Menos sempre é mais

Boa noite!

Muitas vezes me pego olhando para o Raul e vendo meu pequeno se tornando um rapazinho. É fato que eu não tenho mais um bebê em casa. Já é uma criança de três anos que há muito tempo já tem suas próprias vontades, já escolhe suas próprias roupas e sabe expressar seus sentimentos cada vez mais certeiros para que quem esteja ao seu lado entenda o que exatamente o está incomodando. A cada dia que passa percebo mais que as crianças não precisam de muito para serem felizes e bem desenvolvidas.

Um simples cadarço que ele acabou de tirar de um tênis vira uma corda para pular, ainda que não funcione exatamente bem, ele não se importa e pula como se estivesse mesmo com uma corda enorme. Um sofá fora do lugar com uma manta jogada por cima vira uma cabana onde ali embaixo saem as mais variadas vozes e sons de bichos, onde ele imagina e me chama para entrar na floresta dos dinossauros. Na maior inocência me convida “Vem mamãe, entra na cabana, os dinossauros estão vindo!” Um banho na bacia de lavar roupas e alguns brinquedos já fazem a felicidade enorme do meu pequeno, se ele pudesse ficaria horas debaixo do chuveiro imaginando uma enorme cachoeira ou uma tempestade que os barcos precisam enfrentar. A imaginação das crianças é algo fantástico! Elas vivem com tanta intensidade dia após dia que muitas vezes, nos meus mais exaustivos dias, ao deitar e ver meu pequeno adormecido ao meu lado, com aquela carinha de anjo dormindo, eu peço perdão. Perdão por ter me aborrecido, ter me cansado, ter brigado, ter colocado de castigo, não ter correspondido a um pedido de entrar na sua cabana, ter tido um ataque de fúria quando ele começa com as suas birras… Meus pensamentos voam quando meu olhar encontra aquela criaturinha que me fez e faz enxergar o mundo com outros olhos.  Um ser que me deu um coração maior e melhor.

A simplicidade e o minimalismo de uma criança é um exemplo que devemos seguir, devemos pegar como filosofia de vida! Uma criança não precisa de brinquedos caros e nem roupas de grifes estrangeiras para ser feliz. Ofereça uma lata cheia de arroz ou de pedrinhas, ou  então embalagens variadas para você ver do que elas são capazes de fazer. Roupas!? Muitas vezes as que custam R$ 9,99 fazem mais sucesso do que as que custam R$ 99,99. Será mesmo que precisamos dar presentes ou estar presentes? Será que estamos sendo o melhor que podemos ser pros nossos filhos? Será que estamos sendo o exemplo que queremos que eles sigam? Será que somos os pais que almejamos? Estas perguntas eu sempre me faço… e sempre chego a conclusão que tenho que melhorar, que posso me controlar mais, aprender mais, a me doar mais. E por ele, pelo meu Raul, sempre estou em busca do meu melhor.

Com amor e muita gratidão,

Ana Maria.

O que esperar quando se está esperando, na “fila”

Bom dia!

Aconteceu algo bem bacana… Esses dias me peguei pensando no título daquele livro O que esperar quando você está esperando, que por sinal eu ainda não li, e me deu um clique de escrever um texto sobre o que esperar quando se está esperando na “fila”… da adoção! Um dia após de ter tido essa ideia recebi um email do blog Sobre Adoção, onde a Joyce, autora do blog, tinha escrito um texto justamente com o mesmo título que eu havia pensado no dia anterior… Será isso coisas de mamães grávidas do coração!? risos…

Na gravidez do Raul eu sabia (mais ou menos) o que esperar, por exemplo sabia que ele iria chegar no final do mês de agosto de 2013, sabia que seria um recém nascido que logo estaria em meus braços, já esperava como ele seria fisicamente, e já até sabia que ele seria um menino bem enérgico e bravo pelo jeito que ele mexia na minha barriga. Mas na gravidez da “Luna”, eu não tenho muito o que esperar… são muitas incertezas! Lendo o texto da Joyce fiquei pensando no que eu realmente estava esperando… como estou lidando com essa espera sem tempo demarcado, sem saber ao certo como será minha filha, com quantos anos ela irá chegar, qual será o nome dela, se ela vai ter manias, do que ela vai gostar, se vai gostar de mim e do meu marido… e o que eu mais fico pensando é se ela e o Raul vão se dar bem…São tantos pensamentos que se você não tiver um certo controle psicológico, acho que dá pra pirar um pouquinho. risos…

O que eu percebi com esse tempo desde quando demos entrada com os papéis é que não adianta a gente estressar… a adoção demora mesmo! Demora muito para sair a habilitação, demora muito para que eles deem entrada com seu nome no cadastro de adoção e alguns pais relatam que demora muito pra que seu filho chegue até você. Outra coisa que percebi é que não adianta você criar expectativas… Não adianta você querer estimar um tempo porque esse tempo não existe, minha filha pode chegar daqui um mês ou demorar anos. O que cabe a mim é acreditar que tudo vai dar certo e que vai ser da melhor forma possível, demorando ou não! Confesso que a ansiedade bate muitas vezes, principalmente quando eu penso que já tem quase um ano que demos entrada com os papéis e só agora estamos habilitados. Eu fico pensando, se demorou esse tempo todo para entrarmos na “fila” imagina quanto tempo mais vou ter que esperar para que ela chegue!?

Enquanto esperamos, estamos tornando essa espera agradável. Assim como fizemos na gravidez do Raul, estamos preparando aos poucos a nossa casa para a chegada dela. O quarto do Raulzito em breve sofrerá algumas mudanças para colocar mais uma cama e o guarda roupa para caber mais roupas. Raul ganhou um novo espaço para os brinquedos na nossa sala para sobrar espaço no quarto. A nossa rotina da casa foi mudada. Elaborei uma nova rotina para todos e principalmente para mim com minhas tarefas de “dona de casa” e do meu trabalho, assim já me preparo para ter duas crianças em casa, o que imagino que não seja uma missão fácil, uma vez que será apenas o Rodrigo e eu para dar conta de tudo por aqui. Raulzito está experimentando essa nova rotina e temos nos saído bem! Estou pronta para a chegada da princesa!

Ah! Só queria fazer uma observação, Luna seria o nome que daríamos se pudéssemos escolher o nome de nossa filha. Para Raul entender melhor e ser inserido no assunto com mais clareza, a tratamos aqui em casa de Luna. Se vamos poder colocar esse nome ou não, isso só poderemos saber quando ela chegar… mas de qualquer forma é assim que a chamaremos, mesmo que seja em apelido!

Com amor,

Ana Maria.

A meditação na vida dos pequenos

Bom dia!

A meditação está a cada dia ganhando mais adeptos, seja para conseguir relaxamento, autocontrole, autoconhecimento, saúde plena… enfim, são inúmeros benefícios que ela proporciona. Sabendo disso e já com comprovação científica de que a meditação é muito importante para a nossa vida, por que não inseri-la na vida dos nossos pequenos?!

Desde que conheço o meu marido ele vem pra cima de mim com o assunto meditação…  e olha que eu conheço ele tem uns 20 anos… ele sempre insistiu para que eu adotasse a prática, por fim nesse ano comecei a praticar e confesso que foi bem difícil no início. Parar por 5 minutinhos era muito complicado para uma mãe de primeira viagem, que além de mãe, é dona de casa e fonoaudióloga nas horas vagas… risos. Mas com um pouco de força de vontade e disciplina estou conseguindo tornar a prática diária e inseri-la na vida do meu Raul também. Estou observando que estamos todos aqui em casa muito mais leves, concentrados, relaxados e com muito mais sintonia.

Além dessa percepção dos resultados positivos na minha própria vida e no nosso convívio familiar, deparei com o interesse do Raul em acompanhar o nosso ritual de meditação. Raul está em uma fase de querer ser igual ao pai em tudo, quer ajudar e participar de tudo o que o pai faz, logo pensamos em por quê não ajudá-lo a praticar também?! Fui então pesquisar quais eram os benefícios para as crianças e o que achei foi resultados muito positivos, principalmente na melhora da concentração e no equilíbrio psicológico. A meditação ajuda a acalmar nossos pensamentos, controlar nossas emoções, desenvolve a nossa atenção naquilo que desejamos e nos auxilia a ter foco em nossas ações diárias. Achei em um artigo alguns pontos bem interessantes que também são trabalhados e incentivados, entre eles a responsabilidade, a autoestima, a ansiedade, o estresse e o sono. Além, é claro, dos aspectos fisiológicos que resultam na melhoria da saúde em geral.

Descobri também, e fiquei extremamente feliz, que algumas escolas aqui no Brasil já estão adotando a prática na grade curricular. Achei o máximo! Devido a todos esses benefícios, penso ser essencial uma escola ter um momento de meditação para que as cabecinhas dos pequenos se organizem e assim promova um melhor aprendizado. Seria  demais desejar que todas as escolas adotassem!? Enquanto isso ainda não acontece, experimente fazer em casa com o seu pequeno. Você não irá se arrepender! Os resultados são muito bons e os frutos vão se tornando cada vez melhores a cada dia. Com o Raul começamos com  30 segundos, o que pra uma criança de três anos é uma eternidade… risos.

Com amor,

Ana Maria.

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Raul fez #3

Bom dia!

Raul já passou pelo seu terceiro aniversário e parece que foi ontem que eu me descobri grávida. Após 1 ano e 6 meses tentando engravidar… a angústia de não  conseguir engravidar após 4 ciclos de indutor de ovulação, escutar de uma médica que não sabia mais o que fazer pois meus ovários não respondiam ao tratamento, ficar 1 ano e 6 meses sem menstruar e se ver no espelho como um rosto cheio de espinhas… realmente só para quem passa isso sabe o que estou falando. A busca do positivo é desgastante para muitas mulheres. Muitas vezes é complicado e sofrido responder a perguntas como essa: ” E o bebê, quando vem?”…

Hoje em meu momento de meditação, fechei meus olhos e relembrei todas essas vivências e eu só pude agradecer. Agradecer por ter demorado para engravidar, por ter mudado de cidade por um período (e acho que isso me ajudou muito emocionalmente), por ter sido o Raul o enviado para ser meu filho, por ele ter nascido com fissura labiopalatina e por eu ter me redescoberto como fonoaudióloga… enfim, por eu ter me tornado mãe, a minha melhor parte dessa vida. Tudo o que passei teve um porquê… fez sentido. E com toda a certeza Deus não faz nada errado. Esse tempo pela espera do Raul me fez uma pessoa forte. Raul só me ensina coisas boas, me ensina a ser melhor a cada dia, me ensinou a amar alguém incondicionalmente, a ajudar ao próximo, a viver um dia de cada vez, a aprender que na vida tudo acontece em seu tempo, que eu não sou dona de ninguém e que todo mundo é livre para ser e se tornar o que quiser. A minha vida nesses três anos tem sido de aprendizado… um aprendizado constante. Estou aprendendo o verdadeiro sentido da vida, o que eu vim fazer aqui e o que eu sou capaz de fazer… e isso eu devo a meu pequeno. Um pequeno que aos olhos de muitos, e até mesmo dos meus, era frágil de aparência mas que na verdade sempre teve uma saúde de ferro e é o ser humano mais forte que eu já conheci. Passou com perfeição por duas cirurgias em 14 meses de vida. Eu?! A mãe que sofria horrores por imaginar o que eu poderia passar por alguns contratempos com seu filho, não vivenciei nada do que imaginei… Tudo é tão diferente, tudo tão suave… Deus vem cuidando da gente em todos os momentos. Me proporcionou uma maternidade linda e cheia de aprendizagens. Nesses três anos só tenho a agradecer por ter sido a escolhida para ser a Ana Maria, filha do Sérgio e da Cida, irmã da Mariana, esposa do Rodrigo e mãe do Raul.

Parabéns, filho! Que você continue sendo sempre o Raul. Amo você!

Com amor,

Ana Maria.

Retinopatia e gestação diabética – Deborah Patricio

Olá, pessoal, como havia falado no post anterior, lá pela 26° semana de gestação, percebi uma alteração em minha visão. Minha endocrinologista pediu que eu me consultasse com um oftalmologista. Fui em um e este sugeriu que me consultasse com um especialista em retinopatia diabética, o que me deixou preocupada. Fui até um especialista, ele me avaliou e já foi logo dizendo que as coisas não estavam boas. Apesar do meu exame de vista não ter dado nenhuma alteração em relação à grau de visão, minha retina não se encontrava em perfeito estado. É comum a visão das gestantes sofrerem alteração, mas nas diabéticas esse quadro pode ser irreversível, e era o que estava acontecendo comigo. O especialista falou: “a evolução da sua gestação não fará bem à sua visão, você esta com retinopatia grave, que se agravou por conta da gravidez, das mudanças hormonais da gestação, e para estabilizá-lá teremos que fazer um procedimento à laser com urgência”. Aí foi aquela correria para marcar o laser o mais rápido possível. Fiz o procedimento. É como um exame de vista, porém um pouco mais demorado e doloroso no fim, mas tudo suportável. A recuperação é demorada, a visão de longe e/ou a de perto ficam temporariamente ruins e com grande sensibilidade à luz.
Como a cada semana de gestação que completo a retinopatia pode piorar, tive que fazer 3 sessões com intervalo de uma semana para evitar uma piora maior. O caso é que, se eu tivesse feito essa mesma consulta no início da gestação, o quadro não teria avançado tanto. Estaria com a retinopatia leve e teria feito o laser com mais calma e sem agravar tanto a retina. A gravidez desestabiliza tudo, e foi o que fez em minha visão. Graças a Deus eu me consultei a tempo, não tive nenhuma alteração que afetasse minha visão diretamente, continuo enxergando do mesmo jeito. O que eu quero é alertar às mulheres diabéticas que pretendem engravidar ou que ainda estão no começo da gestação, da necessidade de se consultar com um oftalmologista, mesmo se tudo estiver bem aparentemente. O ideal seria antes de estar grávida, porque a retinopatia nem sempre apresenta sinais, como no meu caso não apresentou. A alteração que tive na visão que me levou à consulta foi por causa da gravidez e não da retinopatia, e essa alteração desaparecerá depois do parto. Se eu não me consultasse a tempo, eu ficaria sabendo da retinopatia da maneira mais dolorosa: perdendo a visão de uma hora pra outra. Me preocupei demais com o bem estar do Lorenzo e me esqueci da minha própria saúde.
A diabete é realmente uma doença silenciosa e devemos estar atentos à tudo, sempre! Às vezes achamos que está tudo ótimo e nos enganamos. Já são quase 30 anos de diagnóstico de diabete. Foram muitos anos usando insulina de porco, medidores de glicose sem nenhuma precisão, não existia insulinas de ação rápida e outras dificuldades. Ainda bem que hoje temos acesso à tecnologia de ponta para um melhor controle da doença, sem falar nos produtos sem açúcar que o mercado nos oferece. Antigamente mal mal tínhamos o Trident de menta…risos.
Então vamos aproveitar a informação que nos rodeia e as facilidades que estão ao nosso alcance para tornar nossas vidas mais tranquilas e nosso tratamento mais leve e com menos dificuldades. Que possamos cuidar dos nossos filhos sem esquecermos de nós!!!

Deborah Patricio Romero

A escolha da primeira escola – A minha decisão

Bom dia!

A hora do Raul ir para escola chegou. Não partiu de mim, porque confesso que se fosse por mim o educava em casa. O homeschooling me encanta! Mas não me sinto preparada para o exercer ainda… Como disse, não partiu de mim! Partiu do próprio Raul que insisti em pedir para ir a escola, além de se colocar em várias situações em quando estiver na escola em frases do tipo “Mamãe, quando eu for para a escola eu vou aprender isso e aquilo.”, “Quando eu tiver indo para escola eu posso ter uma mochila do Capitão América.” ou “Quando eu for para a escola eu vou ter muitos amigos para correr.”

Lembram dos textos sobre escolas!? Então… tomamos a nossa decisão em qual seria a que melhor nos encaixaríamos, pelo menos a princípio. Decidimos por metodologia, interesses pessoais e proximidade. Já conversamos também sobre as metodologias e vocês sabem o quanto amo o método montessoriano e o waldorf, mas infelizmente algumas escolas que são adeptas a esses métodos aqui em Belo Horizonte são bem distantes do bairro onde moro e com uma mensalidade fora dos nossos padrões e fora dos padrões dos métodos também. Eu sinceramente não concordo com os valores que as escolas estão cobrando para uma metodologia que visa a simplicidade. Além disso, também passar por cima da vontade do meu filho e da sua personalidade, foge dos meus princípios… Um exemplo: Raul ama super heróis, acho que ele não seria feliz em uma escola que visa a não midialização… Desta forma, a nossa conduta foi escolher uma escola que seria construtivista uma abordagem mais intermediária entre o tradicional e as outras que utilizamos aqui em casa, onde tivessem pessoas de todos os tipos e raças, ou seja, que Raul encontrasse com pessoas de vários níveis sociais e de todos os tipos físicos, que fosse inclusiva, que tivesse uma mensalidade que cabia em nosso orçamento, que tivesse professores formados e que Raul se sentisse bem e gostasse do ambiente. Desta forma visitamos algumas aqui perto de casa e perto da casa da minha sogra que é em um bairro ao lado do nosso, decidimos em três e fomos conhecê-las. Porém uma delas nos chamou muito a atenção e por ser minha última opção, se tornou a primeira após a visita, a UMEI. Essa irei fazer um post exclusivo explicando que é uma UMEI e por que me apaixonei. Senti “segurança” no lugar por ser do governo, onde precisa de concurso para entrar e que os profissionais são treinados para exercer tal função. Estou longe dos problemas encontrados em escolas? Lógico que não! Mas queria muito mesmo que os professores soubessem o que exatamente estivessem fazendo e o seu papel na vida de uma criança. Em uma conversa com a diretora da escola observamos que realmente existe um padrão de qualidade que eles têm que seguir e que o governo sempre promove cursos de qualificações para os profissionais. Isso me deu uma certa segurança na decisão tomada. Se estou enganada quanto ao padrão, eu só saberei depois… mas enquanto estávamos nessa conversa as crianças me pareciam bem felizes na escola e o ambiente era bem agradável. Além disso temos ótimas referências das UMEIs que estão pela redondeza que moramos, em relação a profissionais e dos pais das crianças. Acreditamos estarmos fazendo o melhor pro Raul, nessa fase da sua vida que é tão importante para o seu desenvolvimento pessoal. Gostaria de deixar bem claro que essa é minha opinião como mãe e fonoaudióloga, visando os métodos que eu gosto e os valores que eu busco passar pro meu filho.

Acabamos de fazer o cadastro do Raul para o sorteio que acontecerá nesse fim de ano para o início no ano que vem. Infelizmente nem todas as crianças podem estudar em UMEIs, pois existem poucas unidades e um número de crianças bem maior que as vagas existentes. Então eles optaram por sorteios onde as crianças concorrem as vagas. Estou torcendo para que consigamos essa vaga pro nosso pequeno.

Com amor,

Ana Maria.

Assertividade e empatia, duas habilidades para ensinar aos pequenos.

Bom dia!

Esse ano está sendo um ano de descobertas para mim. Descobertas pessoais… descobri a meditação e seus benefícios, descobri a ter autocontrole e a me auto-descobrir, descobri o significado de ter empatia e assertividade e é sobre essas duas habilidade que quero descrever hoje. O porquê de falar delas aqui no blog?! Você vai descobrir o grandioso poder que essas duas palavras têm na vida de uma pessoa. E porque venho as inserindo na vida do meu pequeno Raulzito.

O que é empatia? Empatia é uma habilidade  de se colocar no lugar do outro. É sentir o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. É tentar compreender sentimentos e emoções, saber ouvir os outros, compreender os seus problemas e emoções. Já a assertividade é a competência emocional que determina que um indivíduo consegue tomar uma posição clara, objetiva, transparente e honesta, ou seja, é autoconfiante o suficiente para não ter dificuldades em expressar a sua opinião. Essas duas habilidades são de suma importância para que sejam estimuladas na infância. As crianças que sabem suas necessidades são mais propensas a terem uma melhor autoestima, a terem confiança nelas mesmas, a se comunicarem melhor, expressarem seus sentimentos e emoções, consequentemente conseguem ter um controle melhor do que é certo e errado, resistem melhor à pressão dos coleguinhas e lidam melhor com os bullyings, pois sabem que podem pedir ajuda quando precisam e podem dizer não quando não querem dizer que sim.

Para ser assertivo e ter empatia é necessário a prática diariamente, além de ter modelos a serem inspirados em casa. Como tudo na vida, nós aprendemos com exemplos. O melhor lugar para praticar essas habilidades é dentro da nossa casa, com a nossa família, para que elas sejam estendidas para o mundo a fora. Dê exemplos, defenda os seus pontos de vista sem ser ser agressivo, os pequenos também têm vontade própria, dê autonomia a eles, para que eles exponham suas opiniões e seus sentimentos. Devemos ensinar que escutar e respeitar as opiniões alheias não significa que tenha que estar de acordo com seus pontos de vista, mas que é sempre muito gratificante quando somos escutados, não é?! Uma coisa que sempre fazemos aqui em casa e que vejo que dá muito resultado são as nossas conversas familiares, sempre estimulamos o Raul a participar, mesmo que o tema não seja muito entendido por ele. Nós escutamos o que ele tem para falar e damos importância para o que ele falou. Quando as crianças sabem dar sua opinião serão mais propensas a falar e a se sentir cômodas para falar por elas mesmas. E elas precisam saber que suas opiniões são valorizadas e que têm direito a dizer o que pensam. Além disso, sempre nos colocamos um no lugar do outro e descrevemos para o Raul, para que ele possa fazer esse exercício também de se colocar no lugar do outro. Um ótimo exercício também, que sempre usamos para demonstrar a empatia, é quando estamos em lugares que tem mais crianças e elas começam a brigar por causa de brinquedos. Quando o Raul está envolvido nós perguntamos como ele sentiria se alguém tirasse à força o brinquedo que ele estava brincando… Isso faz com que a criança pense e se coloque no lugar do coleguinha, pode até não resolver na hora mas pode ter certeza de que ela vai pensar sim no ocorrido.

Mais uma vez escrevo para vocês que nós somos exemplos na vida dos nossos pequenos. Sejamos como queremos que eles sejam. Faça dessa frase o seu mantra diário: Devemos nos educar para educar. Essa frase tem me ajudado muito, a ser uma pessoa melhor e a educar meu filho para ser uma pessoa que vai fazer diferença nesse mundo.

Para um mundo com mais amor,

Ana Maria.

Maternidade diabética, segundo trimestre – por Deborah Patricio

E o 2° trimestre passou! Engraçado, todo mundo diz que é a fase mais tranquila, que é a lua de mel da gestante, mas pra mim não foi, não. Pode ser pelo fato de eu não ter sentido nada no 1° trimestre… Só sei que o 2° me assustou um pouco.

Tive alguns episódios de taquicardia, falta de ar, dormência do lado esquerdo do quadril, dores nas costas, aumento do triglicérides e minha visão um pouco afetada. Fiz o eletrocardiograma e deu normal, o incômodo cardíaco durou só cinco dias. A dormência ainda permanece, toda vez que fico deitada em cima do lado esquerdo, aí vocês já viram, né?! A hora de dormir é um vira vira danado. As dores nas costas não têm como fugir, e elas só veem piorando… =/ O que ajuda um pouco são as massagens que meu marido faz diariamente. A falta de ar também não passou. É só me deitar de barriga pra cima ou me  esforçar um pouco além do que o de costume que pronto, fico parecendo uma sedentária. Por isso a importância do exercício físico desde o começo da gestação, pra já irmos condicionando nosso corpo para essa fase. Minha endocrinologista pediu que eu fizesse uma visitinha ao oftalmologista, porque apesar de ser comum a gravidez prejudicar um pouco a visão, não podemos esquecer que sou diabética e isso pode piorar o meu quadro. Marquei a consulta com um especialista em retinoplatia diabética e depois volto aqui pra contar!  Volto a enfatizar a importância de estarmos com uma saúde plena para planejarmos uma gravidez, pois a gestação altera demais nosso metabolismo e suas funções em geral. As diabéticas então… já sabem, é tudo mais complicado! Mas sem desanimar, não tem nada impossível!

Problemas cardíacos nos bebês de mães diabéticas são mais comuns, então tive que fazer dois ultrassons para verificar como anda o sistema cardíaco do Lorenzo. Os exames foram: Ecodopplercardiografia fetal e o ultrassom obstétrico com perfil biofísico fetal e doppler colorido. Os dois tiveram ótimos resultados, o coração do meu baby está ótimo! O que me assustou um pouco foi o tamanho que o Lorenzo está, e como o bebê diabético tem tendência a ganhar muito peso, inchar demais, qualquer coisa que o médico que realiza o ultrassom fale, a gente já desespera… risos… Bastou o médico dizer que eu estava com um menino grandão na barriga para eu achar que tinha algo errado. Mas minha obstetra disse que está tudo bem, ele está dentro do padrão normal de crescimento. UFA!

Bom, tudo encaminhando para uma boa hora, minha hemoglobina glicada permanece dentro do desejável e já reorganizei minha alimentação para melhorar meu triglicérides, mais aveia e frutas e menos gorduras em geral, agora vai! Logo mais eu volto para contar como foi com o oftalmologista!!

Abraços.

Deborah Patricio Romero

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Processo de adoção – Entrevista com a psicóloga

Bom noite!

Na segunda-feira passada fomos a entrevista com a psicóloga na Vara da Infância daqui de BH, onde corre o nosso processo para habilitação. Este é o último passo antes do parecer do juiz. Mas estamos tão confiantes que já saímos de lá achando que tudo dará certo.

Essa última conversa foi bem diferente das experiências que tivemos durante todo o processo. Até comentei aqui que todos os outros passos pareciam mais para fazer desistir quem ainda tinha algum resquício de dúvida quanto a adotar… ontem não! A psicóloga foi super serena e passou muita confiança para a gente. A conversa girou em torno do nosso perfil e sobre preconceito. Acho que chegou o momento de comentar a respeito do nosso perfil por aqui… muitas pessoas nos abordam perguntando a respeito do nosso perfil e se já conhecemos a criança que pretendemos adotar. Então… a nossa filha poderá vir de qualquer cor ou raça e poderá vir também com doenças tratáveis e com a idade entre 1 e 4 anos. É um perfil bem diferente dos outros que estão na fila o que foi motivo de muita conversa tanto por parte da assistente social, na primeira entrevista, quanto por parte da psicologa, nessa entrevista. Diante desse perfil, é quase certo de que a nossa filha já esteja abrigada. Por essa razão, a psicóloga nos informou sobre as características mais comuns das crianças que estão no abrigo e quais as doenças mais comuns, e não poderia deixar de ser as respiratórias, seguido de problemas visuais e ortopédicos. Além disso, a maioria das crianças apresentam um atraso no desenvolvimento geral devido a falta de estimulação, por estarem em um abrigo ou pela história regressa mesmo. Ah… é importante também salientar que doenças tratáveis não significa necessariamente doenças curáveis, ok?! Fomos alertados também que as crianças  adotadas, muitas vezes, precisam de apoio psicológico para lidarem melhor com a adoção. Apesar de muitas pessoas optarem por meninas, a maioria quer meninas brancas e saudáveis, por isso poderemos passar na frente de muitas pessoas na “fila”. Na verdade a fila não existe. O que exite são crianças disponíveis e que são encaminhadas de acordo com o perfil que os pais esperam. Vamos ao exemplo: existe um menino branco, com doença tratável com um irmão. O primeiro no cadastro da fila da adoção está para independente de sexo, sem restrição de cor porém colocou criança saudável e sem irmãos, logo essa criança vai para o próximo da fila até encontrar alguém que colocou doenças tratáveis e que aceitam irmãos. Só um exemplo para ver como funciona na verdade aqui em BH. Ou seja de nada adianta você ser o primeiro da fila, sendo que o seu perfil não bate com a criança que está disponível, pode ser que você entre agora no processo e seja chamado antes de uma pessoa que já está a mais de dois anos na fila.

Da mesma maneira como foi com a assistente social, fui eu primeiro a conversar com a psicóloga, depois o Rodrigo e por último nós dois juntos. Recebemos a orientação que podemos ser chamados por qualquer outra dupla de assistente social e psicóloga para conhecermos a nossa pequena, não significa que serão elas que nos conduzirão até o final da nossa adoção. Também foi falado sobre a aproximação da nossa família com a criança que nos será apresentada, mas esse é um tema para um novo post… Enfim, foi muito válido esse passo e temos certeza que fizemos a escolha certa para aumentar a nossa família!

Com amor,

Ana Maria.

Introdução do tema adoção – Uma abordagem diferente

Bom dia!

Para ajudar aos papais que estão passando pelo processo de adoção, para professores, cuidadores e para todos que vêem a real necessidade da inserção do tema na vida dos pequenos, reuni algumas opções de filmes que são destinados aos pequenos e que abordam o tema em questão. Eu acho ótimo introduzir de forma lúdica para que eles entendam e formem a própria concepção do que significa. Vamos lá:

Filmes:

  • Superman
  • Batman
  • Homem-aranha
  • Megamente
  • Meu malvado favorito (Um dos meus favoritos!)
  • O bom dinossauro
  • Kung Fu Panda
  • Mogli o menino Lobo
  • O paizão
  • O pequeno Stuart Little
  • O príncipe do Egito
  • Tarzan
  • O pestinha
  • Matilda
  • Lilo e Stitch
  • Free Willy
  • Bernardo e Bianca
  • O pestinha
  • Tartarugas Ninjas

Nesses exemplos que citei, a adoção aparace de forma direta ou indireta na história mas em todas elas o assunto é abordado positivamente. Até mesmo no “Meu malvado favorito” em que Gru adota as três irmãs (Margo, Agnes e Edith) a principio para realizar seu plano, mas que no fim das contas acaba por se apaixonar pelas meninas. Eu acredito ser muito interessante fazer essa conexão com filmes, pois é um meio em que eles se sentem confortáveis. Além disso, qual criança não gostaria de ser como o Superman… risos…

Como estamos fazendo por aqui?! Nós assistimos juntos e quando passa alguma cena a gente faz uma ligação com a nossa vivência. E no decorrer dos filmes a gente conversa sobre o assunto de forma suave e positiva. Penso em fazer dessa mesma forma quando a nossa filha estiver com a gente. Vamos fazer o mesmo trabalho com ela, assim como estamos fazendo com o Raulzito.

Espero que esses filmes sejam facilitadores de introdução do tema para os seus pequenos também.

Com amor,

Ana Maria.