têm mais confiança. Muitas das vezes é chato a situação que elas nos colocam, com a insistência de uma resposta, principalmente porque alguma das perguntas não têm respostas, já que fazem parte do mundo imaginário da criança. A paciência tem que ser mesmo muito grande. Mas gostaria de deixar claro que eles não fazem por mal, é que eles se encontram em um processo permanente de desenvolvimento pessoal que deve e merece ser respeitado se não quisermos que elas se sintam desestimuladas e parem com a vontade de descobrir o mundo que as cerca. Além dessa fase ser muito importante para o aprendizado em geral dos pequenos. As respostas dessas perguntas devem ser claras e objetivas, sem muitas firulas. Devem seguir o raciocínio e a idade da criança, em uma linguagem adequada à idade dela, com um vocabulário de fácil compreensão. Isso vai facilitar as dúvidas que elas têm e clarear a cabecinha que está a mil por hora nessa fase.

Então é isso, pessoal! Paciência… muita paciência! E vamos contribuir para a formação dos nossos pequenos da melhor forma possível, incentivando-os a se tornarem pessoas melhores a cada dia e contribuindo para a sua formação pessoal.

Com amor,

Ana Maria Poças.

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Da serie mamãe fonoaudióloga: atividades de sopro

Bom dia!

Este será o primeiro texto de dicas da série mamãe fonoaudióloga de atividades para crianças que nasceram com fissura labiopalatina. Hoje falaremos sobre os benefícios dos exercícios de sopro e por que devemos estimular as crianças a soprarem. Ah… não serve exclusivamente para as que nasceram com fissura, todas as crianças podem e devem fazer para estimular.

As crianças que nasceram com fissura labiopalatina têm uma dificuldade em conseguir soprar, ou seja, conduzir o ar somente para a cavidade oral. Se a criança não for operada ainda, o motivo delas não conseguirem conduzir o ar somente na boca se deve ao simples fato do palato (Céu da boca) estar em comunicação com a cavidade nasal (narinas). Porém, se já forem operadas pode ser que o palato ainda precise de uma forcinha para se movimentar ou a criança ainda precise de tomar consciência de quando e como o ar deve passar pela boca ou pelo nariz. O sopro é um dos exercícios que mais trabalha todos estes aspectos, seja o da musculatura velofaríngeo e da percepção e sensação tátil sinestésica.

Vamos às dicas de atividades que promovem o nosso objetivo geral de hoje?!

  1. Utilizando um canudinho e uma bolinha de isopor (ou outra bolinha leve que você tenha em casa) você pode pedir a criança que sopre a bolinha até o alvo final. No caso dessa foto abaixo o alvo foi um copo plástico pregado na beirada da mesa com um durex e o canudinho foi substituído por um cone de papelão. Esse é um modo com dificuldade de sopro mais avançado, depois que a criança já esteja conseguindo soprar com canudinho é legal ir dificultando. Outra opção dessa atividade é fazer caminhos a serem seguidos pela bolinha, ou seja, a criança vai guiando a bolinha com o sopro percorrendo por todo o trajeto.6a8e620c23464fff4f047852dfc9dbf6
  2. Faça barquinhos de papéis pequenos e encha uma bacia de água. Peça a criança que movimente os barquinhos com o sopro. Para aumentar a dificuldade você pode trocar os barquinhos de papel por barquinhos de rolhas de vinho ou de espuma.barquinhos5-j.iadosnegros
  3. Mais uma atividade com canudinho, mas desta vez precisa de tintas. A criança já precisa saber soprar nesta atividade para não acontecer dela sugar ao invés de soprar a tinta. Utilizando uma folha em branco, peça que a criança molhe o canudinho na tinta (que você deverá ter diluído um pouquinho em água) e depois sopre na folha. Ou também pode-se colocar na folha um pouco de tinta e pedir que a criança espalhe a tinta com o sopro. As duas maneiras são bem legais! A criatividade nessa atividade é muito trabalhada e as crianças adoram ver os seus quadros sendo formados!straw-painting-instagram1
  4. Bolinhas de sabão. Você pode utilizar os fazedores de bolhas prontos que encontramos em muitas lojas de brinquedos ou fazer com um pedaço de aranhe, um canudinho mais grosso ou com uma garrafa pet cortada e fazer bolhas gigantes. A criançada adora! Raul ama fazer bolhas!mouse2
  5. Utilize instrumentos musicais como flautas e gaitas para estimular não somente o sopro como também a musicalização da criança. Olha esse instrumento de sopro feito com canudinhos, que máximo!8a0683cc95d3344c8ca8695ff8ecd7cf

Com amor,

Fga Ana Maria Poças

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Ps.: As imagens do texto foram tiradas do Pinterest.

Aquisição dos sons da fala das crianças – um assunto fonoaudiológico

Bom dia!

Quando falo que sou fonoaudióloga as primeiras perguntas que me fazem principalmente quando a pessoa tem filho é: “Meu filho ainda não fala tal letra é normal?” ou “”Meu filho tem tantos anos e troca algumas letras quando está falando, devo procurar ajuda?”. Para auxiliar nessas dúvidas escrevo este post.

Quando exatamente uma criança deve começar a falar é muito subjetivo, pois cada criança possui um tempo particular para começar a emitir os primeiros sons, as primeiras sílabas, as primeiras palavras e consequentemente as primeiras frases. Em torno dos 18 meses a maioria das crianças já está emitindo suas primeiras palavrinhas. Muitas delas são: mamãe, papai, o nome do cachorrinho, da avó, da tia, do irmão e por aí vai. Já escrevi um post sobre aquisição da linguagem aqui no blog e para quem não lembra o link está aqui: O desenvolvimento da linguagem da criança, o que esperar?! Porém senti necessidade de escrever sobre quando podemos esperar o aparecimento de cada fonema ou som na fala dos nossos pequenos. Mas antes vou fazer uma observação sobre o que é fonema e o que e letra. Fonema corresponde ao som que uma letra possui e a letra é a representação gráfica desse som. Vamos exemplificar: o fonema /s/ por exemplo está presente nas letras s, ç, ss, sc, sç e em algumas vezes até no z. Deu para entender?! Espero que possa ajudar algumas mamães e papais perdidos nesse assunto. Vamos lá?!

12 aos 18 meses: As crianças já sabem usar os sons do p, b, t, d, c, g, n e m. Uma observação que farei para os papais de crianças fissuradas (ainda não operadas) é que seus pequenos podem apresentar alguma alteração na emissão desses sons, por causa da pressão intraoral que eles ainda não possuem para produzi-los devido o palato (céu da boca) ainda estar aberto.

+ 18 meses: surgem os sons v, f e o nh.

+- 24 meses: aparecem os outros fonemas que chamamos de fricativos os sons do s, z, ch, x e o j. No finalzinho dos 2 anos começa a aparecer o som do l.

Após os 3 anos: as crianças já falam a maioria dos sons, ficando para ser adquirido os sons rr, lh e por último o som do r no meio de palavras, como por exemplo: barata.

Com 5 anos de idade a criança deverá ser capaz de produzir todos os sons da nossa língua. Lembrando que nesse nosso imenso Brasil temos uma enorme variedade de fonemas em uma mesma letra e jeitos de produzir e usar esses sons em uma mesma letra diferente. Por exemplo, o rr que usamos aqui em Minas Gerais é diferente do que usam no sul do país e do que usam no nordeste do país. E assim existem outras diferenças.

Se você tem alguma dúvida em relação à linguagem do seu pequeno, procure um fonoaudiólogo, pois uma alteração de fala pode ser melhorada ainda na aquisição dos sons. É importante saber que uma fala inadequada acarreta alterações futuras na linguagem escrita e no processo de aprendizagem, justamente por essa variedade de sons que existem e se a criança apresenta algum desvio na forma de emitir os sons pode atrapalhar no processo de transcrever o som para a sua forma gráfica, ou seja, a letra. Por isso, não deixe para depois! Se tiver dúvidas é melhor saná-las o quanto antes. Ah! Outra dica é: seja sempre o exemplo de fala do seu pequeno. Fale corretamente para que ele aprenda com você. Quer aprender como estimular a fala do seu filho?! Lei aqui outra dica: Estimulação de linguagem.

Com amor,

Ana Maria Poças

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O desenvolvimento da linguagem da criança, o que esperar?!

Bom dia, pessoal!

Quando nos tornamos pais de primeira viagem começam a surgir inúmeras dúvidas em relação ao desenvolvimento dos nossos pequenos, não é mesmo? Qual a idade que eles começam a andar, a falar, a rir?! São tantas as dúvidas que resolvi escrever para vocês sobre a aquisição da linguagem e o que podemos esperar em cada marco do desenvolvimento. Então, vamos lá!

0 a 3 meses: O bebê já é capaz de prestar atenção aos sons que estão a sua volta. Reconhece a voz dos pais e se acalma quando conversamos com ele. Chora, faz alguns sons, dá gargalhadas, já sorri quando alguém fala com ele e observa o rosto de quem está a sua frente.

4 a 6 meses: Nessa fase o bebê já é capaz de procurar de onde vem o som. Grita, faz alguns sons como se estivesse de fato conversando conosco e tenta imitar a nossa voz.

7 a 11 meses: Nessa fase a criança já sabe de fato de onde vem o som. Faz muitos sons, repete sílabas como “mama” e “papa”. Reconhece o seu nome. Bate palmas. Pode até receber ordens simples como dar tchau e mandar beijos.

12 a 18 meses: Começa a emitir as primeiras palavras, como, por exemplo, nomes de bichos e os nomes das pessoas mais próximas. Fala algumas expressões que indicam ação como “quer” e “dar”. Já é capaz de obedecer a comandos de duas ou mais ordens, como, por exemplo, “Pegue seu brinquedo que está no quarto”. Tem um vocabulário de aproximadamente 20 palavras.

18 a 24 meses: A criança é capaz de dizer muitas palavras diferentes e muitas delas podem ser sem sentido, mas o importante é estar falando. Ela é capaz de dizer frases curtas com duas palavras. Já tem um vocabulário bem amplo com aproximadamente 200 palavras.

2 a 3 anos: A criança já nomeia quase tudo. É capaz de combinar palavras em sentenças para expressar pensamentos e sentimentos. O vocabulário é muito extenso, embora a gramática ainda seja imperfeita. Consegue manter conversas com adultos e já conhece as cores.

4 anos: É capaz de contar histórias e compreender regras de jogos simples.

5 anos: Forma frases completas e deve falar sem trocar as letras na fala.

6 anos: Aprende a ler e a escrever.

Existem alguns sinais de alerta, aos quais devemos ficar atentos, que são:

– Até 1 ano: Se a criança não responde ao seu nome; não balbucia grupos curtos de sons; não olha para as pessoas que falam com ela; não aponta nem faz sons para obter o que deseja.

– Até 18 meses: A criança ainda não diz nenhuma palavra ainda que incorretamente.

– Até 24 meses: A criança ainda não diz mais que uma palavra com clareza, não obedece a uma solicitação simples como, por exemplo: “Vem aqui na mamãe” ou não responde a questões simples como “sim” e “não”.

– Até 3 anos: A criança tem um vocabulário pobre, não produz combinações de palavras, não entende significados diferentes como “em cima/embaixo”, não consegue seguir comandos de duas etapas ou não percebe os sons do ambiente.

Caso perceba alguma alteração nesses marcos de desenvolvimento não hesite em procurar um fonoaudiólogo e conversar com o pediatra responsável pela criança. A precaução é sempre a melhor conduta a ser tomada. Lembrando que existem inúmeras variações no desenvolvimento de uma criança para outra. O que é normal para um, às vezes não é para outro. Cada um desenvolve de um jeito, portanto essas características podem sofrer variações de indivíduo para indivíduo. Não são regras. Por isso é necessário sempre conversar com um profissional para que ele dê um diagnóstico adequado.

Com amor,

Ana Maria Poças

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Da série mamãe fonoaudióloga: Gagueira Infantil, como lidar?!

Bom dia, pessoal!

Hoje o tema que abordaremos será a Gagueira. Como agir e o que fazer quando estamos diante de crianças que estão gaguejando.

É muito comum que durante o processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem algumas crianças passem por episódios de gagueira. A gagueira é uma disfluência caracterizada por rupturas involuntárias do fluxo da fala. Essa disfluência ocorre com mais frequência entre um ano e meio e cinco anos de idade e normalmente é sinal de que a criança está aprendendo a usar a linguagem de maneira nova. Assim como aparece, ela também desaparece como veio; do nada. Mas se persistir é necessário uma avaliação fonoaudiológica. Caso a criança tenha algum antecedente familiar de gagueira, outros atrasos na fala, características psicológicas predisponentes como timidez e ansiedade excessivas, essa disfluência pode evoluir para um quadro crônico que chamamos de gagueira do desenvolvimento, por isso a importância de procurar um profissional adequado. Para a gagueira existe tratamento e quanto antes o iniciar, melhor será o prognóstico. Procure um fonoaudiólogo se tiver alguma dúvida sobre a fluência da fala de seu filho.

Agora iremos aprender como lidar com os episódios de gagueira, o que é de suma importância para a evolução do quadro. Seguem algumas dicas do que NÃO devemos fazer para que a disfluência não seja potencializada e que não sejam causadas frustrações nos pequenos falantes:

* NUNCA peça para a criança parar de gaguejar

* NUNCA peça para ela pensar antes de falar

* NUNCA peça para ela respirar e ter calma

* NUNCA peça para ela começar a frase de novo

* NUNCA sugira que ela evite as palavras difíceis

* NUNCA responda pela criança ou complete suas frases

* NUNCA tente adivinhar o que ela quer dizer

Agir com calma e serenidade é o que devemos fazer, mesmo que o momento de gagueira cause aflição em quem escuta. Deixe que a criança diga o que quer e do jeito que quiser. O importante é sempre mostrar que você está disposto a entender o que ela quer dizer e se mostrar interessado na comunicação. Seja o exemplo de fala da criança, fale com ela sem pressa e com pausas frequentes, quando ela terminar de falar, espere alguns segundos antes de você começar a falar. Reduzir o número de perguntas, fazer comentários ao invés de perguntas sobre o que estão conversando, mostrando que você está prestando atenção, também ajuda muito. As expressões faciais e a linguagem corporal são riquíssimos demonstradores do seu interesse no diálogo, então abuse deles. Este momento de troca, de empatia, auxilia no aumento da autoconfiança da criança pequena, pois ela vai saber que quem está conversando com ela aprecia a sua companhia e a aceita como ela é. Além de esse momento ser bem sugestivo para que a criança expresse seus sentimentos e experiências, pois ela sente-se segura. Papais e mamães, façam com que isso se torne rotina na vida de vocês e acolham essas crianças que estão passando por essa disfluência. Seu papel é fundamental na evolução de seu filho!

O restante da família também deve aprender a escutar e esperar sua vez de falar, assim como as outras dicas aqui escritas. Cabe aos pais ensinarem a eles como devem agir. Para as crianças, principalmente para as que gaguejam, é mais fácil falar quando há poucas interrupções e quando contam com a atenção do ouvinte. E por fim, o mais importante, faça seu filho saber que você o aceita como ele é. O que realmente importa para ele é o apoio dos pais além de se sentir amado.

Com amor,

Ana Maria Poças

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Bibliografia:

Andrade, Claudia Regina Furquim de. Gagueira Infantil: risco, diagnóstico e programas terapêuticos. Barueri, SP: Pró-Fono, 2006.