#mamãefonoaudióloga: atividades de atenção e concentração

Bom dia!

Quem convive com os pequenos sabem que nem sempre é uma tarefa fácil conseguir que eles fiquem atentos a uma atividade ou que simplesmente prestem atenção no que você está falando, não é mesmo?!  Muitas das vezes damos ordens e nada deles obedecerem. Parece até que têm a audição e a atenção seletiva, só escutam o que querem. Parar por um instante só acontece quando algo os despertem mesmo o desejo de estarem ali, naquele momento.

Mas por quê são assim? Simplesmente pelo fato do cérebro deles estar a 1000 por hora. É como se eles fossem uma esponjinha jogada dentro de uma bacia de água e que quer sugar toda a água… Porém, precisamos da atenção e da concentração para promover o desenvolvimento dos nossos pequenos e os ajudarem a canalizar esse aprendizado da melhor forma possível. A atenção deve ser estimulada porque tem um papel fundamental para que o aprendizado ocorra e também porque é a base do desenvolvimento das outras capacidades psíquicas como a memória, o raciocínio e a imaginação. Uma das características da atenção é a concentração. A concentração da atenção implica em voltar sua atividade mental para um determinado espaço ou atividade.

Vamos ver como podemos ajudar os nossos pequenos a desenvolver essas habilidades tão importantes para o aprendizado?! Selecionei algumas brincadeiras usando muito pouco e que são fantásticas para estimular a atenção e a concentração. Olha só:

  1. Que tal um jogo de memória fugindo do tradicional. Este você faz com pratinhos de festa e canetinha coloridas. Só fazer pares utilizando a mesma cor da canetinha e o contorno das próprias mãos da criança.9da7fbf8ca7e473e502e19c1cf0ca5ca
  2. Aqui você vai precisar de um papel com quadradinhos coloridos desenhados de cores diferentes e círculos de papéis que têm as mesmas cores dos quadrados. Depois é só solicitar à criança que coloque os círculos na cor correspondente. 458152da211a2b713e97e992c33799a6
  3. Reciclando uma caixa de ovos e utilizando pecinhas de lego, você deverá fazer cartilhas que tenham o número e o formato exato da caixinha de ovos, e fazer cada quadradinho de uma cor diferente. desta forma a criança deverá reproduzir a sequência de cores na caixinha utilizando as peças de lego.20aadaf32068743748b01c80ade7083e
  4. Com um pedaço de papelão, você deverá desenhar uma sequência de formas geométricas e fazer utilizando outro pedaço as mesmas formas geométricas da sua sequência e recortá-las. Assim, é só solicitar a criança que as coloque em cima da forma correspondente.

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O legal é construir os brinquedos junto com os pequenos, pois, fazer com que eles participem de toda execução e planejamento da brincadeira estimula mais um monte de habilidades. Além disso, eles se sentem muito importantes e satisfeitos por ajudarem. Cada atividade dessas, além da concentração e da atenção, estimula também mais algumas habilidades como a coordenação motora, a linguagem, o raciocínio, o pensamento, a percepção tátil sinestésica, a percepção espacial, o conhecimento das cores, a lateralização, o conhecimento das formas geométricas etc. Brincar é sempre bom! É brincando que a gente aprende.

Com amor,

Fga Ana Maria Poças

CRFa 6-7185

PS.: As imagens do texto foram tiradas do Pinterest.

#mamãefonoaudióloga: O por que dos porquês?!

Bom dia!

Por que o cachorro come ração? Por que está de noite? Por que não existe mais dinossauro? Por que o Batman não voa? Por que isso mamãe? Mas por que, papai? Chegamos na fase dos porquês do Raul… Confesso que muitas das vezes minha criatividade já não permite mais atender às suas perguntas e as respostas acabam resultando em mais perguntas sem respostas. Lembro-me que na faculdade tive algumas aulas sobre as fases de Jean Piaget, para quem não conhece foi um psicólogo e educador suíço, que descreve as fases que as crianças vivenciam. Mas somente agora as venho entendendo e vivenciando, na prática, cada uma delas.

Jean Piaget nomeia essa fase dos porquês como período pré operatório e é justamente nessa idade entre três e quatro anos que ela costuma aparecer. O período pré operatório é também chamado de estágio da Inteligência Simbólica, pois, é a fase em que as crianças conquistam a capacidade de criar imagens mentais sem que elas estejam presentes. Elas conseguem observar e sentir muito mais estímulos do que conseguem entender, por isso os porquês. Perguntam o porquê devido a essa incansável busca pelo conhecimento e entendimento. A criança quer entender, perceber, conhecer a si mesma e aos outros, perceber o comportamento, perceber as regras, os modos de agir, o mundo que a cerca … E nós, pais, somos os escolhidos para responder aos seus porquês por sermos os seres que elas têm mais confiança. Muitas das vezes é chato a situação que elas nos colocam, com a insistência de uma resposta, principalmente porque alguma das perguntas não têm respostas, já que fazem parte do mundo imaginário da criança. A paciência tem que ser mesmo muito grande. Mas gostaria de deixar claro que eles não fazem por mal, é que eles se encontram em um processo permanente de desenvolvimento pessoal que deve e merece ser respeitado se não quisermos que elas se sintam desestimuladas e parem com a vontade de descobrir o mundo que as cerca. Além dessa fase ser muito importante para o aprendizado em geral dos pequenos. As respostas dessas perguntas devem ser claras e objetivas, sem muitas firulas. Devem seguir o raciocínio e a idade da criança, em uma linguagem adequada à idade dela, com um vocabulário de fácil compreensão. Isso vai facilitar as dúvidas que elas têm e clarear a cabecinha que está a mil por hora nessa fase.

Então é isso, pessoal! Paciência… muita paciência! E vamos contribuir para a formação dos nossos pequenos da melhor forma possível, incentivando-os a se tornarem pessoas melhores a cada dia e contribuindo para a sua formação pessoal.

Com amor,

Ana Maria Poças.

CRFa 6-7185

#mamãefonoaudióloga: atividades de sopro

Bom dia!

Este será o primeiro texto de dicas da série #mamãefonoaudióloga de atividades para crianças que nasceram com fissura labiopalatina. Hoje falaremos sobre os benefícios dos exercícios de sopro e por que devemos estimular as crianças a soprarem. Ah… não serve exclusivamente para as que nasceram com fissura, todas as crianças podem e devem fazer para estimular.

As crianças que nasceram com fissura labiopalatina têm uma dificuldade em conseguir soprar, ou seja, conduzir o ar somente para a cavidade oral. Se a criança não for operada ainda, o motivo delas não conseguirem conduzir o ar somente na boca se deve ao simples fato do palato (Céu da boca) estar em comunicação com a cavidade nasal (narinas). Porém, se já forem operadas pode ser que o palato ainda precise de uma forcinha para se movimentar ou a criança ainda precise de tomar consciência de quando e como o ar deve passar pela boca ou pelo nariz. O sopro é um dos exercícios que mais trabalha todos estes aspectos, seja o da musculatura velofaríngeo e da percepção e sensação tátil sinestésica.

Vamos às dicas de atividades que promovem o nosso objetivo geral de hoje?!

  1. Utilizando um canudinho e uma bolinha de isopor (ou outra bolinha leve que você tenha em casa) você pode pedir a criança que sopre a bolinha até o alvo final. No caso dessa foto abaixo o alvo foi um copo plástico pregado na beirada da mesa com um durex e o canudinho foi substituído por um cone de papelão. Esse é um modo com dificuldade de sopro mais avançado, depois que a criança já esteja conseguindo soprar com canudinho é legal ir dificultando. Outra opção dessa atividade é fazer caminhos a serem seguidos pela bolinha, ou seja, a criança vai guiando a bolinha com o sopro percorrendo por todo o trajeto.6a8e620c23464fff4f047852dfc9dbf6
  2. Faça barquinhos de papéis pequenos e encha uma bacia de água. Peça a criança que movimente os barquinhos com o sopro. Para aumentar a dificuldade você pode trocar os barquinhos de papel por barquinhos de rolhas de vinho ou de espuma.barquinhos5-j.iadosnegros
  3. Mais uma atividade com canudinho, mas desta vez precisa de tintas.  A criança já precisa saber soprar nesta atividade para não acontecer dela sugar ao invés de soprar a tinta. Utilizando uma folha em branco, peça que a criança molhe o canudinho na tinta (que você deverá ter diluído um pouquinho em água) e depois sopre na folha. Ou também pode-se colocar na folha um pouco de tinta e pedir que a criança espalhe a tinta com o sopro. As duas maneiras são bem legais! A criatividade nessa atividade é muito trabalhada e as crianças adoram ver os seus quadros sendo formados!straw-painting-instagram1
  4. Bolinhas de sabão. Você pode utilizar os fazedores de bolhas prontos que encontramos em muitas lojas de brinquedos ou fazer com um pedaço de aranhe, um canudinho mais grosso ou com uma garrafa pet cortada e fazer bolhas gigantes. A criançada adora! Raul ama fazer bolhas!mouse2
  5. Utilize instrumentos musicais como flautas e gaitas para estimular não somente o sopro como também a musicalização da criança. Olha esse instrumento de sopro feito com canudinhos, que máximo!8a0683cc95d3344c8ca8695ff8ecd7cf

Com amor,

Fga Ana Maria Poças

CRFa 6-7185

 Ps.: As imagens do texto foram tiradas do Pinterest.

Maternidade diabética, segundo trimestre – por Deborah Patricio

E o 2° trimestre passou! Engraçado, todo mundo diz que é a fase mais tranquila, que é a lua de mel da gestante, mas pra mim não foi, não. Pode ser pelo fato de eu não ter sentido nada no 1° trimestre… Só sei que o 2° me assustou um pouco.

Tive alguns episódios de taquicardia, falta de ar, dormência do lado esquerdo do quadril, dores nas costas, aumento do triglicérides e minha visão um pouco afetada. Fiz o eletrocardiograma e deu normal, o incômodo cardíaco durou só cinco dias. A dormência ainda permanece, toda vez que fico deitada em cima do lado esquerdo, aí vocês já viram, né?! A hora de dormir é um vira vira danado. As dores nas costas não têm como fugir, e elas só veem piorando… =/ O que ajuda um pouco são as massagens que meu marido faz diariamente. A falta de ar também não passou. É só me deitar de barriga pra cima ou me  esforçar um pouco além do que o de costume que pronto, fico parecendo uma sedentária. Por isso a importância do exercício físico desde o começo da gestação, pra já irmos condicionando nosso corpo para essa fase. Minha endocrinologista pediu que eu fizesse uma visitinha ao oftalmologista, porque apesar de ser comum a gravidez prejudicar um pouco a visão, não podemos esquecer que sou diabética e isso pode piorar o meu quadro. Marquei a consulta com um especialista em retinoplatia diabética e depois volto aqui pra contar!  Volto a enfatizar a importância de estarmos com uma saúde plena para planejarmos uma gravidez, pois a gestação altera demais nosso metabolismo e suas funções em geral. As diabéticas então… já sabem, é tudo mais complicado! Mas sem desanimar, não tem nada impossível!

Problemas cardíacos nos bebês de mães diabéticas são mais comuns, então tive que fazer dois ultrassons para verificar como anda o sistema cardíaco do Lorenzo. Os exames foram: Ecodopplercardiografia fetal e o ultrassom obstétrico com perfil biofísico fetal e doppler colorido. Os dois tiveram ótimos resultados, o coração do meu baby está ótimo! O que me assustou um pouco foi o tamanho que o Lorenzo está, e como o bebê diabético tem tendência a ganhar muito peso, inchar demais, qualquer coisa que o médico que realiza o ultrassom fale, a gente já desespera… risos… Bastou o médico dizer que eu estava com um menino grandão na barriga para eu achar que tinha algo errado. Mas minha obstetra disse que está tudo bem, ele está dentro do padrão normal de crescimento. UFA!

Bom, tudo encaminhando para uma boa hora, minha hemoglobina glicada permanece dentro do desejável e já reorganizei minha alimentação para melhorar meu triglicérides, mais aveia e frutas e menos gorduras em geral, agora vai! Logo mais eu volto para contar como foi com o oftalmologista!!

Abraços.

Deborah Patricio Romero

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Processo de adoção – Entrevista com a psicóloga

Bom noite!

Na segunda-feira passada fomos a entrevista com a psicóloga na Vara da Infância daqui de BH, onde corre o nosso processo para habilitação. Este é o último passo antes do parecer do juiz. Mas estamos tão confiantes que já saímos de lá achando que tudo dará certo.

Essa última conversa foi bem diferente das experiências que tivemos durante todo o processo. Até comentei aqui que todos os outros passos pareciam mais para fazer desistir quem ainda tinha algum resquício de dúvida quanto a adotar… ontem não! A psicóloga foi super serena e passou muita confiança para a gente. A conversa girou em torno do nosso perfil e sobre preconceito. Acho que chegou o momento de comentar a respeito do nosso perfil por aqui… muitas pessoas nos abordam perguntando a respeito do nosso perfil e se já conhecemos a criança que pretendemos adotar. Então… a nossa filha poderá vir de qualquer cor ou raça e poderá vir também com doenças tratáveis e com a idade entre 1 e 4 anos. É um perfil bem diferente dos outros que estão na fila o que foi motivo de muita conversa tanto por parte da assistente social, na primeira entrevista, quanto por parte da psicologa, nessa entrevista. Diante desse perfil, é quase certo de que a nossa filha já esteja abrigada. Por essa razão, a psicóloga nos informou sobre as características mais comuns das crianças que estão no abrigo e quais as doenças mais comuns, e não poderia deixar de ser as respiratórias, seguido de problemas visuais e ortopédicos. Além disso, a maioria das crianças apresentam um atraso no desenvolvimento geral devido a falta de estimulação, por estarem em um abrigo ou pela história regressa mesmo. Ah… é importante também salientar que doenças tratáveis não significa necessariamente doenças curáveis, ok?! Fomos alertados também que as crianças  adotadas, muitas vezes, precisam de apoio psicológico para lidarem melhor com a adoção. Apesar de muitas pessoas optarem por meninas, a maioria quer meninas brancas e saudáveis, por isso poderemos passar na frente de muitas pessoas na “fila”. Na verdade a fila não existe. O que exite são crianças disponíveis e que são encaminhadas de acordo com o perfil que os pais esperam. Vamos ao exemplo: existe um menino branco, com doença tratável com um irmão. O primeiro no cadastro da fila da adoção está para independente de sexo, sem restrição de cor porém colocou criança saudável e sem irmãos, logo essa criança vai para o próximo da fila até encontrar alguém que colocou doenças tratáveis e que aceitam irmãos. Só um exemplo para ver como funciona na verdade aqui em BH. Ou seja de nada adianta você ser o primeiro da fila, sendo que o seu perfil não bate com a criança que está disponível, pode ser que você entre agora no processo e seja chamado antes de uma pessoa que já está a mais de dois anos na fila.

Da mesma maneira como foi com a assistente social, fui eu primeiro a conversar com a psicóloga, depois o Rodrigo e por último nós dois juntos. Recebemos a orientação que podemos ser chamados por qualquer outra dupla de assistente social e psicóloga para conhecermos a nossa pequena, não significa que serão elas que nos conduzirão até o final da nossa adoção. Também foi falado sobre a aproximação da nossa família com a criança que nos será apresentada, mas esse é um tema para um novo post… Enfim, foi muito válido esse passo e temos certeza que fizemos a escolha certa para aumentar a nossa família!

Com amor,

Ana Maria.

Introdução do tema adoção – Uma abordagem diferente

Bom dia!

Para ajudar aos papais que estão passando pelo processo de adoção, para professores, cuidadores e para todos que vêem a real necessidade da inserção do tema na vida dos pequenos, reuni algumas opções de filmes que são destinados aos pequenos e que abordam o tema em questão. Eu acho ótimo introduzir de forma lúdica para que eles entendam e formem a própria concepção do que significa. Vamos lá:

Filmes:

  • Superman
  • Batman
  • Homem-aranha
  • Megamente
  • Meu malvado favorito (Um dos meus favoritos!)
  • O bom dinossauro
  • Kung Fu Panda
  • Mogli o menino Lobo
  • O paizão
  • O pequeno Stuart Little
  • O príncipe do Egito
  • Tarzan
  • O pestinha
  • Matilda
  • Lilo e Stitch
  • Free Willy
  • Bernardo e Bianca
  • O pestinha
  • Tartarugas Ninjas

Nesses exemplos que citei, a adoção aparace de forma direta ou indireta na história mas em todas elas o assunto é abordado positivamente. Até mesmo no “Meu malvado favorito” em que Gru adota as três irmãs (Margo, Agnes e Edith) a principio para realizar seu plano, mas que no fim das contas acaba por se apaixonar pelas meninas. Eu acredito ser muito interessante fazer essa conexão com filmes, pois é um meio em que eles se sentem confortáveis. Além disso, qual criança não gostaria de ser como o Superman… risos…

Como estamos fazendo por aqui?! Nós assistimos juntos e quando passa alguma cena a gente faz uma ligação com a nossa vivência. E no decorrer dos filmes a gente conversa sobre o assunto de forma suave e positiva. Penso em fazer dessa mesma forma quando a nossa filha estiver com a gente. Vamos fazer o mesmo trabalho com ela, assim como estamos fazendo com o Raulzito.

Espero que esses filmes sejam facilitadores de introdução do tema para os seus pequenos também.

Com amor,

Ana Maria.

 

 

 

 

A preparação do Raul para a chegada da irmã

Bom dia!

Quem ainda não sabe e não está por dentro do assunto… Rodrigo, Raulzito e eu vamos adotar uma menina. Desde que começamos com o processo, aliás antes mesmo de começarmos, já vínhamos conversando com Raul a respeito de irmãos. Nunca o escondemos nada e sempre falamos muito diretamente com ele, como se estivéssemos conversando entre adultos, explicando e o envolvendo com o assunto.

Para que ele possa entender o que realmente é uma adoção, inserimos esse tema de forma lúdica mostrando em forma de filmes, contando histórias e criando situações para que ele possa entender o que realmente significa. Em breve postarei uma lista de filmes e livros que estamos utilizando aqui com o Raulzito e que pode servir para a inserção do tema para os pequenos. Acredito ser de suma importância não só para pais adotantes, mas para qualquer criança, para que ela entenda que isso existe e que faz parte do processo de construção da família. Acredito também que a inserção dos pequenos no tema adoção na infância possa melhorar o preconceito que ainda assombra a população. Eu também utilizei um facilitador que foi a adoção de animais e acho que esse exemplo foi bem bacana e palpável para que ele compreendesse o assunto. Pelo que conversamos com o Raul e vemos nas ações e na fala dele, ele entendeu  o que é e até participa das conversas, dando sua opinião… risos. Ele é uma criança que dá pitaco em tudo! Às vezes quando estamos, Rodrigo e eu, conversando ele vem lá de dentro do quarto falando alguma coisa sobre o que estamos conversando. Deu palpite até na idade da irmã usando a seguinte frase “Mamãe bebê não! Quero ela para brincar comigo!” Como já estamos acostumados com ele e seus palpites… risos… olhamos para ele e falamos, “Tudo bem filho, também preferimos que ela venha maior”. A cada passo do processo nós sentamos e conversamos. No dia da visita da assistente social aqui em casa, quando a campainha tocou ele me perguntou “Mãe é a moça que vai trazer minha irmã?” Além desse cuidado de o inserirmos em tudo, procuramos sempre estar estimulando ele a imaginar situações quando a irmã estiver entre a gente, como quando estamos passeando de carro falamos “Raul onde a sua irmã vai sentar quando tiver passeando com a gente de carro?” ou quando falamos em assistir algum desenho animado ele escolhe o que ele quer e eu logo em seguida pergunto qual desenho ele acha que a irmã vai gostar de assistir etc. Conversamos também com a família e amigos para sempre que puderem colocar o assunto adoção e irmã nas conversas com o Raul, assim acredito estar sendo uma contribuição de grande valia para a preparação dele. Este fim de semana passado, ele nos surpreendeu quando estava brincando com uma moto elétrica que ele tem. Ele estava dando voltas aqui pela sala de casa quando parou a moto perto de mim e falou “Mamãe quando a minha irmãzinha chegar eu vou andar de moto junto com ela. Ela vai sentar aqui na ´minha trás` e eu vou dar muitas voltas com ela.”

Penso estarmos fazendo um bom trabalho. Muitas pessoas me questionam se eu não tenho receio dele ter ciúmes quando ela chegar. Claro que tenho! Mas pelo que vejo isso é comum. Assim como acontece com irmãos biológicos. A minha maior preocupação era ele não entender o que era adoção e esse assunto já está bem resolvido por aqui. Agora é esperar e ver a reação dos dois quando se verem e essa é a nossa maior ansiedade. Vai ser um dia muito almejado por nós três. Estamos confiante que tomamos a decisão certa e que a nossa família só tem a ganhar com a chegada dessa nova integrante que esta sendo muito esperada e que receberá todo o nosso amor!

Com muito amor,

Ana Maria.

Artes Marciais para crianças

Bom dia!

Desde que Raul completou 2 anos e 3 meses percebemos que ele já estava com uma necessidade de interação maior com outras crianças além de desenvolver algumas virtudes como a disciplina e o respeito. Como ainda achava cedo demais para colocá-lo em uma escola e ainda não tinha decidido nem qual método ele iniciaria sua vida escolar, optamos por uma atividade que ele tivesse que ir pelo menos duas vezes por semana, que tivesse convivência com outras crianças e que abordasse algumas dessas virtudes que buscamos para ele.  Também tivemos o cuidado de observar o que ele mais gostava e tinha interesse, porque a atividade para a criança tem que ser prazerosa. Ele ama luta, desenhos com Samurais e super-heróis, logo, pensamos em alguma arte marcial.

Fui em busca de escolas que aceitassem crianças pequenas com menos de 2 anos e meio e não foi uma tarefa fácil, a maioria das escolas aceitam crianças maiores de 4 anos. Consegui uma escola no bairro Ouro Preto em BH que se chama Full House. Foi lá que matriculamos Raulzito desde fevereiro desse ano e não pretendemos tirá-lo, a não ser por vontade dele. O professor tem um carinho tremendo com as crianças e uma percepção fantástica do que cada um dos seus alunos precisa. As aulas são super lúdicas e as crianças são super estimuladas. As aulas acontecem duas vezes por semana com duração de 40 a 50 minutos, dependendo do rendimento da turminha. Os benefícios que nós, pais do Raul buscamos com as artes marciais são: melhoria e desenvolvimento da coordenação motora, raciocínio, interação, respeito ao próximo, disciplina e autocontrole. Eu percebo que as aulas são muito mais que isso, ao meu olhar de terapeuta vejo o professor trabalhando também outras habilidades como lateralidade, coordenação motora grossa e fina, equilíbrio, cores, linguagem, audição, raciocínio, lógica, perseverança, concentração…  Se você sentar para assistir as aulas sai com uma folha de habilidades que foram trabalhadas.

As aulas do Raul ainda não são definidas em modalidades como Karatê, Taekwondo, Judô… A modalidade dele chama Introdução as Artes Marciais. O professor, mais pra frente, vai indicar com a ajuda do aluno em qual modalidade ele se encaixará melhor, ou seja, juntos decidirão se vai praticar  Judô, Taekwondo, Karatê etc. A torcida do pai é para que ele goste do karatê, já a minha é que viva nesse universo dos Samurais. Sou fã mesmo da filosofia e do estilo de vida que fazem parte desse universo. O meu desejo é que o Raul se torne um homem do bem, com respeito ao próximo, com autocontrole e disciplinado.

Com amor,

Ana Maria.

 

Processo de adoção – Entrevista com a Assistente Social

Bom dia!

Passamos por mais um passo do nosso processo da adoção da irmã do Raul. Sim, será uma menina! Nós já escolhemos o nosso perfil e estamos aguardando a nossa princesa. Raul já está esperando por ela. Estamos inserindo sempre o assunto da chegada de uma irmã aqui em casa, em todos os aspectos. Logo escrevo um post só contando como está sendo esse processo de preparação do Raul para a chegada da irmã. (Já adianto que irei buscar ajuda da nossa psicóloga Marcelle Camargo para que escreva algo sobre o assunto por aqui também… Viu, Má?! HELP! risos)

Decidimos por menina por querermos um casal de filhos. Quero ter a experiência de criar e educar um menino e uma menina. Durante a gestação do Raul eu pedia muito a Deus que me enviasse um menino, porque meu sonho era ser mãe de um. Minha família por parte de mãe só tem meninas. Precisava de um mundo um pouco mais azul. risos… E veio meu pequeno príncipe. E agora como temos o “poder” da escolha, optamos por uma menina. Penso que deve ser muito bom ter as duas experiências e por isso a escolha. A faixa etária está entre 0 e 3 anos, mas na última visita optamos por mudá-la.

Sobre a entrevista que foi agendada em uma sexta-feira as 13:30, na Vara da Infância daqui de BH, só tenho para falar que é muito tranquila quando se tem a certeza do que você está fazendo. Essa etapa é um divisor de águas no processo, pois quem ainda tem alguma dúvida acaba desistindo de tantos “e se?” que aparacem em todos os passos. Pois bem, a assistente social foi muito fofa! Quando se trata de um casal que pretende adotar a entrevista acontece da seguinte forma, a assistente social conversa com cada um separadamente e depois com os dois juntos, focando mais no perfil da criança. Questões como por exemplo: como foi sua infância, como foi sua adolescência, como conheceu seu marido, sua renda, seu horário de trabalho e sobre o seu trabalho são abordadas. Além das questões explicativas sobre o processo em si e as que te fazem refletir sobre o seu perfil de adoção. Achamos bem legal, apesar de um pouco cansativo, ficamos 2 horas divididas entre essas três etapas que já mencionei. Mas penso ser de grande valia tanto para a vara da infância que pode conhecer melhor os pretendentes quanto para nós, pois algumas questões levantadas pela assistente social nos faz refletir e até mesmo repensar alguns aspectos. Uma questão que foi bem questionada nessa entrevista foi o desejo de adotar, já que somos um casal jovem e que pode ter filhos biológicos. Segundo a assistente social, somos um casal atípico. risos… Essa indagação não vem só dela, muitas pessoas já nos perguntaram e tenho certeza de que irão perguntar muito ainda. Mas… o que está no coração não cabe explicação. Bem, no final da entrevista nos foi entregue um questionário para preenchermos e entregarmos na nossa próxima visita que será com a psicóloga de lá. Esse questionário é para a nossa inserção no Cadastro Nacional de Adoção.

A outra entrevista deverá acontecer no mês que vem, pois a psicóloga que está com o nosso processo está de férias. Ahhh só mais uma observação… antes de entender do processo eu pensava como a maioria das pessoas que estão por fora de como funciona mesmo uma adoção, que é um processo bem burocrático. Hoje já penso bem diferente. Sou mãe e penso nas crianças que estão lá nos abrigos e que já passaram por cada coisa que nós nem imaginamos… é óbvio que tem que ser bem criteriosa mesmo a investigação dos novos pais, pois nem mesmo com tantas entrevistas as crianças estão livres de pessoas maldosas. Quando você está no processo você escuta cada barbaridade que parece filme de terror. Elas merecem ser felizes e merecem pais de verdade, não é mesmo?!

Com amor,

Ana Maria.

Processo de adoção – A visita técnica

Bom dia!

Após o curso da adoção a ansiedade correu solta dentro do meu coração, afinal está cada vez mais perto do(a) nosso(a) segundinho(a) chegar. O prazo que nos deram para a visita acontecer foram de dois meses, mas com duas semanas e dois dias ela aconteceu.

Na segunda feira retrasada recebi uma ligação às 08:00 horas da manhã, da vara da infância, agendando a visita técnica para o dia seguinte. Nessa noite eu quase nem dormi direito só pensando no dia seguinte… Ah como mãe sofre, né!? risos… Chegado a terça-feira de manhã, o horário marcado era às 08:30h e o Rodrigo estava em casa até umas 08:40, mas não pôde esperar porque justamente nesse dia ele tinha uma reunião de trabalho. Ficamos então Raul e eu a espera da técnica que chegou logo que Rodrigo tinha saído de casa. Questão de minutos… Eu a recebi sozinha, porque o Sr. Raul estava no seu horário de assistir vídeos no tablet e nada de querer dar a graça de sua presença. Só apareceu na porta do quarto e logo voltou pra terminar de assistir seus desenhos animados. Voltando a visita… a conversa foi bem tranquila, a técnica nem andou pela nossa casa. Já foi entrando e falando: “Que legal, vocês fizeram um loft!”. Meu coração nessa hora aliviou. Pensei: “Ufa! Ela gostou da nossa casa!” Ela até fez cafuné nos meus dois filhos caninos e foi logo sentando a mesa e me perguntando sobre o nosso perfil, se tinha mudado alguma coisa e me pedindo para ligar para duas pessoas. Me deu liberdade para que eu ligasse para qualquer pessoa que eu quisesse para ela conversar sobre a nossa família e sobre como era o nosso relacionamento como casal. Após o telefonema, me perguntou onde colocaríamos a outra criança para dormir, sobre minha profissão e pronto. Nos despedimos e ela me disse que iria terminar o nosso relatório e nos encaminhar para o próximo passo.

A ansiedade acabou assim que a moça passou por aqui. Ela transmitia muita paz e serenidade. Me deixou bem mais tranquila e confiante no nosso processo. Até o nosso próximo passo, pessoal.

Com amor,

Ana Maria.