Tubinhos de ventilação e novidades

 

Bom dia, gente!

Hoje viemos com novidades no tratamento do Raulzito. Os tubinhos de ventilação  saíram já faz um mês mais ou menos, porém ainda estão dentro do canal auditivo. Os tubinhos saem quando a membrana timpânica já não precisa mais deles para drenar o líquido que estava dentro dela atrapalhando o funcionamento adequado. Ou seja, quando os tubinhos saem a membrana timpânica já está cicatrizada e pronta para o seu funcionamento. Eu estava aguardando para escrever esse post para postar junto com ele uma foto dos tubinhos quando eles estivessem saído literalmente dos ouvidos, mas não aguentei de ansiedade… risos… mas prometo postar fotos nas nossas redes sociais assim que eles saírem, tá! Para a gente matar a curiosidade de vê-los ao vivo e em cores.

Fazendo uma retrospectiva para quem começou a nos acompanhar agora… a cirurgia de palatoplastia do Raul foi em janeiro do ano passado (2015). A cirurgia foi conjunta: o cirurgião plástico e o otorrinolaringologista que vinha acompanhando o Raul desde os 3 meses de vida. O otorrinolaringologista resolveu colocar os tubinhos de ventilação no mesmo dia da palatoplastia para evitar mais uma possível cirurgia. Foi mais por precaução do que por necessidade mesmo, pois Raul não tinha otite serosa ou silenciosa como costumamos chamar as otites de crianças com fissuras palatais ainda não operadas, temos um post explicando essas otites, clique aqui para relembrá-lo (Otites, por que em fissurados?). A membrana dele estava um pouco retraída e foi para ajudar na mobilidade desta membrana que o médico optou por colocá-los. Os cuidados que tive durante esse ano que se passou desde a cirurgia foram: não deixar água cair diretamente nos ouvidos do Raul e nem vento demais. Nos três primeiros meses eu colocava um algodão embebido em óleo natural nos ouvidos do Raul, vedando a entrada de água e quando andávamos de carro eu fechava sempre as janelas que estavam com vento direto nele, ou se nós estávamos em algum lugar que estivesse ventando demais eu sempre protegia os ouvidos dele. Nada de piscina ou mergulho durante esse ano inteirinho. Eu até o colocava na piscina, mas sempre no colo ou naquelas bóias que flutuam a criança quase toda. O cuidado no banho permanecia até hoje, porém após os três meses eu já não usava mais o algodão, só mesmo tomava cuidado com a água. Quanto à diminuição da audição, Raul nunca apresentou episódios de alteração na audição. Mas em casos que há alterações na audição, espera-se que após essa cirurgia e a cicatrização da membrana, a audição melhore.

Ah, outra pergunta e dúvida que eu tinha em relação à retirada dos tubinhos, pois quando eu estudava a respeito na faculdade os médicos ainda faziam uma nova cirurgia para a retirada dos tubinhos… pois bem, hoje em dia não fazem mais esse procedimento. O lema é quanto mais tempo ficar, melhor ainda, e quando eles saem significa que as membranas timpânicas não estão mesmo mais precisando deles (palavras do médico). Quando caem no canal auditivo ainda demoram um tempinho para que o organismo os expulse por completo. É como se fosse uma cerinha que aos poucos vai sendo expelida pelo ouvido afora. Então aguardem as fotos e as cenas do próximo capítulo. Logo devemos encontrá-los perdidos aqui pela cama do Raul, o médico me alertou que costuma sair quando estão dormindo ou durante o banho. Outra dúvida que tinha, era se já poderia colocar o Raul na natação, ou se ele já poderia ser submerso na água, e o médico disse que sim! Oba! Estou muito animada e agradecida com mais essa etapa vencida!

Com amor,

Ana Maria Poças.

CRFa 6-7185

As cores e as sensações

Bom dia!

Que as cores exercem uma forte influência nos aspectos físico, mental e emocional das pessoas não é novidade para ninguém, né?! Já repararam que hospital é quase sempre verde e que restaurantes tem em sua maioria a cor laranja e vermelho?! Claro que cada um de nós responde às cores de uma forma diferente e alguns sentimentos tendem a ser gerados por certas tonalidades, mas há estudos que explicam o que cada cor pode transmitir de sensações para o nosso cérebro.

Um grande exemplo, além dos acima, é a gastronomia. A gastronomia utiliza muito as cores, pois elas também são responsáveis por estimular as sensações do paladar enviando informações de sabores ao cérebro. Por exemplo, ao olharmos as balas amarelas e verdes já imaginamos que são azedinhas e já as rosas e vermelhas as mais doces. É ou não, muito bom esse universo de cores?! Eu gosto muito de cores e sempre fico antenada aqui em casa com o Raul e também nas terapias que realizo com meus pacientes. Quando dou lápis ou tintas para meus pacientes utilizarem presto bastante atenção nas cores que eles utilizam, principalmente os meus pacientes crianças. As crianças têm uma grande dificuldade em se expressar e acabam mostrando o que querem dizer utilizando seu modo de desenhar, escrever, brincar e pintar. Sempre procuro observar as cores que estão vestindo, as cores que pegam para colorir e desenhar e até as cores dos brinquedos que pegam para brincar.

Achei interessante trazer aqui para vocês os significados das cores, para que vocês saibam os significados de cada uma e possam utilizá-las a seu favor, seja para harmonizar melhor a sua casa, o seu trabalho ou o quarto do seu filho que às vezes não está dormindo direito, está agitado demais, não está comendo adequadamente etc. Na internet você poderá encontrar inúmeros estudos sobre o assunto, vale a pena conferir. Vou listar resumidamente as sensações que as cores podem transmitir para o ambiente e para as pessoas. Vamos lá!

Branco: paz, isolamento, pureza, calma, inocência, dignidade, limpeza.

Cinza: tristeza, angústia, desânimo, tédio, decadência, passado, pena, sabedoria.

Preto: nobreza, distinção, elegância, luto, sofrimento, angústia.

Verde: alegria, vida, harmonia, equilíbrio, frescor, calma, alivia o estresse.

Lilás ou violeta: mistério, intuição, tem poder de acalmar e confortar.

Laranja: estabilidade, otimismo, entusiasmo e bom astral.

Vermelho: força, virilidade, dinamismo e agitação.

Azul: calma, maturidade, sensação de limpeza e frescor.

Amarelo: alegria e criatividade.

Com amor,

Ana Maria Poças.

CRFa 6-7185

Pesquise mais:

https://retargeting.biz/blog/how-do-colors-affect-purchasing-decisions/

http://creativeturks.org/2012/02/11/hello-world/

Especial de Fissura

Olá gente!

A descoberta dos pais que o filho irá nascer com algum tipo de má formação é desesperadora. E com a fissura não é diferente… Mesmo sabendo que tudo é resolvido, é como se jogassem um balde de água fria em nossa cabeça quando falam que seu filho tão esperado e idealizado logo precisará de cirurgias para corrigir algo que não esperávamos ou nem se quer imaginávamos que poderia acontecer… A calmaria vem após o nascimento do bebê e a medida que vamos vivenciando as etapas de correções cirúrgicas, só assim percebemos que a fissura é somente uma fase e que logo logo respiramos aliviados.

Convido vocês papais e mamães para contarem aqui no blog como foi quando descobriram que seus pequenos iriam nascer com fissura e como lidaram com essa descoberta.  Espero com esses relatos, ajudar as mamães e papais que estão na fase da descoberta e tranquilizá-los. Além disso, espero convencê-los de que nossos pequenos guerreiros só nos mostram uma coisa, que são tão fortes quanto qualquer outra criança e nos enchem de orgulho cada dia mais!

Se alguma mamãe ou papai aqui do blog quiser participar basta enviar um e-mail contando como foi a sua história no endereço fissuradanamaternidade@gmail.com. Pode enviar fotos de antes e depois também, será de muita valia. Isso tranquilizará muito outros pais. No final do e-mail peço gentileza de colocar uma observação autorizando a postagem do relato aqui no blog. Vou postando a medida que forem me enviando, ok?! Aguardo ansiosamente por novos relatos. Já tivemos um lindo que foi o da Mayara, a mamãe do Enzo. De quem será o próximo?! =D

Muita gratidão para quem animar participar! Que Deus retribua com muito mais amor pra vocês!

Com amor,

Ana Maria.

Relato da mamãe do Enzo

Relato do meu pequeno grande guerreiro Enzo

Mayara Cristina Felipe Cruz

João Monlevade – Mg

10/12/2015

Bom dia Ana Maria!

Bom dia Leitores…

Fui convidada e aceitei com muito prazer compartilhar com vocês a minha história e apresentar o meu amado filho.

Ser mãe sempre foi um sonho que falava mais alto, me preparei, me programei, tomei todas as vitaminas recomendadas, mudei a alimentação, segui tudo à risca para que tudo desse certo.

Com o positivo em mãos comecei o pré natal, fiz duas ultrassons e tudo normal.

Foi marcada a morfológica, confesso tive receio, medo, uma ansiedade que não tinha como explicar, antes de sair de casa eu disse que queria ver o rosto do meu Enzo e o que Deus tinha preparado pra nós. Super ansiosa cheguei para fazer o exame no dia 04/02/2015, vi meu Enzo que estava com 24 semanas e muito esperto com 730 gramas, só crescendo e desenvolvendo na graça de Deus, no meio o exame foi interrompido e o médico que o tempo todo me passou tranquilidade e esperança me disse que torce pra tudo dá certo mas que infelizmente não poderia me esconder e que graças a Deus já tem recurso pela medicina.

Meu pequeno forte valente tentou esconder colocou a mão no seu rosto e não queria tirar, com esforço mexendo nele tirava e novamente voltava com a mão pro rosto.

Diagnóstico FENDA LABIAL!

Um susto, não teve como conter a emoção que falo mais alto, um silêncio, o medo tomou conta de mim, naquele momento tive medo de perder ele, passar pela mesma dor novamente seria difícil, só consegui chorar.

O médico com toda paciência me explicou tudo possível.

Nesse dia não voltei para o trabalho, não foi possível!

Pensava nele o tempo inteiro, não sabia o que era, não conhecia ninguém, nunca tinha visto.

O papai e a mamãe se permitiu sofrer, chorar por medo, receio dele sofrer, tão pequeno passar por uma cirurgia, mas o Enzo se comunicou comigo o dia inteiro coisa que nunca tinha feito.

Minha mãe falava pra mim que ele estava falando que ele estava bem e que eu não precisava fica triste.

Depois da notícia fui atrás de informação, sofremos mais não paramos!

Na minha cidade eles não sabiam me explicar nada direito, os médico nunca tiveram pacientes nessa situação me sentia perdida no tempo, pensava que caminho seguir e o tempo inteiro pedi a Deus direcionamento que colocasse pessoas certas no meu caminho, o telefone toca minha tia um dia depois me falando que estava passando uma propaganda na globo do Hospital da Baleia sobre a fissura labial que era pra eu ver, foi tudo se direcionando depois que vi a propaganda, com uma semana já estava dentro do hospital pro acolhimento a gestante e foi tudo perfeito, me senti protegida e confiante, recebi toda informação necessária pro primeiro momento, levei para casa uma segurança, uma força que não tinha como explicar.

Os dias foram passando me sentia cada vez mais preparada pra tudo, nada que viesse acontecer ia me abalar.

Tivemos outro diagnóstico mas não me permiti mais sofrer e somente confiar em Deus, ele foi o meu escudo e a minha fortaleza, não me desamparou e sim me preparou.

Entre todos os momentos em que eu e o papai Jeferson vivemos sobre a fissura o mais importante foi o contato com outra família. A Nazaré e o Breno abriram as portas da sua casa para conhecermos a Clarinha. O papai do Enzo não tinha tido o primeiro contado como eu, ela foi a primeira e isso foi muito fortificante ver o desenvolvimento dela e a postura dos pais.

Foi se aproximando a data do parto, uma cesárea programada, todos se encontravam apreensivos, medo da minha reação, medo de como tudo seria, mas eu me encontrava completamente segura, pronta pra tê-lo em meus braços…”

Chegado o momento, ele nasceu no dia 13/05/2015. Lindo, forte e saudável. Meu príncipe com um olhar encantador e somente com a fissura labial, palato completamente fechado e para a surpresa conseguiu se alimentar direitinho, mamou sem nenhuma dificuldade.

Uma dica pra quem vai passar por isto, é ter ao seu lado médicos de sua total confiança, médico que antes do nascimento já conheça nossa história, pra mim isso foi fundamental na amamentação do Enzo.

Infelizmente encontramos muitos profissionais despreparados, sem orientação, eu me informei de tudo e levei tudo para a pediatra.

A fissura é um charme à parte, não tive dificuldades em lidar com os olhares, não nego que teve momentos em que não me senti confortável e não contive a emoção, chorei muitas vezes no meu silêncio. Vivemos em uma sociedade de preconceitos, eu escolhi viver nossa história de cabeça erguida e não me importa para as palavras mal faladas, os olhares atravessados, nada tiraria a felicidade de estar ao lado dele, ao lado do meu filho.

A maior ansiedade foi esperar pela primeira consulta, pensávamos tantas coisas mas tudo foi se encaminhando e dando certo, o ganho de peso, os exames com resultados positivos.

Graças a Deus chegado o dia de marcar uma data, que alegria! Essa data foi marcada pra longe, fiquei triste, preocupada, já teria voltado a trabalhar, como tudo seria diferente do que tinha imaginado, Deus estava no controle de nossas vidas, o médico voltou a agenda mas não tinha como ser antecipada, voltei para casa um pouco triste mais como sempre não me permitia ficar por muito tempo no outro dia já estava conformada.

No dia 18/09/2015 recebemos uma ligação, exatas duas semanas após marcar a data para a cirurgia queriam saber da saúde do Enzo e se estávamos com todos os exames em mãos e disseram traga ele amanhã para realizarmos a cirurgia. O coração disparou, pulamos de alegria, não tivemos tempo nem de ficarmos ansiosos acreditamos que foi melhor assim.

19/09/2015 pegamos viajem de madrugada, pra falar a verdade não consegui dormir nada, foi uma adrenalina emocionante, o jejum foi difícil, ele chorou demais já chegou no hospital chorando o médico até chamou ele de malinha porque não parava de chorar por nada, entrou pro bloco cirúrgico chorando e eu fiquei apreensiva esperando por ele, foram minutos longos conversei com outras mães mais o tempo parecia eterno, e na verdade nem demorou tanto. Foram mais ou menos 1:40h para chamarem a mãe do Enzo, aí sim começou a cair a ficha, entrei no bloco ao seu encontro, escutei seu choro de longe, choro rouco.

O reencontro foi lindo, conheci meu filho pela segunda vez, não contive a emoção, as lágrimas escorreram pelo meu rosto, foi perfeito aos olhos do Pai, a cirurgia foi um sucesso.

O Enzo pra mim ficou muito diferente, mudou muito porque não criei expectativa alguma de como ele ficaria, pra mim foi melhor assim, o seu rostinho ficou mais gordinho.

A recuperação não foi nada do que cheguei a imaginar, tudo muito tranquilo, sem febre, sem choro, apenas dengo, Ah e os pontos demoraram 30 dias para caírem por completo.

O trabalho dos profissionais foi demais, só tenho a agradecer por ter proporcionado ao meu Enzo uma qualidade de vida melhor, temos muitas vitórias a ser conquistadas, temos uma luta contra ao preconceito a ser vencida!

Mamães e Papais aceitam nossas condições, nos traz firmeza para cuidarmos dos nossos filhos, com calma e paciência conseguimos tudo e no tempo certo.

Comentários e perguntas terão sempre, mas o que importa é o AMOR que existe e que faz superar tudo, neste momento a família deve se unir, não se cale divida com quem tiver ao seu redor, pessoas de sua confiança que não te abandonarão, eu prefiro conversar ao invés de ficar calada e me fez um bem enorme.

Graças a Deus o Enzo está bem e crescendo cada dia mais, surpreendendo a muitos!

Amo Meu filho incondicionalmente!!

Amo o meu fissurado e sinto saudades daquele sorriso que estará para sempre na minha memória.

Fonoaudióloga por amor

O dia 09 de dezembro é dedicado a minha amada profissão, a Fonoaudiologia. Esse ano em comemoração ao dia do fonoaudiólogo, o Conselho Federal de Fonoaudiologia lançou uma campanha onde as estrelas do comercial que passará na televisão seriam os próprios fonoaudiólogos. Para participar da campanha, o fonoaudiólogo deveria enviar um texto contando alguma história que tenha vivenciado e que marcou sua trajetória profissional. E eu enviei a minha e vou compartilhá-la aqui com vocês.

“A história que marcou minha trajetória como fonoaudióloga não aconteceu em meu consultório e sim em minha própria vida. Formei-me em 2008, aqui mesmo em Belo Horizonte. Escolhi o curso sem saber o porquê. No decorrer da minha graduação, percebi que não me identificava tanto com o curso, mas algo me dizia que tinha que terminá-lo e assim o fiz. Conclui o curso e atuei como fonoaudióloga até uns três meses antes do meu filho nascer, em 2013. Hoje sou mãe e fonoaudióloga em tempo integral do meu pequeno, que nasceu com fissura labiopalatina transforame à esquerda. Após sete anos de formada descobri o sentido de ter escolhido essa profissão e tenho a certeza de que não poderia ter escolhido uma profissão melhor. Sou muito grata a Deus por ser mãe; por toda a trajetória na faculdade; incertezas; pacientes e empregos que tive. Por essa gratidão que sinto, hoje tenho um Blog, o Fissurada na Maternidade. É através dele que mostro a forma real e descomplicada da fissura labiopalatina e da maternidade. Ao ajudar outras mamães e papais e até mesmo colegas de profissão com minhas vivências sobre as questões da fissura labiopalatina me sinto realizada. Com amor, Ana Maria Poças. CRFa 6-7185. www.fissuradanamaternidade.com”

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Parabéns a todos os fonoaudiólogos que exercem a profissão com AMOR!

Com amor,

Ana Maria Poças.

CRFa 6-7185

Amamentar com amor

Bom dia!

O texto de hoje tem como objetivo esclarecer e reconfortar as mamães que por algum motivo não puderam dar o peito para seus filhos. A sociedade muitas vezes rotula de forma cruel e injusta a amamentação com frases do tipo “quem ama amamenta” onde o termo aparece como sinônimo de dar o peito…. Amamentar segundo o dicionário significa dar de mamar, aleitar, alimentar, nutrir, sustentar. Existem outras maneiras de alimentar uma criança, sem ser o peito. Claro que o leite materno tem seus benefícios gigantescos para um recém nascido e tudo mais, mas se você não pode ou não quer amamentar, no peito, não significa que você ame menos seu filho. São lindas as propagandas de aleitamento materno, linda a teoria que aprendemos na graduação sobre a amamentação, mas na prática não é bem assim que funciona.

O que tem de mãe se culpando e com o psicológico muito abalado por não poder amamentar no peito seus filhos por algum motivo, seja pelo fato do leite que secou, leite que empedrou, doença, leite que não é suficiente para o filho, filho que não pega o peito ou filho que não conseguiu mamar devido a uma má formação (o meu caso), filho adotivo ou simplesmente por que a mãe não quer amamentar pois prefere dar mamadeira… vocês não fazem ideia! Já perceberam que as primeiras perguntas que fazem a uma mãe quando a vê com o filho é: “Você está dando peito?” ou “Ele mama direitinho?”. Para puxar assunto ou não, essas perguntas são bem chatas de se escutar e frustantes para quem não deu o peito. Bom, pelo menos pra mim foi e eu não as faço para ninguém.

Agora um recado para você mamãe que não “amamenta”… O fato de você não amamentar ou não querer amamentar não te faz menos mãe do que as outras. Amamentar não é sinônimo de amor. Ser mãe é algo muito maior e grandioso que não está, e nem deve estar, interligada a forma de alimentar seu filho. O prazer que seu filho terá ao mamar na mamadeira é o mesmo que ele poderia ter se mamasse no peito e o vínculo mamãe x bebê que a sociedade tanto impõe, também será o mesmo. A criança estará no seu colo do mesmo jeito, sentindo seu cheiro e aconchegado em seu seio. Eu não deixei que pensamentos me atormentassem e que pessoas por meio de suas perguntas estragassem a minha maternidade. Pensava sempre: “Meu filho está no meu colo do mesmo jeito, eu o olho da mesma forma, canto músicas e faço carícias da mesma maneira que se ele mamasse no meu peito.” Além disso, o fato de alimentar pela mamadeira (copo, colher, etc) possibilita ao pai, por exemplo, compartilhar essas sensações incríveis e consequentemente unir ainda mais a família. Isso principalmente nos primeiros meses quando ficamos muito cansadas e nossos maridos podem acordar no meio da noite para dar mamadeira… (risos)… Foi o que aconteceu por aqui.

Você observar o seu pequeno sugando a mamadeira e segurando nos seus dedos ao mamar, é mágico e inexplicável! Amamentar para mim é isso, nutrir um filho de qualquer que seja a forma, trocar carinhos e fazê-lo se sentir amado.

Com amor,

Ana Maria Poças

CRFa 6-7185

Da série mamãe fonoaudióloga: Como estimular seu filho em casa

Bom dia!

Já sabemos que a estimulação na vida de um ser humano (aliás de quase todo ser vivo) é tudo e que sem ela não aprenderíamos quase nada. Para falarmos, precisamos escutar alguém falando e nos ensinando como produzir os sons, para caminhar é preciso que alguém nos auxilie a darmos os primeiros passos e é assim com quase tudo. O nosso cérebro trabalha com estímulos, por causa disso, quanto mais você estimula uma criança mais ela aprende e mais rápido adquire o seu desenvolvimento global.

Podemos utilizar tudo o que fazemos durante o dia com os nossos pequenos para estimulá-los, como por exemplo: se você vai dar um banho na criança, vá conversando, ensinando-lhe as partes do corpo, dê a ela o sabonete e a bucha para segurar, para sentir a diferença tátil entre eles; se vai escovar os dentes deixe que ela o ajude, para já ir treinando a coordenação motora; se vai cozinhar deixe que ela brinque com panelas ao seu lado, para incentivar a criatividade e a imitação. Viu só, como podemos tirar proveito de tudo!? Até nas nossas mais simples brincadeiras com nossos bebês estamos os estimulando das mais diversas formas. Mas se você antes souber o que se pode conseguir com cada brincadeira, ela vai ficar mais especial para você e pro seu pequeno. Se ele tem uma bola azul, já vai dizendo “olha que bola azul linda que você tem, será que tem outra coisa azul aqui no seu quarto?!” com essa simples frase você está estimulando seu pequeno a conhecer as cores, a parear e a usar o raciocínio lógico induzindo-o a procurar por outros objetos que sejam da mesma cor.

Abaixo tem algumas fotos que tirei das brincadeiras que faço com o Raul aqui em casa e que aproveito para estimulá-lo das mais diversas formas. Vou deixar em cada foto os meus objetivos com a brincadeira. São só alguns exemplos, mas, que ajudarão vocês a elaborarem e a planejarem melhor os objetivos das suas brincadeiras.

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A atividade visava trabalhar cores, formas geométricas, coordenação motora fina e raciocínio para encaixar as peças nos lugares certos.
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A atividade visava estimular o conhecimento de cores e coordenação motora fina.
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Nessa atividade trabalhamos equilíbrio, coordenação motora fina e grossa, cores e elaboração de estratégias.
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Com essa atividade trabalhamos formas geométricas, cores, pareamento e coordenação motora fina.
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Brincar de bola trabalha a coordenação motora, o equilíbrio, a propriocepção e a lateralidade.
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A atividade era passar os carrinhos dentro da “estrada”. Trabalhamos coordenação motora, relação espacial e concentração.

Uma brincadeira não é, e não deve ser, uma simples brincadeira. Aproveite para estimular seu pequeno, vocês dois ganharão com isso!!!

Com amor,

Ana Maria Poças.

CRFa 6-7185.

A Fonoaudiologia e o Cromossomo do Amor, onde eles se cruzam?!

Bonjour!

O assunto de hoje é sobre o Cromossomo do amor, vulgo Síndrome de Down e onde ele e a fonoaudiologia se encontram. Qual o papel do fonoaudiólogo junto a essas crianças que nos transmitem tanto amor?! Se você ainda não sabe bem ao certo vem ler o que podemos conseguir com essa parceria!

Sabemos que os bebês com Síndrome de Down nascem com uma certa diminuição da tonicidade na musculatura, por isso eles têm tendência a serem mais “molinhos”, demorarem mais para ficarem durinhos, um pouco mais para sentar e para falar. Então desde o nascimento é importante o auxílio da fonoaudiologia principalmente para dar orientações aos papais e cuidadores sobre o desenvolvimento da criança. O fonoaudiólogo, também, dá dicas de como eles podem interferir no desenvolvimento cognitivo e da linguagem dos seus pequenos. Alguns dos objetivos da terapia nesses casos são:

* Minimizar as dificuldades de alimentação, como sugar, mastigar e engolir;

* Adequar a coordenação entre as funções orais e a respiração;

* Maximizar a tonicidade da musculatura da face e da boca;

* Melhorar a articulação dos sons, a linguagem oral, a leitura e a escrita;

O fonoaudiólogo sempre almeja que a criança tenha condições favoráveis para transmitir seus pensamentos e seus sentimentos sem que haja dificuldades de compreensão no ouvinte e que ela tenha condições de interagir e conquistar seu espaço na sociedade onde está inserida. A comunicação é sempre a mais importante a ser trabalhada e alcançada nesse caso. Quanto mais cedo for introduzida a estimulação adequada, melhores resultados podem ser obtidos futuramente.

Como em qualquer outra criança a presença dos pais é essencial para o desenvolvimento das potencialidades de seus filhos. Se os pais interagem com seus filhos, passam a conhecê-los melhor, conhecer suas habilidades, suas fraquezas, seus valores e suas expectativas, além deles se sentirem muito mais amados. O amor alcança sempre melhores resultados!

Com muito mais amor,

Ana Maria Poças.

CRFa 6-7185